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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, voltou a criticar a concessionária de energia Enel, reforçando a necessidade de uma nova licitação

Publicado em 15/10/2024 às 23:24
Atualizado em 16/10/2024 às 00:10
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, voltou a criticar a concessionária de energia Enel, reforçando a necessidade de uma nova licitação
Aneel e CGU se mobilizam para investigar a Enel (Imagem: Reprodução)

“Tem que sair do Brasil”: Governador de São Paulo defende fim de concessão da Enel após apagão em SP

São Paulo enfrenta prejuízos bilionários enquanto a Enel falha em cumprir seus compromissos de restabelecimento de energia. Governador Tarcísio de Freitas pede intervenção firme e fim da concessão.

A situação crítica da energia elétrica em São Paulo deu o que falar nos últimos dias. Com apagões recorrentes e prejuízos massivos para o comércio e serviços da capital paulista, o governador Tarcísio de Freitas foi categórico em afirmar que a Enel deve encerrar suas operações no Brasil. “Está claro que ela tem que sair daqui”, declarou o governador, em entrevista durante o evento comemorativo dos 54 anos da ROTA. A fala veio como resposta aos recentes problemas enfrentados pela população, agravados pelo temporal da última sexta-feira, que deixou mais de 158 mil clientes sem energia.

“A Enel tem que sair do Brasil”, diz governador com tom de urgência

A crítica de Tarcísio de Freitas não foi apenas uma insatisfação momentânea. O governador tem pressionado por um processo de caducidade – ou seja, a extinção do contrato de concessão – devido ao desempenho questionável da Enel. Para ele, não adianta mais aplicar multas, já que a empresa tem repetidamente falhado em pagá-las e, pior, continua a não cumprir seus compromissos. “Ela não paga as multas aplicadas pelo Procon ou pela Aneel e continua deixando de lado suas responsabilidades,” afirmou Freitas, visivelmente insatisfeito.

O governador também destacou que, mesmo com um plano de contingência previamente estabelecido com a concessionária, a Enel falhou em mobilizar o número necessário de funcionários para lidar com os estragos do temporal. O plano previa que 2,5 mil pessoas estivessem nas ruas para restaurar a energia, mas apenas mil trabalhadores foram vistos em ação. “Ela passou o final de semana com poucos recursos mobilizados. Ela tinha o compromisso de contratar mais pessoas e não contratou”, ressaltou Freitas.

Prejuízos bilionários e ação judicial

Os impactos da falha no fornecimento de energia não se limitam apenas ao desconforto dos moradores. Um levantamento da FecomercioSP revelou que o apagão gerou prejuízos de R$ 1,82 bilhão desde a última sexta-feira. O setor de serviços foi o mais afetado, acumulando perdas de R$ 1,23 bilhão, enquanto o comércio sofreu um impacto de R$ 589 milhões, com destaque para o Dia das Crianças, quando o comércio deixou de faturar R$ 211 milhões.

Diante desse cenário, a prefeitura de São Paulo entrou com uma ação judicial para obrigar a Enel a restabelecer imediatamente o serviço em áreas afetadas. A multa estipulada, caso a ordem não seja cumprida, é de R$ 200 mil por dia.

Aneel e CGU se mobilizam para investigar a Enel

A situação ganhou novos desdobramentos com a intervenção de órgãos federais. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) iniciou um processo para investigar as falhas da Enel, apontando a possibilidade de uma recomendação formal de caducidade da concessão. A Controladoria-Geral da União (CGU) anunciou uma auditoria para apurar responsabilidades, enquanto o Tribunal de Contas da União (TCU) já estava investigando apagões anteriores.

Tanto a Aneel quanto a Enel participaram de reuniões com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, e com Tarcísio de Freitas. A agenda incluiu discussões com outros prefeitos de cidades afetadas, buscando soluções imediatas para a crise.

Qual será o futuro da energia em São Paulo? A Enel vai conseguir se manter no Brasil ou é hora de uma nova empresa assumir? Comente!

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Bruno Castilho Barreto

Jornalista com foco em petróleo e gás, investimentos e oportunidades no mercado nacional.

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