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Café com gosto amargo do tarifaço: cotação do café na bolsa de NY dispara 50% desde agosto e quase bate recorde histórico

Publicado em 17/09/2025 às 11:26
Tarifas, Brasil, Café, Tarifaço
Imagem: Ilustração artística feita por IA
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Tarifas dos EUA e seca nas lavouras brasileiras pressionam produtores, reduzem estoques de arábica e fazem preços do café dispararem em Nova York

O café do Brasil, maior produtor mundial, passou a pagar sobretaxa no mercado americano desde 6 de agosto. A medida foi imposta pelo governo de Donald Trump, que aplicou uma tarifa de 50% sobre o grão brasileiro.

A decisão deixou o produto fora da lista de exceções e gerou impacto imediato. Desde então, os contratos futuros do café arábica registraram forte valorização, aumentando as preocupações sobre oferta e demanda.

Cotações próximas ao recorde histórico

Na Bolsa de Nova York, o contrato mais ativo do arábica alcançou US$ 4,24 por libra-peso nesta terça-feira. O valor ficou pouco abaixo do recorde histórico de US$ 4,2995, marcado em fevereiro deste ano.

Esse avanço representa alta de cerca de 50% desde o início de agosto. A combinação entre as tarifas americanas e a seca em regiões brasileiras impulsionou a escalada.

Estoques de café em queda preocupam o mercado

Analistas destacam que a oferta limitada do Brasil pode não ser suficiente para repor os estoques já reduzidos.

Os armazéns monitorados pela bolsa registraram o menor volume de arábica desde abril de 2024.

A analista da Hedgepoint Global Markets, Laleska Moda, explica que os embarques diminuíram de forma geral, mas a queda para os Estados Unidos foi ainda mais acentuada por causa das tarifas.

Clima segue como fator de risco

O clima no Brasil mantém a tensão entre produtores e investidores. A trading Sucafina espera retorno sazonal das chuvas nesta semana, mas especialistas afirmam que o volume previsto não deve ser suficiente para recuperar a umidade do solo no Sudeste.

Segundo a meteorologista Nadiara Pereira, da Climatempo, as precipitações até agora não conseguem reverter a condição de estresse hídrico nas principais regiões cafeeiras.

Volatilidade eleva custos de operação

Diante desse cenário de instabilidade, a Intercontinental Exchange, responsável pelos contratos futuros de café, aumentou na segunda-feira os requisitos de margem para negociações de arábica.

Essa medida é considerada padrão em momentos de maior volatilidade. Porém, ela torna mais caro para os traders manter suas posições, ampliando o desafio num mercado já pressionado por tarifas e clima adverso.

O resultado é um setor que enfrenta, ao mesmo tempo, barreiras comerciais impostas pelos Estados Unidos e incertezas climáticas no Brasil.

Por isso, o preço do café segue em escalada e volta a ficar próximo de seus recordes históricos.

Com informações de O Globo.

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Romário Pereira de Carvalho

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