Com presença em mais de 1 milhão de pontos de venda, a Coca-Cola investe pesado para expandir produção, inovação e eficiência no Brasil
Há mais de oito décadas no Brasil, a Coca-Cola consolidou sua posição como líder absoluta em refrigerantes e presença constante na vida dos consumidores. A marca está em mais de um milhão de pontos de venda, mas ainda vê espaço para crescer — tanto que investiu R$ 11 bilhões nos últimos dois anos para fortalecer sua operação nacional. As informações são do portal Exame.
Um sistema que movimenta bilhões
Segundo levantamento da consultoria Steward Redqueen, a Coca-Cola Brasil gera anualmente R$ 87,5 bilhões em impacto econômico.
Esse valor representa 0,7% do Produto Interno Bruto do país e mostra o peso do sistema produtivo que vai do campo até o varejo.
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Ao todo, o sistema Coca-Cola responde por 574 mil empregos — sendo 50 mil diretos e mais de 520 mil indiretos.
O estudo indica ainda que R$ 25,9 bilhões foram pagos em salários e R$ 28,2 bilhões correspondem ao impacto no comércio.
Além disso, a companhia movimentou R$ 14,6 bilhões em compras de bens e serviços de empresas brasileiras.
Esses números demonstram a amplitude de uma rede que conecta agricultores, indústrias, centros de distribuição e varejistas.
Luciana Staciarini Batista, CEO da Coca-Cola Brasil e Cone Sul, define essa capilaridade como parte essencial da “fórmula secreta” da empresa. “É a consequência de um sistema muito distribuído, com forte presença local. Essa é parte da nossa fórmula secreta”, afirma.
O poder de cada real gasto
O estudo aponta que, a cada dólar gasto por consumidores com produtos Coca-Cola, outros US$ 0,94 são gerados para a economia brasileira.
Esse efeito multiplicador ocorre porque a operação está integrada a uma cadeia ampla de parceiros.
Luciana destaca que o impacto vai além da produção de bebidas. “Nosso modelo de negócios nos permite operar como um motor econômico robusto, promovendo emprego, renda e impacto direto na vida de milhares de famílias”, disse.
Investimento contínuo para manter o ritmo
Com R$ 7 bilhões previstos para 2025 e outros R$ 4 bilhões já aplicados em 2024, a Coca-Cola considera o Brasil um de seus principais motores de expansão global.
Por isso, inaugurou 14 novas linhas de produção neste período, ampliando a capacidade de fábricas e diversificando categorias.
Parte dos investimentos está voltada às embalagens retornáveis, vistas como alternativa sustentável e de menor custo.
Outras linhas atendem o crescimento de segmentos como sucos, isotônicos e águas minerais.
De acordo com a executiva, o Brasil oferece oportunidades que já se esgotaram em mercados mais maduros.
“Inclusive quando a gente compara com outros países em termos de consumo, vemos espaço relevante para seguir crescendo. E isso vem acontecendo, tanto que o Brasil tem sido citado nos relatórios corporativos como uma das alavancas de crescimento da companhia.”
Expansão e eficiência logística da Coca-Cola
O aumento da produção exigiu reforço na estrutura de distribuição. A Coca-Cola investiu na abertura de novos centros logísticos, ampliação de frotas e aquisição de equipamentos de refrigeração para os pontos de venda.
A companhia também acompanha as mudanças no comportamento dos brasileiros. O consumo de bebidas sem açúcar, por exemplo, vem crescendo de forma acelerada.
“A categoria zero está crescendo bastante no Brasil. Nosso papel é oferecer boas opções para todos os perfis de consumo, com o melhor sabor possível”, explica a CEO.
Mesmo com a expansão das versões zero, o sabor original continua sendo o carro-chefe. “Coca-Cola Original segue líder, mas as opções sem açúcar têm conquistado cada vez mais espaço”, reforça.
Essa transição reflete uma mudança cultural em torno da saúde e da moderação no consumo. A empresa investiu em tecnologia e pesquisa para manter o sabor das versões zero semelhante ao tradicional, o que levou anos de desenvolvimento.
Um sistema moldado pela regionalização
Um dos diferenciais do modelo brasileiro está na estrutura descentralizada. O sistema da Coca-Cola no país é formado por sete fabricantes e 33 fábricas distribuídas em diferentes regiões.
Esse formato permite adaptações locais. No Nordeste, por exemplo, a Fanta Caju se tornou um sucesso. Já no Sul, a produção de mate cresce com força.
“Essa flexibilidade é o que torna nosso modelo tão eficiente. Somos 100% integrados com o país, operamos com brasileiros em todas as etapas da cadeia — do campo à indústria, da logística ao comércio”, afirma Luciana.
Coca-Cola: Uma presença enraizada no país
Com mais de 80 anos de história no Brasil, a Coca-Cola mantém sua relevância por combinar inovação e presença local.
Está em mais de um milhão de pontos de venda e sustenta uma rede que gera mais de meio milhão de empregos.
O modelo brasileiro se tornou referência dentro da empresa, servindo como exemplo de operação integrada e adaptável. Por isso, a companhia reafirma que continuará apostando no país.
“O Brasil é prioridade. Continuaremos investindo em novas categorias, eficiência logística e inovação, porque acreditamos no potencial deste mercado”, conclui a CEO.
Em um cenário de consumo em transformação, a Coca-Cola reafirma sua liderança com investimentos robustos, estratégia regionalizada e um impacto econômico que já ultrapassa os R$ 87 bilhões por ano — consolidando-se como uma das maiores forças industriais e de consumo do país.
Com informações de Exame.