Ancorado a 180 quilômetros da costa do Rio de Janeiro, o FPSO Guanabara funciona como a capital de um dos projetos mais promissores do pré-sal brasileiro
Desde o início de sua operação, em 2022, o FPSO Guanabara não apenas superou os desafios de um projeto em águas ultraprofundas, mas também quebrou recordes de produção. Sua performance excepcional se tornou a prova de que era possível transformar a riqueza geológica de Mero em um ativo de classe mundial, abrindo caminho para uma frota de plataformas idênticas que hoje dominam a produção nacional.
Esta plataforma, um investimento individual de cerca de US$ 2 bilhões, é a primeira unidade definitiva a extrair petróleo do gigantesco Campo de Mero, validando uma aposta de mais de US$ 15 bilhões feita por um consórcio de gigantes da energia.
A gênese do projeto, o leilão bilionário que deu início a tudo
A história do Campo de Mero começa em outubro de 2013, com o primeiro leilão de blocos do pré-sal sob o regime de partilha. O então Bloco de Libra foi arrematado por um consórcio liderado pela Petrobras, que pagou um bônus de assinatura histórico de R$ 15 bilhões ao governo.
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Para desenvolver este ativo de fronteira, a Petrobras se uniu a gigantes internacionais como a Shell e a TotalEnergies, além das estatais chinesas CNPC e CNOOC. Juntas, elas aprovaram um monumental plano de desenvolvimento de US$ 15,3 bilhões. O objetivo era extrair petróleo de Mero, o terceiro maior campo do Brasil, localizado na Bacia de Santos, em uma profundidade de quase 2.300 metros.
A jornada de um gigante, a construção do FPSO Guanabara
A peça central da primeira fase deste plano era o FPSO Guanabara. A construção da plataforma começou com a conversão do superpetroleiro (VLCC) Luxe, um trabalho realizado principalmente na China pela empresa japonesa MODEC, uma das principais fornecedoras da Petrobras.
O projeto enfrentou desafios significativos, especialmente os atrasos causados pela pandemia de COVID-19 nos estaleiros chineses. O cronograma inicial, que previa o início da produção em 2021, foi adiado. Mesmo assim, após superar os obstáculos, a plataforma chegou ao Brasil em janeiro de 2022. Em 30 de abril de 2022, o FPSO Guanabara produziu seu primeiro óleo, marcando o início da operação definitiva em Mero.
Com 332 metros de comprimento, a plataforma tem capacidade para produzir 180.000 barris de óleo por dia e processar 12 milhões de metros cúbicos de gás.
Como o FPSO Guanabara dominou a produção no Brasil
O desempenho operacional da plataforma superou todas as expectativas. A fase de aceleração da produção, conhecida como ramp-up, foi extraordinariamente rápida. O FPSO Guanabara atingiu sua capacidade máxima de produção em apenas oito meses, com a conexão de apenas quatro poços produtores.
Este sucesso imediato validou a alta produtividade do reservatório e deu confiança para o consórcio seguir com os investimentos bilionários nas plataformas seguintes. Desde que atingiu sua plena capacidade, o FPSO Guanabara se consolidou como a unidade de maior produção do Brasil. A plataforma liderou os rankings de produção em 2023 e 2024. Em novembro de 2024, estabeleceu um novo recorde nacional de produção diária, com uma média de 184.263 barris de óleo.
A inovação que viabiliza o pré-sal, lidando com o desafio do CO2
Um dos maiores desafios técnicos e ambientais de Mero é o alto teor de dióxido de carbono (CO2) no gás associado ao petróleo, que chega a 45%. Para lidar com isso, o FPSO Guanabara foi equipado com um dos mais robustos sistemas de Captura, Uso e Armazenamento de Carbono (CCUS) do mundo.
A tecnologia funciona separando o gás na plataforma. O CO2 é então comprimido e reinjetado no reservatório. Este processo cumpre uma dupla função crucial: impede a emissão do gás de efeito estufa na atmosfera e, ao mesmo tempo, ajuda a manter a pressão do reservatório, aumentando a quantidade de óleo que pode ser extraída.
Além disso, a plataforma já nasceu preparada para o futuro. Ela foi projetada para ser “HISEP®-ready”, ou seja, pronta para receber uma tecnologia inovadora da Petrobras que fará a separação do gás diretamente no fundo do mar, otimizando ainda mais a produção.
Uma frota padronizada para um campo de classe
O sucesso do FPSO Guanabara deu início a uma estratégia de “fabricação em série” para desenvolver o campo. O consórcio adotou um plano agressivo de implantar uma plataforma por ano entre 2022 e 2025, todas padronizadas com a mesma capacidade.
Depois do Guanabara (Mero-1), vieram os FPSOs Sepetiba (Mero-2), Marechal Duque de Caxias (Mero-3) e Alexandre de Gusmão (Mero-4). Com a entrada em operação da última unidade, em maio de 2025, a capacidade total de produção de óleo instalada no Campo de Mero atingiu 770.000 barris por dia. O FPSO Guanabara não foi apenas a primeira peça, mas a pedra fundamental que garantiu o sucesso de um dos maiores projetos de energia do mundo.
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