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O fim do mundo deixou de ser clichê ou piada: agora cientistas renomados alertam para ameaças reais e risco grave em pouco tempo

Publicado em 24/08/2025 às 12:21
Fim do mundo, Alerta, Cientistas
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Cientistas alertam para riscos existenciais da humanidade, incluindo armas nucleares, clima, vírus artificiais e inteligência artificial fora de controle

Não faz muito tempo, apenas líderes de seitas ou pessoas excêntricas anunciavam que “o fim do mundo está próximo”. A frase soava quase como piada repetida, um clichê sombrio que despertava risos mais do que medo.

Agora, no entanto, os alertas para o fim do mundo vêm de cientistas respeitados e ganham contornos muito mais sérios.

Eles apontam que a humanidade enfrenta ameaças existenciais reais, que vão de armas nucleares a mudanças climáticas desenfreadas, passando por vírus artificiais e até inteligência artificial fora de controle.

Segundo reportagem do Daily Mail, esses cenários não são mais visões de profetas pessimistas, mas avaliações técnicas de pesquisadores de prestígio.

O fim do mundo na visão dos cientistas: prognósticos sombrios

O futurólogo Toby Ord, da Universidade de Oxford, afirma que a humanidade pode ser exterminada em 75 anos em um colapso catastrófico.

Seu colega Nick Bostrom é ainda mais pessimista. Ele acredita que a extinção pode ocorrer já no próximo século.

O escritor Jared Diamond, vencedor do prêmio Pulitzer, vai além. Para ele, as chances de sobrevivência da espécie humana além de 2050, daqui a apenas 25 anos, são de apenas 50%.

Essas previsões soam alarmistas, mas encontram respaldo em dados sobre riscos acumulados e processos históricos.

Colapso da sociedade

No livro mais recente, Luke Kemp, acadêmico da Universidade de Cambridge, aponta que sociedades humanas sempre entram em colapso porque são movidas por uma ganância insustentável.

Ele chama esses líderes egoístas de “Golias”, em alusão ao guerreiro bíblico que parecia invencível, mas foi derrotado por uma pedra lançada de estilingue.

De acordo com Kemp, todas as civilizações foram “autoexterminadoras”. O padrão se repete: concentração de riqueza, desequilíbrio na tomada de decisões, corrupção e enfraquecimento das massas.

Imperadores, presidentes e executivos moldam regras para pequenas elites, enquanto as estruturas políticas e sociais se deterioram.

Com o tempo, disputas internas, degradação ambiental e expansão excessiva corroem os sistemas. Quando somados a catástrofes naturais ou guerras, esses fatores resultam em colapsos definitivos.

Extinção: Lições da história

Ao longo da história, algumas quedas trouxeram avanços. Impérios como o grego e o romano, que prosperaram com base na escravidão, ajudaram a difundir tecnologias e conhecimentos.

Quando uma civilização se desintegrou, outra emergiu e aproveitou lições do passado.

Ainda assim, o processo foi sempre marcado por dor e destruição. A lógica, portanto, pode se repetir, mas os custos para a humanidade seriam incalculáveis.

A ameaça nuclear

Na década de 1950, armas nucleares eram vistas como a única ameaça existencial. Hoje, continuam no centro das preocupações.

Estima-se que existam 10 mil ogivas armazenadas, controladas por potências como China, Rússia e Estados Unidos, mas também por Índia, Paquistão, Israel, Coreia do Norte, França e Reino Unido.

Até o Irã esteve perto de construir uma bomba e um detonador, antes de ataques americanos atingirem instalações subterrâneas em junho. O arsenal global segue ativo e perigoso, mas não é mais o único pesadelo.

Vírus e pandemias

No passado, doenças como a Peste Negra devastaram a Europa, mas eram limitadas pela velocidade de propagação. Hoje, vírus como a Covid-19 podem se espalhar na mesma velocidade que aviões cruzam o planeta.

A ameaça de patógenos criados artificialmente preocupa ainda mais. Um vírus de laboratório poderia escapar de controles e provocar efeitos devastadores em poucas semanas.

Mudanças climáticas aceleradas

A mudança climática avança em ritmo sem precedentes. Segundo pesquisadores, é dez vezes mais rápida que o aquecimento global que causou a maior extinção em massa da Terra, a Extinção Permiana, que eliminou até 90% da vida há 252 milhões de anos.

Se nada for feito, a elevação da temperatura ameaça a agricultura, o abastecimento de água e a sobrevivência de bilhões de pessoas.

Inteligência artificial hostil

Em 2023, centenas de cientistas e executivos de empresas como o Google DeepMind alertaram para riscos da IA.

O receio é que softwares em desenvolvimento possam se tornar hostis, criando armas próprias ou até escravizando a humanidade.

Essa ameaça, antes restrita a enredos de ficção científica, passou a integrar relatórios técnicos de grandes centros de pesquisa.

Extinção como possibilidade

Para Kemp, existe uma diferença entre colapsos parciais e a extinção total. Um desastre que destruísse telecomunicações e cadeias de alimentos poderia levar ao caos global em poucos dias.

Ele cita o Evento Carrington de 1859, uma ejeção solar que afetou sistemas elétricos da época. Se ocorresse hoje, grande parte da infraestrutura elétrica e digital seria inutilizada. Estimativas colocam a chance de isso ocorrer em 20% por década.

Sem satélites, internet, bancos e hospitais, aviões e veículos parariam instantaneamente. A civilização moderna ficaria paralisada.

Bilionários em busca de refúgios

Enquanto riscos aumentam, bilionários já planejam rotas de fuga. Peter Thiel, fundador do PayPal, comprou uma fazenda na Nova Zelândia em 2011 para servir de bunker.

O país, distante no hemisfério sul, seria um dos locais mais seguros em caso de guerra nuclear ou pandemia global.

Sam Altman, CEO da OpenAI, revelou ter um pacto com Thiel. Se o colapso social começar, ambos voarão juntos para o bunker.

Uma indústria de mansões subterrâneas já existe, do Texas à República Tcheca, oferecendo piscinas, adegas e fazendas hidropônicas escondidas.

O ex-magnata das criptomoedas Sam Bankman-Fried planejou comprar a ilha de Nauru, no Pacífico, como refúgio para si e aliados.

Ricos e pobres no apocalipse

Segundo Kemp, os bilionários podem tentar escapar, mas seriam os pobres os mais adaptados para sobreviver.

Países ricos, dependentes de importações e produtos químicos, veriam sua agricultura colapsar com falta de fertilizantes.

Já agricultores de subsistência na África, que usam menos produtos químicos, sofreriam menos quedas de produtividade. A fome seria intensa, mas não na mesma escala dos países desenvolvidos.

Por outro lado, nações em desenvolvimento estão mais vulneráveis às mudanças climáticas. Estima-se que, até 2070, 2 bilhões de pessoas vivam em locais com temperaturas médias acima de 29°C, inviáveis para agricultura e conforto humano. Isso provocaria migrações em massa.

Soluções perigosas para evitar a extinção humana

Kemp cita propostas de geoengenharia, como a injeção de aerossóis estratosféricos. Essa técnica refletiria a luz solar e custaria cerca de 55 bilhões de reais por ano.

Mas os riscos seriam enormes. A alteração química poderia mudar padrões de chuva de forma imprevisível. Além disso, os aerossóis duram apenas seis meses, exigindo reposição contínua.

Se aviões fossem paralisados por pandemias ou erupções solares, o processo falharia. O planeta voltaria a aquecer mais rápido do que antes.

O dilema da humanidade

O cenário descrito por cientistas é inquietante. As ameaças são múltiplas e interligadas. Desde armas nucleares até vírus artificiais, passando pelo clima e pela inteligência artificial, todas podem provocar catástrofes de escala global.

O mais importante, no entanto, é que esses alertas não vêm mais de místicos ou seitas religiosas. Eles são fruto de pesquisas sérias, análises históricas e cálculos de risco.

O futuro da humanidade dependerá de decisões políticas, da cooperação entre países e da capacidade de enfrentar problemas que parecem cada vez mais inevitáveis.

Se nada mudar, a frase o ‘fim do mundo está próximo’ antes cômica volta com força: o fim do mundo pode estar realmente próximo.

Com informações de Época Negócios.

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Romário Pereira de Carvalho

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