A nova onda do etanol está por vir e, segundo o presidente do Ceise BR, se o Brasil não se apressar, poderá ficar de fora da nova expansão do combustível devido aos impostos muito altos
As estimativas menos agradáveis sobre os impostos brasileiros afirmam que, dentro de uma década, para atender ao mercado mundial de combustível, será necessário uma injeção de 20 bilhões de litros de etanol por ano. O etanol tem avançado muito, sendo importante para o meio ambiente, uma vez que ele reduz as emissões de dióxido de carbono (CO2) em 70% em comparação a um combustível derivado do petróleo. O cenário é favorecedor para esse biocombustível, que é gerado a partir da cana-de-açúcar e do milho, mas o Brasil pode ficar de fora desse crescimento devido ao famoso “custo Brasil”.
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Presidente da Ceise BR explica o porquê de o Brasil ficar de fora da expansão do etanol
De acordo com Luís Carlos Júnior Jorge, presidente do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (Ceise BR), o país irá ficar de fora por conta do custo Brasil. Ele afirma que não somos competitivos em relação ao peso da carga de impostos, porém ainda há tempo para consertar a situação e colocar a indústria de base do Brasil no grande mercado de etanol que está por vir.
Nos próximos anos, o mercado global do etanol anidro deverá exigir uma demanda adicional de 19,4 bilhões de litros por anos por conta do aumento da adição do combustível à gasolina em países como Filipinas, Índia, Tailândia e China.
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A estimativa pode ser ainda maior, afirma Luís. Para isso, além do plantio de cana-de-açúcar ou de milho, que são as matérias primas do etanol, será necessário instalar também destilarias e usinas. Segundo ele, a indústria de base, que é formada por 3,5 mil empresas, está pronta e espera há anos por essa retomada. Atualmente, temos uma ociosidade de 30% no setor, e o fechamento de diversas empresas nos últimos anos, por escassez de pedidos, demonstra que a indústria está preparada.
Os principais vilões da expansão do combustível no Brasil – os impostos
Segundo ele, para a pequena e média empresa, os principais vilões são os juros e impostos muito altos que, mesmo com a Selic baixa, na hora de pegar dinheiro as taxas vão acima de 10%.
Se levarmos em consideração, o lucro fica entre 3% e 5%, no máximo. O governo precisa entender que será um trabalho a quatro mãos para indústria de base poder participar de forma competitiva dessa nova expansão do combustível, caso contrário será praticamente impossível.
Se o Brasil não for rápido o suficiente, perderá a segunda onda do etanol, assim como perdeu a primeira quando o etanol avançou em países como Colômbia e países da América Central. O Brasil ficou de fora da expansão devido aos impostos.
A baixa competitividade do Brasil
A competitividade brasileira é inferior em 30% comparada às indústrias de países como China e Índia, isso devido à carga de Impostos. Na onda do etanol nos países da América Central, o custo Brasil afetou não só as destilarias como também as caldeiras.
Na Índia, mesmo com uma tecnologia inferior à nossa, as caldeiras acompanharam a onda. Luís afirma que seria melhor reduzir a carga tributária, pois a arrecadação de impostos aumenta com mais renda. Como no governo de Geraldo Alckmin, em São Paulo, quando teve que ser reduzido o ICMS sobre o etanol e a arrecadação aumentou.
Preço do etanol dispara nas bombas com o consumo crescendo e usinas tirando mais açúcar; quem paga a conta é o consumidor
Quebra nas safras de cana-de-açúcar causa redução na produção do etanol em refinarias brasileiras e quem paga a conta é o consumidor, uma vez que os preços chegam mais altos nas distribuidores em decorrência da ausência de matéria prima. A estimativa é de que nas semanas seguintes o etanol chegue a um valor fora do comum nas distribuidoras.
Mesmo com algumas industrias não operando com toda a sua capacidade no Centro-Sul, as outras regiões foram afetadas. Especialistas comentam que consumidores devem substituir seus veículos por opções mais sustentáveis a fim de economizar.
Etanol atinge quase 5 reais nas bombas e abastecer com gasolina se torna mais vantajoso em algumas regiões brasileiras
O etanol, que antes do fator pandemia custava em média R$ 1,99 o litro, agora mudou totalmente, chegando a custar R$ 5,00 o litro depois de um ano de pandemia. Postos de combustíveis brasileiros afirmam que o valor sofreu alterações em decorrência da quebra nas safras de safras de cana-de-açúcar.
Após trazer fábrica dos EUA para o Brasil, Bosch aposta no uso do etanol para carregar carro elétricos
Com a ideia de deixar a bateria dos carros elétricos de lado, a multinacional Bosch decidiu apostar no etanol e dispensar o suo de tomadas e recargas estressantes no novo padrão de veículos elétricos.
A ideia é que a nova tecnologia da multinacional dispute o mercado junto com as baterias como uma solução menos poluente e que acaba tornando o veiculo mais leve do que o padrão comum. O CEO da multinacional Bosch defende a ideia de que sua nova célula de combustível possa revolucionar a indústria automotiva.
Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia