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O edifício que parece abandonado, mas abriga mais de mil moradores

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 07/11/2025 às 09:34
Colagem: Reprodução/Google Maps | rawpixel.com/Freepik
Colagem: Reprodução/Google Maps | rawpixel.com/Freepik
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A fachada em ruínas, os riscos de desabamento e os episódios de violência transformaram o Edifício Júlia Cristianini em um símbolo de abandono, mesmo abrigando mais de mil moradores que convivem diariamente com insegurança e deterioração.

Quem passa pela Rua General Osório, no bairro Santa Ifigênia, se assusta com a imagem do Edifício Júlia Cristianini. A fachada deteriorada, cheia de partes que se desprendem, cria um cenário que parece abandono. O aspecto causa medo porque oferece riscos de incêndios e desabamento, levando muitos pedestres a acreditar que o prédio não tem moradores.

Mas essa impressão não corresponde à realidade, já que mais de mil pessoas vivem ali enfrentando perigos estruturais e episódios de violência.

O condomínio recebeu o apelido de “Sarajevo”, referência à capital da Bósnia que ficou em ruínas após conflitos armados.

A comparação nasceu da aparência do edifício e da sensação de abandono que ele transmite. Sua história, porém, mostra como o prédio foi perdendo a vitalidade ao longo das décadas.

O imóvel começou a ser construído na década de 1940 no terreno que abrigou o antigo Cine Astoria. A proposta inicial apontava para uma revolução na arquitetura residencial paulistana, mas as obras nunca foram concluídas totalmente.

A dona do lote, Júlia Cristianini, financiou o empreendimento e alegava que a falta de cimento no mercado impedia a finalização.

Apesar disso, outras construtoras continuaram a erguer edifícios em um período de expansão imobiliária na capital, o que levou jornais da época a especular que o real motivo da paralização estava na falta de recursos.

Os primeiros moradores chegaram em 1946, ainda com o prédio inacabado, e encontraram várias dificuldades. A ausência de reformas e a má administração dos fundos pioraram o estado do edifício.

Hoje, partes da fachada caem sobre a calçada, obrigando a instalação de uma proteção de madeira entre o passeio e o primeiro andar para garantir a segurança de quem passa.

Insegurança toma conta do edifício

O edifício apresenta riscos tanto para moradores quanto para vizinhos. Além do perigo de desabamento, responsável pela fama de “treme-treme”, o local enfrenta problemas graves de violência. Moradores relatam roubos, tráfico de drogas, torturas e até homicídios dentro do prédio.

Por isso, muitas portas possuem grades, e alguns moradores dizem carregar armas brancas, como facas e canivetes, ao circular pelos corredores.

As discussões sobre reformas se prolongam há décadas. Existem planos de revitalização e propostas para melhorar a segurança, mas a inadimplência elevada impede qualquer avanço.

A falta de verbas mantém tudo no papel. Mesmo assim, os 243 apartamentos continuam ocupados por proprietários e inquilinos, que convivem diariamente com todos esses desafios.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor.

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