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Survival Condo: O condomínio subterrâneo de luxo que abriga bilionários com bunkers à prova de bomba, heliponto, galeria de armas e suprimentos para 5 anos

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 07/07/2025 às 13:32
O condomínio de luxo escondido nas montanhas do Colorado onde bilionários se protegem em bunkers com heliponto e estoques para 5 anos
Foto: O condomínio de luxo escondido nas montanhas do Colorado onde bilionários se protegem em bunkers com heliponto e estoques para 5 anos
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O condomínio de luxo escondido nas montanhas do Colorado onde bilionários se protegem em bunkers com heliponto e estoques para 5 anos

Imagine viver em um prédio com piscina aquecida, cinema particular, galeria de arte, estúdio de música, mercado interno, bar, área de lazer para crianças, salão de jogos e uma escola. Agora imagine que esse prédio fica enterrado a dezenas de metros de profundidade, dentro de um antigo silo de míssil nuclear, cercado por concreto à prova de explosões e protegido por uma equipe de segurança armada. Parece um filme? Pois essa é a realidade do Survival Condo, o mais famoso e polêmico condomínio de luxo subterrâneo dos Estados Unidos, localizado nas montanhas do Colorado (EUA). Construído em um antigo silo da Guerra Fria, ele foi completamente reformado para servir como um abrigo de sobrevivência para bilionários que temem pandemias, guerras nucleares, colapsos econômicos ou eventos climáticos extremos.

Um bunker para quem pode pagar pelo futuro

O Survival Condo não é um abrigo qualquer. Trata-se de um projeto multimilionário que transforma uma antiga instalação de lançamento de mísseis Atlas F em uma fortaleza tecnológica e autossuficiente — com estrutura para abrigar famílias por até cinco anos sem contato com o mundo exterior.

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Cada unidade pode chegar a custar entre US$ 1,5 milhão e US$ 4,5 milhões, dependendo da metragem (alguns compradores adquirem andares inteiros). O condomínio já está 100% vendido, e há lista de espera para novos projetos semelhantes em diferentes estados americanos.

Além dos apartamentos, cada morador tem acesso a áreas compartilhadas com cinema 4K, biblioteca, salão de festas, piscina com toboágua, pista de corrida indoor, câmaras pressurizadas, laboratórios médicos, clínica odontológica e galeria de armas com sistema de defesa interna.

O complexo também possui heliponto na superfície, permitindo evacuação aérea rápida e recebimento de suprimentos emergenciais. Os moradores têm direito a vagas para veículos blindados, e os acessos ao bunker são protegidos por biometria, escâneres de retina e protocolos de segurança semelhantes aos de instalações militares.

Segurança, tecnologia e paranoia de alto padrão

A construção original foi projetada para suportar o impacto direto de uma bomba nuclear. O silo possui paredes de concreto armado com quase 3 metros de espessura, portas de aço pesando várias toneladas e um sistema de ventilação e filtragem de ar que protege contra armas químicas, biológicas e radioativas.

A água potável é extraída de aquíferos locais e tratada com tecnologia de osmose reversa. Já a energia é garantida por um sistema híbrido com geradores a diesel, painéis solares de alta eficiência e turbinas eólicas retráteis — tudo isso conectado a baterias de reserva que armazenam semanas de autonomia.

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Os alimentos vêm de estufas hidropônicas internas, criadouros de peixes e reservas estocadas de comida liofilizada e enlatada para cinco anos por família. O sistema educacional é mantido por professores remotos e material didático de última geração — caso a internet externa seja cortada, há uma rede de intranet interna com biblioteca digital completa.

Além disso, o condomínio realiza treinamentos periódicos com moradores sobre situações de emergência, primeiros socorros, autodefesa e protocolos de confinamento prolongado.

Quem são os moradores?

Os nomes dos proprietários são mantidos em sigilo absoluto, mas sabe-se que o Survival Condo abriga executivos do Vale do Silício, investidores de Wall Street, ex-militares de alto escalão e milionários anônimos com visão pessimista do futuro global. Muitos possuem múltiplas propriedades e não vivem no bunker — o utilizam como “seguro de vida de luxo”.

A motivação para investir em um bunker desses não é nova: a elite global tem investido cada vez mais em infraestrutura de sobrevivência, especialmente após eventos como a pandemia de COVID-19, as guerras na Ucrânia e Gaza, e as crescentes tensões geopolíticas entre China e EUA.

No caso do Survival Condo, os moradores optaram por algo além da sobrevivência: uma experiência de luxo em meio ao colapso.

Um negócio que se expande

O sucesso comercial do Survival Condo motivou seu criador, Larry Hall, a iniciar novos projetos em outros estados americanos, como Kansas, Dakota do Sul e Texas. Cada novo bunker traz melhorias com base no feedback dos moradores: mais espaço de convivência, melhor acústica, sistemas de simulação de luz solar (para evitar depressão em longos períodos no subsolo) e até painéis digitais que simulam janelas com paisagens externas em tempo real.

Esses empreendimentos refletem uma nova demanda de mercado: o de “real estate apocalíptico”. Ou seja, propriedades pensadas não apenas para conforto, mas para resiliência total.

Na prática, surgem bairros subterrâneos de luxo, preparados para manter um estilo de vida sofisticado mesmo em caso de colapso climático, guerras globais ou falência das instituições.

Uma realidade que divide opiniões

Embora muitos vejam o projeto como um exemplo de inovação e preparação, outros criticam a ideia como elitista e distópica — um símbolo de como a desigualdade social se perpetua até em cenários de fim do mundo.

Enquanto boa parte da população mundial mal tem acesso à moradia básica ou água potável, um grupo seleto constrói fortalezas privadas que garantem conforto absoluto mesmo sob caos global.

Mas o Survival Condo não é o único exemplo. Bunkers de luxo surgem também na Nova Zelândia, Suíça, Alemanha, Emirados Árabes e até no Brasil, com estruturas voltadas à elite política, empresarial e militar. O futuro, ao que parece, está sendo cavado — literalmente — por quem pode pagar por ele.

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Valdemar Medeiros

Formado em Jornalismo e Marketing, é autor de mais de 20 mil artigos que já alcançaram milhões de leitores no Brasil e no exterior. Já escreveu para marcas e veículos como 99, Natura, O Boticário, CPG – Click Petróleo e Gás, Agência Raccon e outros. Especialista em Indústria Automotiva, Tecnologia, Carreiras (empregabilidade e cursos), Economia e outros temas. Contato e sugestões de pauta: valdemarmedeiros4@gmail.com. Não aceitamos currículos!

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