Inspirado no Show do Milhão, o projeto tentava levar computadores às famílias, mas preços altos e financiamento dificultaram o sonho de muitos brasileiros
No começo dos anos 2000, ter um computador em casa era uma realidade distante para muitos brasileiros. O alto preço dos equipamentos e a renda limitada dificultavam o acesso da população à tecnologia. Foi nesse cenário que surgiu o Computador do Milhão, inspirado no sucesso do programa Show do Milhão, exibido pelo SBT desde novembro de 1999.
O projeto nasceu de uma parceria entre o SBT e a Microsoft. O objetivo era oferecer um computador a um preço mais acessível, permitindo que famílias de classes sociais mais baixas tivessem seu primeiro PC. Lançado em 2001, o Computador do Milhão foi vendido inicialmente por R$ 1.928 à vista.
Preços e formas de pagamento
Apesar do valor à vista ser menor que o de outros computadores da época, muitos consumidores optaram pelo parcelamento. O Computador do Milhão podia ser adquirido em até 36 vezes de R$ 88, o que resultava em um total de R$ 3.168 ao final do pagamento.
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Na prática, o financiamento deixava o equipamento ainda mais caro, mas oferecia uma possibilidade de compra para quem não tinha como pagar à vista. Parcelar sempre foi, e continua sendo, uma alternativa comum entre os brasileiros para compras de maior valor.
As especificações do Computador do Milhão
As configurações do Computador do Milhão eram básicas, mesmo considerando os padrões da época. Enquanto outros computadores já traziam processadores Pentium 4 com frequências superiores a 2 ou 3 GHz, o equipamento do SBT contava com componentes mais modestos.
Na primeira versão, o computador vinha com processador Intel Celeron de 700 MHz, 64 MB de memória RAM, 10 GB de armazenamento e sistema operacional Windows ME. O pacote incluía também um leitor de CD-ROM de 52X, monitor LG de 15 polegadas e impressora colorida jato de tinta Lexmark Z22.
Pouco tempo depois, uma segunda configuração foi lançada. O processador foi atualizado para Intel Celeron de 1 GHz, a memória RAM dobrou para 128 MB e o armazenamento passou a ser de 20 GB.
O sistema operacional também foi atualizado para o Windows XP. O kit multimídia incluía placa de som, alto-falantes, o mesmo monitor de 15 polegadas e a impressora Lexmark Z22.
Computador do milhão: O peso do investimento na época
Para se ter uma ideia do peso financeiro, o salário mínimo em 2001 era de R$ 180. Isso significava que o brasileiro comum precisaria de aproximadamente 10 salários mínimos para pagar o computador à vista.
Atualizando o valor para os dias atuais, com base no IPCA do IBGE, o preço à vista de R$ 1.928 equivaleria hoje a R$ 8.117. Já o valor total do parcelamento, de R$ 3.168, corresponderia atualmente a R$ 13.337,48. Esse montante seria equivalente a cerca de 74 salários mínimos da época.
O que seria possível comprar hoje com esse valor
Com o valor corrigido de R$ 8.117, seria possível montar um computador atual bem potente. Essa máquina incluiria processador AMD Ryzen 5 9600X, placa de vídeo AMD Radeon RX 7800 XT, 32 GB de memória RAM DDR5, SSD de 500 GB e fonte de alimentação robusta. O custo total desse conjunto seria de R$ 7.708,76.
Considerando o valor equivalente ao parcelamento, de R$ 13.337,48, seria viável montar um PC ainda mais avançado, com processador AMD Ryzen 7 9800X3D, placa de vídeo AMD Radeon RX 9070 XT, placa-mãe de alto desempenho, além de memória RAM, SSD e fonte de alta capacidade. A soma dos componentes ficaria em R$ 12.466,81, ainda restando quase R$ 1.000.
A grande procura e os problemas de venda
Mesmo com as especificações simples, o Computador do Milhão despertou enorme interesse. Em seu primeiro mês, foram registradas mais de 700 mil ligações de interessados.
Como as vendas só podiam ser feitas por telefone, a central de atendimento do SBT ficou sobrecarregada. No final, apenas pouco mais de 15% dos interessados conseguiram efetivar a compra, segundo a Folha de São Paulo.
Uma iniciativa marcante de inclusão digital
O Computador do Milhão foi uma tentativa importante de ampliar o acesso aos computadores no Brasil dos anos 2000. Hoje, com o avanço da tecnologia, o mesmo valor investido permitiria adquirir máquinas muito superiores em desempenho e capacidade.
Com informações de Canal Tech.
Tá. Gostei dos comparativos, mas agora faz um comparativo do nível de performance do computador do milhão x seu valor de mercado convertido pro dia de hoje. Ou seja. O que um Pentium 4 com 1 ghz com 128 Mbps e 20 GB representava para a época de 2000 em questão de desempenho e aí fazer o mesmo comparativo hoje. O valor convertido (que TB não seria apenas converter diretamente prós dias atuais considerando o salário mínimo) pq a inflação lá de trás é diferente da inflação atual. Eu era adolescente em 2000 e me lembro pouco do mercado, mas lembro que um Pentium 4 era um topo de linha, mas não com 1ghz. Se vc tivesse uma placa de vídeo VGA que fosse, de 64 Mbps vc passava a ter uma máquina bem potente pra jogos. Mas lembrando ainda, que um Athlon XP tinha desempenhos melhores que um Pentium 4 (embora tenha sido lançado apenas em 2001) acredito que seria algo entre um um i7 13ª vs Ryzen 7 7800 hj em dia (mas sem uma RTX)
Que imagem de IA horrorosa.
Kkkkk
“07 MB RHM
24 GB no irrive
CD RDM Orive
15 monitor
Sprearos
Lounark 222
Color Inkiel
Microsofx Works 2000”
Meudeeeus, é msm todo bugado, nem revisão fizeram, pensaram que nem iriam ver a imagem fake e ainda toda estourada kkkk
Então, mesmo parcelado com juros, ainda não chegaria no valor do iPhone top de linha de hoje. Kkkkk