O celular mais fino do mundo tem menos de 6 mm, câmera de 50 MP e design futurista. Mas há um problema: ele só está disponível na China — e poucos terão acesso.
Enquanto os smartphones se tornaram mais poderosos, grandes e pesados, uma tendência contrária vem ganhando destaque entre algumas marcas chinesas: a corrida para criar o celular mais fino do mundo. E o novo campeão já apareceu — com menos de 6 mm de espessura, câmera de 50 megapixels e um visual tão elegante quanto futurista. Mas há um porém: a maioria das pessoas nunca vai conseguir colocá-lo no bolso. O modelo em questão faz parte de uma nova safra de celulares ultrafinos, que resgatam a obsessão pelo design fino dos anos 2000, mas sem abrir mão de potência e câmeras de alto nível. Fabricado na China, ele desafia os limites da engenharia ao oferecer um corpo mais estreito que uma caneta, um módulo fotográfico avançado e espessura inferior à de muitos cartões bancários.
Espessura de menos de 6 mm: o novo recorde da indústria
Durante anos, o título de smartphone mais fino do mundo foi disputado por marcas como Vivo, Oppo, Huawei e mais recentemente, a Honor. Em 2023, o Honor Magic V2 se destacou ao atingir apenas 4,7 mm de espessura quando aberto, se tornando o dobrável mais fino do mercado.
Agora, novas fabricantes chinesas estão lançando smartphones comuns (sem tela dobrável) com medidas abaixo dos 6 mm — algo que exige soluções criativas em bateria, refrigeração e distribuição interna dos componentes.
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Um dos modelos mais comentados do momento possui apenas 5,9 mm de espessura, acabamento em vidro e alumínio, câmera principal de 50 MP com IA, e sistema de som estéreo. Isso tudo em um corpo mais fino que a maioria dos notebooks ultrafinos — e mais leve que qualquer iPhone recente.
Por que isso é tão difícil de fazer?
Criar um celular tão fino não é apenas uma questão de design. A redução extrema de espessura impõe desafios técnicos que afetam todos os setores do aparelho:
- A bateria precisa ser mais fina e ainda assim entregar autonomia razoável
- O sistema de dissipação de calor precisa ser eficiente mesmo com menos espaço
- As câmeras devem manter qualidade e sensores grandes, mesmo com módulos mais compactos
- A estrutura física precisa ser resistente o bastante para evitar torções ou quebras
Por isso, mesmo com toda a tecnologia atual, a maioria das grandes marcas não aposta em modelos tão finos para o mercado global. O risco de comprometer a usabilidade e a durabilidade continua sendo uma preocupação real.
E a câmera de 50 MP?
Apesar da espessura extrema, o celular chinês quebrou outro tabu: ele conta com uma câmera traseira de 50 MP, com algoritmos avançados de pós-processamento, foco automático ultrarrápido e estabilização eletrônica. A lente é integrada de forma discreta no módulo traseiro, sem causar o “calombo” tão comum em celulares mais grossos.
A qualidade das fotos surpreende especialmente em cenários iluminados, com registros nítidos e cores fiéis. Em ambientes noturnos, a performance é satisfatória graças a recursos computacionais de IA — mesmo com um sensor menor que o de celulares top de linha da Samsung ou Apple.
Nem todo mundo pode comprar
O maior obstáculo? Disponibilidade limitada. Esses celulares ultrafinos geralmente são lançados exclusivamente no mercado chinês, com foco em consumidores que valorizam design acima de tudo. Muitos modelos sequer têm suporte para as bandas de internet 4G e 5G usadas no Brasil e na Europa, o que dificulta a importação e o uso fora da Ásia.
Além disso, a produção em larga escala é mais cara, e não há incentivos comerciais suficientes para que essas marcas lancem versões globais. O público ocidental ainda prefere celulares com baterias grandes e construção mais robusta — algo que vai na contramão da proposta ultrafina.
Ou seja: você pode até admirar esse celular pelas fotos e vídeos, mas provavelmente nunca verá um em uma loja nacional.
Vale a pena ter um celular ultrafino?
Depende do que você valoriza. Se você é do tipo que prioriza:
- Design minimalista e elegante
- Aparelhos leves e discretos
- Experiência diferenciada no uso diário
… então um celular ultrafino com 6 mm ou menos pode parecer o sonho ideal.
Mas se você prefere:
- Bateria de longa duração
- Câmeras com zoom óptico e sensores maiores
- Alto desempenho para jogos ou multitarefa pesada
… um smartphone mais robusto e completo ainda será a melhor escolha.
O futuro do design ultrafino
Embora não seja tendência dominante, os celulares cada vez mais finos mostram que ainda há espaço para inovação fora do padrão. Em tempos de celulares cada vez maiores e mais parecidos, modelos como esse se destacam pelo arrojo e pelo compromisso com um design quase artesanal.
A indústria ainda tenta encontrar o equilíbrio ideal entre espessura, desempenho, duração da bateria e conforto no uso. Mas uma coisa é certa: o celular mais fino do mundo virou símbolo de elegância e tecnologia de ponta, mesmo que seja inacessível para a maioria.
É lindo, mas prefiro um com 1cm de espessura e uma bateria de 6500ma mais uma câmera de 200mp. O importante é diminuir o peso.