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O Canudinho de Plástico – Uma revolução na indústria de bebidas… e na crise ambiental

Escrito por Paulo Nogueira
Publicado em 25/06/2025 às 14:07
Uma variedade de canudos de plástico coloridos, com foco nas aberturas superiores, contra um fundo escuro.
Uma composição colorida de canudos de plástico em diversas tonalidades – rosa, roxo, azul, laranja, amarelo e verde – vista de perto, com suas aberturas circulares em destaque.
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Uma exploração aprofundada sobre a evolução do canudinho de plástico, desde suas origens milenares e a invenção do canudo moderno, até sua ascensão como item de consumo onipresente e sua reavaliação crítica frente aos desafios ambientais contemporâneos.

É inegável que o canudinho de plástico ocupa um espaço significativo em nossas memórias afetivas. Quem, porventura, não se recorda do prazer de saborear um refrigerante gelado após a escola, um cremoso milk-shake da infância, ou um refrescante suco em um estabelecimento descontraído?

Eles estavam lá, firmes e fortes, adicionando um toque de praticidade e um charminho extra às nossas bebidas. Era quase um ritual. A gente nem pensava muito, só pegava e ia E, de repente, ele se viu no centro de uma conversa muito importante sobre o nosso querido planeta.

É engraçado como as coisas mudam. De um item que a gente nem notava direito, o canudinho de plástico virou um símbolo de algo que precisávamos repensar. Naturalmente, neste artigo vocês verão diretrizes práticas para a adoção de um estilo de vida mais equilibrado e sustentável. Convidamos você a nos acompanhar nesta exploração.

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Um copo de plástico quase vazio com restos de bebida roxa e um canudo rosa, em um muro com o oceano ao fundo.
Um copo de plástico transparente com um canudo rosa e o fundo de um smoothie roxo, abandonado sobre um muro de pedra com o oceano azul e a linha do horizonte ao fundo.

A História do canudinho: Uma jornada do mato ao plástico

A ideia de usar um “tubinho” pra beber não é coisa de agora, não. Aquela máxima de que “nada se cria, tudo se transforma” se aplica perfeitamente ao nosso querido canudinho. Os nossos antepassados já usavam algo parecido lá na Suméria, há mais de 5 mil anos. Uns canudinhos chiques de ouro e pedras preciosas pra beber cerveja e não pegar os pedacinhos do fundo.

Com o tempo, cada canto do mundo foi inventando o seu. Lá na Argentina, eles usam a famosa bombilla para o mate, que é como um canudinho de metal com filtro. E aqui no Brasil, as vovós mais antigas talvez lembrem dos canudinhos de taquara ou bambu.

O problema é que esses canudinhos naturais eram um pouco “sem-vergonha”: desmanchavam na bebida, soltavam umas fibras e até podiam deixar um gostinho de… grama. Essa situação pedia uma solução.

Um Brinde à Criatividade: Conheça Marvin C. Stone!

E foi exatamente essa “dor” que trouxe a luz para um moço muito esperto lá nos Estados Unidos, em 1888. O nome dele era Marvin C. Stone. Ele estava lá, tomando seu drink preferido quando o canudinho de centeio dele começou a se desintegrar. Marvin, que já trabalhava com uns rolinhos de papel pra cigarro, teve uma ideia daquelas que mudam o mundo: “E se eu fizesse um canudinho de papel?”.

Ele não perdeu tempo. Pegou umas tiras de papel, enrolou num lápis, colou direitinho e ainda passou uma cera pra não derreter na bebida. Nasceu o canudinho de papel! Em 1888, ele já estava com a patente na mão e abriu a própria empresa. A vida ficou muito mais fácil depois disso. As bebidas podiam ser saboreadas sem surpresas na boca. Essa foi uma invenção que trouxe muito mais higiene e prazer para as nossas pausas para um drink.

Por um tempo, os canudinhos de papel reinaram. Mas, apesar de bons, ainda tinham seus “caprichos”: amoleciam um pouco em bebidas muito quentes ou se a gente demorasse demais pra beber. E a produção era meio cara. Era preciso algo mais resistente, mais prático e, acima de tudo, que desse pra fazer um montão gastando pouco. E aí, o plástico entrou em cena.

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O Lado Oculto do Canudo! Da invenção à Polêmica!

A Festa do canudinho de plástico: Praticidade sem limites e o expansão da produção

Depois da Segunda Guerra Mundial, o plástico chegou com tudo, prometendo um mundo mais fácil e moderno. Plásticos como o polipropileno e o poliestireno eram como mágica: muito versáteis, baratos de produzir e duravam bastante. A troca do papel pelo plástico foi natural, quase uma evolução. O canudinho de plástico não derretia, era mais forte e podia ser feito em quantidades absurdas por um preço de banana.

A partir dos anos 60 e 70, o canudinho de plástico virou o favorito das pessoas. Restaurantes, lanchonetes, bares, até na nossa casa. Ele estava em todo lugar, sempre à mão, muitas vezes sem a gente nem pedir. A praticidade era tanta que a gente nem pensava no depois.

O Lado B da conveniência: O canudinho de plástico e nosso coração preocupado com o meio ambiente

Por um bom tempo, a gente curtiu a praticidade do canudinho de plástico sem se dar conta do que aconteceria depois. O grande X da questão é que, apesar de a gente usar por uns minutinhos, ele fica por aqui por séculos. Não é brincadeira.

E quando ele começa a se desfazer, vira umas micropartículas que chamamos de microplásticos, que ficam por aí, atormentando a natureza por eras e eras. E como a maioria dos lugares não tem uma reciclagem perfeita, e a gente tinha esse hábito de “usou, jogou fora”, bilhões de canudos acabaram em lugares errados.

Só nos Estados Unidos, se usavam uns 500 milhões de canudos de plástico por ano. Dá pra encher 125 ônibus escolares todo dia. Essa montanha de plástico muitas vezes acaba indo parar nos nossos mares, rios e na terra, causando um estrago sem tamanho para os bichos e pra natureza.

As imagens de tartarugas com canudos no narizinho, passarinhos com a barriga cheia de plástico, peixes confundindo microplásticos com comida… essas cenas tocaram a gente no fundo do coração. Virou um grito de socorro global.

A gente começou a abrir os olhos de verdade nessa última década. Documentários que apertam o coração, campanhas criativas e aquelas imagens chocantes de ilhas de lixo no oceano… tudo isso trouxe o canudinho de plástico para o centro da nossa mesa de debate sobre a poluição.

De repente, o que era inofensivo virou o símbolo de um consumo que a gente precisava rever. Movimentos como o “Pule o Canudinho” (Skip the Straw) surgiram, nos convidando a dizer “não, obrigada!” quando não precisávamos de um.

Uma mão usando luva azul de borracha segura um punhado de canudos de plástico sujos de areia.
Detalhe de uma mão enluvada em azul segurando vários canudos de plástico coloridos e sujos de areia, recolhidos provavelmente de uma praia ou ambiente natural.

A Reinvenção do canudinho: Soluções que abraçam o planeta

Quando a gente se deu conta da encrenca ambiental, a criatividade humana explodiu. Empresas e a gente mesmo começamos a procurar alternativas para o canudinho de plástico. E não é que surgiram umas ideias geniais? É a prova de que a gente é capaz de se adaptar, de inovar e de encontrar jeitos mais bacanas de fazer as coisas. É como se a gente estivesse dando um abraço no planeta a cada nova escolha.

Alternativas Sustentáveis:

Olha só quantas opções maravilhosas temos hoje:

  • Canudos de Papel: Voltou a moda, mas agora bem melhorados. São mais resistentes e se decompõem rapidinho. Mas, claro, se a bebida ficar lá por horas, ele ainda pode dar uma amolecida.
  • Canudos de Bambu: São naturais, bonitos, biodegradáveis e a gente pode usar várias vezes. Uma ótima pedida pra quem ama tudo que vem da natureza. Só precisam de um cuidado na hora de limpar e secar pra não mofar.
  • Canudos de Metal (Aço Inoxidável): Esses são guerreiros. Duram pra sempre, a gente lava e usa de novo, e geralmente já vêm com uma escovinha pra facilitar a limpeza. Um investimento que vale a pena pra vida toda.
  • Canudos de Vidro: São lindos, não mudam o sabor da bebida e também são reutilizáveis. No entanto, são mais delicados, então tem que ter um pouquinho mais de cuidado pra não quebrar.
  • Canudos de Silicone: Perfeitos pra quem quer praticidade e segurança. São macios, flexíveis, duráveis e ótimos para as crianças. Fáceis de carregar pra todo lado.
  • Canudos Comestíveis (de Massa ou Arroz): Você usa, e depois pode até dar uma mordida (nem sempre são saborosos, mas dá!). Ou joga no lixo orgânico. É como um ciclo completo, sem desperdício.
  • Canudos de Cana-de-Açúcar: Uma idéia inteligente. Feitos com o que sobra da indústria do açúcar, são compostáveis e amigos do meio ambiente.
Pilha de canudos de plástico transparentes e alguns com articulação dobrável sobre um fundo vermelho vibrante.
Uma disposição de canudos de plástico transparentes, alguns retos e outros com a articulação flexível dobrada, contrastando com um fundo vermelho sólido e vibrante.

O Grito de alerta virou lei: Nossas escolhas fazendo a diferença

Essa nossa “revolta” contra o plástico chegou aos ouvidos de quem faz as leis. Governos pelo mundo todo começaram a dizer “chega!” para o canudinho de plástico. Cidades famosas como Seattle, Vancouver, e até países como o Reino Unido e a França, colocaram uma barreira no uso desses canudinhos descartáveis. A União Europeia também entrou nessa.

Aqui no nosso Brasilzão, várias cidades e estados também já entraram na onda. O Rio de Janeiro, por exemplo, foi um dos primeiros a proibir o fornecimento em bares e restaurantes lá em 2018. E, olha, essa proibição não é só sobre o canudinho de plástico em si, mas é um recado claro: a gente precisa mudar a forma como a gente consome.

É um empurrãozinho pra gente pensar duas vezes antes de jogar algo fora e para as empresas criarem coisas mais amigas do meio ambiente. É como se a gente estivesse mandando uma carta de amor para o futuro do nosso planeta.

Essas leis, que às vezes geram umas discussões, são muito importantes. Elas dão um chacoalhão nas empresas pra inovarem e na gente pra mudar nossos hábitos. E a mensagem final é essa: a era do descartável, principalmente do plástico que a gente usa uma vez e joga fora, está com os dias contados. E isso é uma ótima notícia!

O Futuro das nossas bebidas: Além do canudinho, rumo a um mundo mais leve

Afinal, a conversa sobre o canudinho de plástico é só a pontinha do iceberg. Por conseguinte, agora, a gente está olhando para tudo: embalagens de bebidas, copos descartáveis, bem como a forma como as coisas são entregues. Ou seja, tá todo mundo pensando em como ser mais amigo do planeta.

Aliás, a gente vê cada vez mais gente usando garrafas reutilizáveis, e além disso, sistemas onde você pode encher de novo a sua garrafa, e também o bom e velho vidro voltando com força total para as embalagens. Do mesmo modo, as marcas de bebida estão investindo bastante pra descobrir jeitos de poluir menos.

Nesse sentido, a era pós-canudinho de plástico está nos chamando para um convite incrível: ou seja, repensar como a gente consome tudo. Em outras palavras, não é só trocar uma coisa por outra, mas sim abraçar de verdade a ideia de ‘reduzir, reutilizar e reciclar’ com mais carinho e atenção.

Portanto, é uma oportunidade de ouro pra sermos criativos e assim criar um sistema onde o lixo é mínimo e os recursos são super valorizados. Em suma, é como montar um quebra-cabeça gigante, e assim sendo, cada peça que a gente encaixa faz a diferença.

Close-up de um copo de vidro com múltiplos canudos de plástico coloridos e listrados.
Uma visão de cima de um aglomerado de canudos de plástico em cores vibrantes como amarelo, laranja e azul-esverdeado, dispostos verticalmente dentro de um copo de vidro.

Os desafios e a esperança de um futuro consciente

No entanto, claro, não é mágica, e consequentemente, tem seus desafios: por exemplo, o custo, se todo mundo vai ter acesso, e inclusive, se a gente vai se acostumar… Contudo, a necessidade de cuidar do meio ambiente é urgente.

Dessa forma, eu acredito de coração que o futuro das nossas bebidas vai ser cheio de escolhas conscientes, embalagens inovadoras e um foco gigantesco em viver de um jeito que a gente não prejudique o lugar onde moramos.

Em conclusão, o canudinho de plástico pode ter sido um símbolo do problema, mas a sua ‘despedida’, por outro lado, nos abriu as portas para uma conversa muito mais profunda e cheia de esperança sobre como a gente pode viver em harmonia com a nossa Terra.

Cada canudinho descartado é uma chance, cada escolha é um abraço no planeta

A trajetória do canudinho de plástico é uma história nossa, de como a gente foi evoluindo. De uma solução prática e bem-vinda, ele se tornou um lembrete carinhoso (e urgente!) de que nossas escolhas têm consequências. A história do Marvin C. Stone e a invenção genial dele nos mostra como uma ideia pequena pode se espalhar e mudar o mundo, pra bem ou para o mal.

Hoje, a gente tem o conhecimento e tem as alternativas. Não tem mais desculpa. Não faz sentido continuar usando o canudinho de plástico descartável quando não precisamos. Pensa comigo: cada vez que você diz “não, obrigada” para um canudinho, ou que você pega o seu canudinho reutilizável, você está fazendo uma diferença enorme.

Você está contribuindo para um mar mais limpo, para os bichos viverem em paz e para um futuro mais sustentável para todo mundo, inclusive para nossos filhos e netos. A verdadeira revolução não está em inventar algo novo, mas na nossa capacidade de mudar, de nos adaptar e de amar mais o nosso planeta.

E você, qual sua experiência com os canudinhos reutilizáveis? Já virou fã? Ou tem alguma história engraçada pra contar sobre o dia que recusou um canudinho de plástico? Vamos bater um papo nos comentários abaixo! Quero muito saber!

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Nossas Dúvidas Diárias Resolvidas:

Por que o canudinho de plástico é tão “malvado”, sendo tão pequeno?

A questão não é o tamanho, é a quantidade. Pensa comigo: a gente usa bilhões desses pequenos por poucos minutos, e eles ficam por aí centenas de anos, virando umas migalhas de plástico (microplásticos) que poluem tudo. Eles são levinhos, então voam fácil e vão parar nos rios e no mar.

Essas alternativas de canudos são todas “boazinhas” para o planeta?

Cada um tem seu jeito. Os canudinhos que a gente lava e usa de novo (de metal, bambu, vidro, silicone) são os nossos queridinhos, porque evitam um monte de lixo. Os de papel e os comestíveis são melhores que o plástico, mas ainda são de “uso único”.

O que eu posso fazer pra parar de usar canudinho de plástico no dia a dia?

A dica de ouro é: se você não precisa, diga “não, obrigado!” com um sorriso! Se você gosta de beber com canudinho, leve o seu próprio na bolsa. Experimente os de metal, bambu ou silicone.

E as pessoas que realmente precisam de canudinho? Elas ficam sem?

De jeito nenhum! É muito importante lembrar que algumas pessoas, por questões de saúde ou deficiência, precisam do canudinho pra beber com conforto. Pra elas, as alternativas flexíveis de silicone são um abraço. Ou os canudos de papel mais resistentes.

Proibir o canudinho de plástico vai resolver todos os problemas do meio ambiente?

Não vai resolver tudo de uma vez. Mas é um passo gigante. É como acender uma luz e mostrar que a gente se importa. A proibição é um empurrãozinho pra gente começar a pensar em todos os tipos de plástico que usamos e como descartamos.

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Paulo Nogueira

Eletrotécnica formado em umas das instituições de ensino técnico do país, o Instituto Federal Fluminense - IFF ( Antigo CEFET), atuei diversos anos na áreas de petróleo e gás offshore, energia e construção. Hoje com mais de 8 mil publicações em revistas e blogs online sobre o setor de energia, o foco é prover informações em tempo real do mercado de empregabilidade do Brasil, macro e micro economia e empreendedorismo. Para dúvidas, sugestões e correções, entre em contato no e-mail informe@clickpetroleoegas.com.br. Vale lembrar que não aceitamos currículos neste contato.

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