Entenda a aquisição do Polo Potiguar pela 3R Petroleum, os desafios para aumentar a produção e por que a estratégia da nova dona deixou o mercado com um pé atrás
O campo gigante que a Petrobras vendeu no Rio Grande do Norte, conhecido como Polo Potiguar, está no centro de uma das maiores e mais observadas apostas do setor de energia no Brasil. Adquirido pela 3R Petroleum por mais de um bilhão de dólares, o ativo se tornou o teste definitivo para o modelo de negócios da empresa: revitalizar campos maduros para extrair um valor que já não era prioridade para a estatal.
Após assumir as operações em 2023, a nova dona, que se fundiu com a Enauta para formar a Brava Energia, iniciou um ambicioso plano de investimentos para, no mínimo, dobrar a produção. Contudo, a jornada tem sido de altos e baixos, com resultados voláteis e mudanças estratégicas que geraram uma “crise de confiança” no mercado financeiro, que agora acompanha de perto cada passo da companhia.
Por que a Petrobras se desfez do Polo Potiguar?
A venda do Polo Potiguar faz parte de uma estratégia de longo prazo da Petrobras para focar seus investimentos e esforços nos campos de altíssima produtividade do pré-sal. Com isso, a estatal se desfez de diversos ativos em terra e águas rasas, abrindo espaço para novas empresas especializadas em campos maduros.
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A transação foi robusta. A 3R Petroleum pagou um total de US$ 1,38 bilhão pelo ativo, em uma operação concluída em junho de 2023. A aquisição foi transformacional, pois não incluiu apenas os 20 campos de produção, mas toda a infraestrutura integrada do Ativo Industrial de Guamaré (AIG), que conta com unidades de processamento de gás e a estratégica Refinaria Potiguar Clara Camarão.
O plano de revitalização da 3R, como dar vida nova a um campo maduro?
A tese da 3R Petroleum, resumida em seu nome (Repensar, Redesenvolver e Revitalizar), era aplicar foco técnico e capital intensivo para otimizar a produção. Para o Polo Potiguar, a empresa anunciou um plano de investimento de R$ 3,5 bilhões até 2025, com a meta ambiciosa de duplicar a produção herdada da Petrobras.
Para alcançar esse objetivo, a companhia aposta na reativação de poços parados e na perfuração de milhares de novos poços. Um dos trunfos tecnológicos é a implementação do “casing drilling”, uma técnica inédita no Brasil para revestimento de produção. Em parceria com a Tenaris, o método permitiu uma redução de 50% no tempo de perfuração e de 20% nos custos, validando a promessa de aplicar inovação para extrair mais valor do ativo.
A produção do campo gigante que a Petrobras vendeu
Desde que a nova gestão assumiu, a trajetória de produção do campo gigante que a Petrobras vendeu tem sido irregular. Houve picos de sucesso, com a produção crescendo de forma expressiva após campanhas de intervenção e reativação de poços. Em janeiro de 2024, por exemplo, a produção do complexo atingiu 26.100 barris de óleo equivalente por dia.
No entanto, também ocorreram quedas significativas. Em março de 2024, fortes chuvas na região causaram interrupções no fornecimento de energia, paralisando as operações. Outros recuos foram causados por paradas para manutenção e restrições no escoamento para a refinaria. Essa volatilidade, embora esperada em um projeto de revitalização tão complexo, gerou incerteza entre os investidores.
Crise de confiança e uma nova dona, o futuro do Polo Potiguar
A jornada da 3R com o Polo Potiguar foi marcada por um evento corporativo de grande impacto. Em 2024, a empresa se fundiu com a Enauta, dando origem à Brava Energia, a maior produtora independente de óleo e gás do Brasil. A fusão, no entanto, trouxe uma nova visão estratégica que abalou a confiança do mercado.
A nova gestão passou a considerar a venda de todos os seus ativos em terra, incluindo o próprio Polo Potiguar, para focar nas operações de maior retorno no mar. Embora a empresa tenha recuado e tirado o polo do plano de venda posteriormente, a simples possibilidade gerou uma “crise de confiança” entre analistas, que agora questionam qual é a estratégia de longo prazo para o ativo.
Em 2025, o desafio da Brava Energia é não apenas estabilizar a produção e gerenciar sua dívida, mas também comunicar um plano claro para o futuro do campo gigante que a Petrobras vendeu.
Governador deve privatizar tudo que seu patrimônio.Transformar em casa popular e pagar dívidas.
Espero que essa dinheirama, tenha sido bem aplicada em prol do povo brasileiro, e não pró modus operandi de alguns.
Exploração predatória e descartando o gás também dá nisto. Importar é o que importa aí tenta compensar no preço interno ou fica esta lesma letrdo-morta.
Especialista vc kkkkkkkkkkkkkkkkk