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O buraco mais profundo já cavado do planeta: o que os soviéticos queriam a 12 km no subsolo — e por que desistiram após duas décadas e investimentos pesados

Publicado em 06/10/2025 às 14:54
Buraco mais profundo do mundo, Buraco, Poço de Kola, União Soviética
Tampa do poço de kola: Alexander Novikov
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Durante mais de duas décadas, cientistas soviéticos perfuraram o solo da Península de Kola em busca de conhecimento geológico profundo, enfrentando calor extremo, falhas técnicas e o colapso da União Soviética que levou ao fim do projeto

O Poço Superprofundo de Kola, localizado no extremo norte da Rússia, ainda é lembrado como um dos projetos científicos mais ousados do século 20. Criado pela antiga União Soviética, o experimento do ‘buraco mais profundo do mundo’ pretendia explorar as camadas mais profundas da crosta terrestre, mas acabou sendo abandonado décadas depois.

A corrida científica da Guerra Fria

Iniciado em 1970, o projeto nasceu em pleno auge da Guerra Fria. A perfuração não tinha fins econômicos, já que não buscava petróleo nem minerais.

O propósito era estritamente científico: alcançar o ponto mais profundo possível para estudar a composição do planeta.

Ao longo de mais de vinte anos, os engenheiros conseguiram cavar impressionantes 12.262 metros, um recorde mundial que permanece até hoje.

Durante o processo, surgiram descobertas notáveis, como a presença de água em profundidades inimagináveis e fósseis microscópicos datados de bilhões de anos.

Desafios técnicos e temperaturas insuportáveis no buraco

O avanço, porém, teve um preço. O calor encontrado nas camadas internas surpreendeu os cientistas. As medições indicaram temperaturas próximas de 180 °C — quase o dobro do esperado.

Por causa disso, as brocas e cabos usados para perfurar começaram a se deformar. A cada metro adicional, a resistência aumentava e os custos se tornavam proibitivos.

Mesmo com tecnologia de ponta, a estrutura metálica não suportava as condições extremas.

O colapso e o abandono do buraco mais profundo do mundo

Além dos problemas técnicos, o colapso da União Soviética em 1991 representou o golpe final. Com o fim do financiamento estatal, o projeto foi encerrado oficialmente no ano seguinte.

O local acabou sendo abandonado e, com o tempo, as instalações foram se deteriorando. Ventos intensos e neve constante aceleraram a destruição.

Por segurança, o poço foi finalmente lacrado com uma tampa de metal soldada em 2008.

Mesmo sem atingir o núcleo da Terra, o Poço de Kola continua sendo um marco da engenharia e da curiosidade humana sobre o que existe abaixo de nossos pés.

Com informações de CNN.

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Romário Pereira de Carvalho

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