Apartamentos de 900 m², piscinas suspensas e financiamento em 120 vezes: o império vertical que nascerá no Brasil
Enquanto o mundo acompanha projetos gigantescos em lugares como Dubai e Nova York, é no litoral sul do Brasil que está sendo preparado um feito inédito na história da engenharia civil: a construção da Torre Senna, um arranha-céu residencial que promete atingir 550 metros de altura — superando qualquer outro prédio residencial do planeta.
Localizada em Balneário Camboriú, cidade que já é conhecida como a “Dubai brasileira” pelo número crescente de torres de luxo à beira-mar, a torre não só ultrapassará em altura a Central Park Tower, de Nova York (472 metros), como também os 425 metros do Marina 101, em Dubai. Mas o projeto brasileiro vai além da verticalidade: ele pretende ser o mais avançado do mundo em termos de conforto, engenharia e sustentabilidade.
Com conclusão prevista para 2034, a Torre Senna terá 154 andares e 228 apartamentos de altíssimo padrão, incluindo verdadeiros palácios suspensos, coberturas de mais de 900 m² e espaços públicos com lojas, restaurantes e spas. A estimativa de investimento gira em torno de R$ 3 bilhões, segundo informações divulgadas pela própria construtora FG Empreendimentos, que lidera o projeto ao lado da família do piloto Ayrton Senna.
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Uma homenagem que rompe limites
Batizada em homenagem ao tricampeão mundial de Fórmula 1 Ayrton Senna, a torre terá participação direta de sua neta, a artista Lalalli Senna, no design e na curadoria artística do empreendimento. A ideia, segundo ela, é traduzir a velocidade, a elegância e a inovação do automobilismo em formas arquitetônicas.
O projeto já nasce com 20% das unidades vendidas antes mesmo do início oficial das obras, o que confirma o apelo exclusivo da torre. E não é para menos: os preços vão de 5 milhões de euros até mais de 300 milhões para as mega coberturas — valores negociados com a casa de leilões britânica Sotheby’s, especializada em propriedades de alto padrão.
Engenharia, estabilidade e luxo em um só lugar
Viver em um arranha-céu dessa magnitude exige soluções tecnológicas muito além das convencionais. Para garantir conforto e estabilidade mesmo nos andares mais altos, será instalado um Tuned Mass Damper (TMD) — um sistema de amortecimento de massa que reduz oscilações provocadas pelo vento. Essa tecnologia já é usada em edifícios icônicos, como o Taipei 101, e garante que o balanço da estrutura não afete a experiência dos moradores.
Além disso, o projeto ambiciona conquistar a certificação LEED Platino, a mais alta em sustentabilidade ambiental e eficiência energética. Caso obtenha o selo, será o primeiro edifício do mundo com mais de 500 metros a atingir esse padrão, algo que reforça o novo posicionamento ambiental da indústria de construção civil brasileira.
O complexo contará ainda com áreas comuns espetaculares, como piscinas internas e externas, quadras de tênis, academias, restaurantes panorâmicos e um observatório no topo com vista privilegiada para toda a costa catarinense.
Palácios nas nuvens e um modelo de financiamento inédito
A Torre Senna terá apartamentos “normais”, mas o destaque fica para as 18 unidades especiais, chamadas de palácios suspensos, com áreas que variam de 420 m² a 563 m². As joias do empreendimento, no entanto, são as duas mega coberturas triplas, com inacreditáveis 903 metros quadrados cada uma, distribuídas em três andares com piscina privativa e acesso exclusivo por elevador.
Segundo Jean Graciola, CEO da FG Empreendimentos, um dos diferenciais da empresa é justamente o modelo de vendas: “Nosso compromisso é vender praticamente todas as unidades antes da entrega das chaves. É uma filosofia que reduz riscos e garante segurança ao comprador”, afirmou em entrevista ao Estadão.
A empresa também criou um plano de financiamento inédito no país, com possibilidade de pagamento em até 120 parcelas diretas com a construtora — algo raro em imóveis desse porte. A meta é atrair não só o público brasileiro de alta renda, mas também investidores estrangeiros interessados em residir ou diversificar patrimônio no litoral brasileiro.
Um novo marco na disputa global por altura
A construção da Torre Senna marca uma virada simbólica e concreta no cenário da arquitetura de luxo global. Ela insere o Brasil em uma disputa antes restrita aos Estados Unidos, aos Emirados Árabes e à China, desafiando a lógica de que empreendimentos desse tipo só podem nascer em potências econômicas já consolidadas.