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O bairro de Nova York onde um apartamento custa US$ 250 milhões — e a luz solar é privatizada para não afetar a vista dos bilionários

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 09/07/2025 às 11:05
O bairro de Nova York onde um apartamento custa US$ 250 milhões — e a luz solar é privatizada para não afetar a vista dos bilionários
Foto: O bairro de Nova York onde um apartamento custa US$ 250 milhões — e a luz solar é privatizada para não afetar a vista dos bilionários
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Descubra o luxo extremo na Billionaires’ Row Nova York, onde os imóveis de luxo em Manhattan desafiam o impossível. Conheça os apartamentos mais caros do mundo, incluindo o icônico Central Park Tower apartamento, em arranha-céus bilionários projetados para preservar a luz natural e vistas exclusivas

O bairro de Manhattan conhecido como Billionaires’ Row Nova York é sinônimo de luxo extremo — onde um único apartamento pode custar até US$ 250 milhões. Localizado na 57th Street, ao sul do Central Park, esse corredor vertical reúne os imóveis mais exclusivos do planeta. Arranha-céus como o Central Park Tower foram projetados para garantir sombra mínima no parque, enquanto o valor por metro quadrado facilmente ultrapassa US$ 10.000. Vamos conhecer os aspectos arquitetônicos, econômicos e sociais que fazem da região um símbolo global de concentração de riqueza e desigualdade urbana.

O coração dos imóveis de luxo em Manhattan

“Billionaires’ Row Nova York” é o termo usado para descrever a faixa que concentra alguns dos edifícios residenciais mais altos do mundo, especialmente ao longo da West 57th Street.

Esse corredor reúne torres como 432 Park Avenue, One57, 111 West 57th Street, 220 Central Park South e a monumental Central Park Tower, que ultrapassa os 470 metros de altura.

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Esses edifícios são a expressão máxima dos imóveis de luxo em Manhattan. Suas estruturas esguias e fachadas de vidro não apenas dominam o skyline da cidade como também foram desenhadas para gerar o menor impacto possível de sombra sobre o Central Park — um ponto de venda fundamental para os bilionários que valorizam a vista desobstruída.

O Central Park Tower e os apartamentos mais caros do mundo

A Central Park Tower apartamento no topo do edifício, ficou conhecido como um dos apartamentos mais caros do mundo. O triplex de cobertura, batizado de The One Above All Else, chegou ao mercado em 2022 por US$ 250 milhões. Com cerca de 1.630 m² internos e mais de 130 m² de terraço, ele inclui salão de festas, biblioteca, academia, elevadores privados e vista panorâmica de Manhattan.

Apesar do valor exorbitante, o preço foi reduzido para US$ 195 milhões em 2023. Mesmo assim, trata-se da residência mais alta já construída no planeta, ocupando os três últimos andares da torre. Além disso, uma unidade duplex nos andares 107 e 108 foi vendida por US$ 115 milhões, um dos maiores valores já pagos por um imóvel nos Estados Unidos.

Luxo extremo nas alturas: os arranha-céus bilionários em Nova York

Os arranha-céus bilionários em Nova York se tornaram ícones globais de exclusividade. Em muitos casos, apenas um apartamento é vendido por andar, e os moradores contam com clubes privados, spas, piscinas cobertas, salas de cinema, quadras esportivas e serviços personalizados.

O Central Park Tower, por exemplo, abriga o Central Park Club, um clube privado de três andares com restaurantes exclusivos, piscina de borda infinita com vista para o parque, academia de ponta, salão de eventos e bar panorâmico. Tudo isso apenas para os residentes — criando uma bolha de conforto e isolamento a centenas de metros do solo.

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A “privatização” da luz do sol em Manhattan

O desenho arquitetônico da Billionaires’ Row Nova York não é aleatório. Os prédios foram pensados para impactar o mínimo possível na incidência de luz no Central Park. Isso foi possível por meio da compra de “air rights” — os direitos de construir acima de edifícios mais baixos da vizinhança. Com esses direitos, as construtoras puderam erguer torres cada vez mais finas e altas, estendendo os limites da verticalização urbana.

Essa engenharia também é motivo de críticas. Diversos grupos comunitários e urbanistas acusam os empreendimentos de “privatizarem a luz solar”, ao lançarem longas sombras sobre o parque, principalmente no fim da tarde. Há preocupação crescente com o uso excessivo dos recursos públicos para beneficiar um número muito restrito de pessoas.

O mercado de superluxo e os preços por metro quadrado

Na Billionaires’ Row Nova York, a média de preço por metro quadrado varia entre US$ 10 mil e US$ 20 mil, podendo ultrapassar esse valor em coberturas. A seguir, veja alguns exemplos de preços estimados:

EdifícioPreço estimado da unidadeValor aproximado por m²
Central Park Tower (triplex)US$ 250 milhõesUS$ 15.000/m²
220 Central Park South (duplex)US$ 238 milhõesUS$ 20.000/m²
432 Park Avenue (penthouse)US$ 90 milhõesUS$ 18.000/m²

Esses valores fazem com que a região concentre os apartamentos mais caros do mundo, atraindo uma elite global em busca de exclusividade, discrição e status.

Quem são os donos dos apartamentos mais caros do mundo?

A maior parte dos compradores são investidores internacionais, empresários bilionários, magnatas da tecnologia e celebridades. Entre os nomes conhecidos estão Michael Dell (Dell Computers), Bill Ackman (Pershing Square Capital) e Kenneth Griffin, que pagou US$ 238 milhões por um duplex no 220 Central Park South — a venda residencial mais cara da história dos EUA até hoje.

Curiosamente, muitos desses apartamentos permanecem vazios por boa parte do ano. Os imóveis funcionam como ativos financeiros de altíssimo valor, protegidos por estruturas jurídicas complexas, muitas vezes em nome de empresas registradas em paraísos fiscais.

Desigualdade urbana e desafios para o futuro

Enquanto os apartamentos de ultraluxo atingem cifras milionárias, cerca de 70 mil pessoas vivem em abrigos públicos na cidade de Nova York, segundo dados da Coalition for the Homeless. Essa disparidade reforça o debate sobre a especulação imobiliária e o papel das cidades na distribuição equitativa de espaço urbano.

Especialistas sugerem que a cidade revise seus códigos de zoneamento para limitar a altura de novos edifícios em áreas críticas como a região do Central Park. Além disso, há propostas para taxar propriedades vazias de alto padrão, com o objetivo de equilibrar o uso do solo e gerar receita para políticas habitacionais.

A Billionaires’ Row Nova York não é apenas uma vitrine dos imóveis de luxo em Manhattan, mas também um retrato das contradições das grandes metrópoles globais. De um lado, ela representa o auge da engenharia, arquitetura e sofisticação urbana. De outro, revela como a concentração de capital molda o espaço público, privatiza vistas naturais e acentua a desigualdade.

O fenômeno dos arranha-céus bilionários em Nova York levanta questões importantes: para quem estamos construindo as cidades? Como equilibrar o direito ao desenvolvimento com a preservação do bem coletivo? E até que ponto o céu é o limite?

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Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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