Cientistas da Universidade do Arizona investigam o asteroide 33 Polyhymnia e levantam uma hipótese surpreendente: ele pode conter elementos que ainda não foram descobertos na Terra. A densidade observada ultrapassa o limite conhecido da matéria atômica estável e sugere a presença de materiais ultra densos e desconhecidos.
Um estudo recente da Universidade do Arizona trouxe uma possibilidade surpreendente: o asteroide 33 Polyhymnia pode ser formado por elementos que ainda não foram vistos na Terra.
A pesquisa investigou a densidade de certos asteroides e levantou a hipótese de que eles abriguem materiais com propriedades desconhecidas.
Densidade além do conhecido
A equipe de físicos analisou Objetos Compactos Ultradensos, conhecidos como CUDOs.
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Esses corpos teriam densidades maiores que a do ósmio, o elemento estável mais denso da natureza. O ósmio possui 76 prótons, e sua densidade é um dos limites conhecidos para elementos estáveis.
No entanto, alguns asteroides observados superam esse limite. O caso mais notável é o do 33 Polyhymnia, que apresenta uma densidade de massa muito acima da matéria atômica conhecida. Com base nisso, os pesquisadores classificaram o objeto como um possível CUDO com composição desconhecida.
Elementos além da tabela periódica
A equipe estudou elementos com números atômicos superiores ao que existe atualmente na tabela periódica. Um exemplo é o oganesson, elemento de número atômico 118, criado pela primeira vez em laboratório em 2002.
Embora tais elementos já tenham sido produzidos, eles costumam ser instáveis e radioativos. Suas meias-vidas são extremamente curtas, o que dificulta sua análise. Mesmo assim, os cientistas continuam tentando modelar propriedades de elementos ainda mais pesados, inclusive usando o modelo relativístico de Thomas-Fermi para prever suas densidades.
Possível ilha de estabilidade
Ao aplicar esse modelo, os físicos não encontraram nenhum elemento conhecido que explicasse a densidade observada no 33 Polyhymnia. Mesmo elementos estáveis da tabela atual não alcançaram os valores registrados.
No entanto, os pesquisadores sugerem a existência de uma “ilha de estabilidade” teórica, próxima ao número atômico 164. Essa região pode abrigar elementos com densidades entre 36 e 68 g/cm³. Se esses metais superpesados forem estáveis, poderiam estar presentes no interior do asteroide.
Mineração e descobertas futuras
A possibilidade de que tais elementos existam no Sistema Solar é animadora. “Todos os elementos superpesados — tanto os instáveis quanto os não observados — foram agrupados como ‘unobtainium'”, disse o pesquisador Jan Rafelski. “A ideia de que alguns deles possam ser obtidos é empolgante.”