A fintech brasileira protocolou pedido junto ao regulador americano para atuar como banco nacional nos EUA, oferecendo depósitos, crédito e ativos digitais. A iniciativa busca ampliar presença global e coloca a empresa frente a frente com os maiores nomes do sistema financeiro, segundo o UOL.
O Nubank anunciou que deu entrada em um pedido oficial para se tornar banco nacional nos EUA, segundo destacou o UOL. O movimento marca um passo inédito da fintech brasileira em direção ao mercado financeiro mais competitivo do planeta, abrindo espaço para oferecer serviços como contas de depósito, cartão de crédito, empréstimos e custódia de ativos digitais.
A solicitação foi apresentada ao Escritório do Controlador da Moeda (OCC), órgão regulador norte-americano. Para o fundador e CEO David Vélez, o plano reforça a ambição de transformar a operação regional em uma plataforma global. Cristina Junqueira, cofundadora e hoje líder da unidade americana, já se mudou para os Estados Unidos em dedicação integral ao projeto.
Por que o Nubank quer virar banco nacional nos EUA
Fundado em 2013 e com sede em São Paulo, o Nubank já soma 123 milhões de clientes no Brasil, México e Colômbia.
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A conquista recente de licença no México pavimentou o caminho para a tentativa de expansão no mercado norte-americano.
Ser reconhecido como banco nacional nos EUA garante liberdade regulatória e acesso mais amplo ao sistema bancário do país, permitindo competir em igualdade com instituições tradicionais.
Segundo o UOL, a empresa enxerga no novo status a chance de diversificar receitas, ganhar credibilidade internacional e fortalecer sua marca junto a investidores e clientes fora da América Latina.
A entrada nos EUA, caso aprovada, colocará a fintech frente a frente com bancos seculares e gigantes de Wall Street.
O que muda para clientes e investidores
Para os consumidores, a aprovação da licença pode significar novos produtos financeiros com o DNA digital e simplificado do Nubank, mas agora sob o guarda-chuva da regulação americana.
Contas em dólar, cartões de crédito internacionais e até operações com ativos digitais estão no radar.
No mercado financeiro, o impacto já aparece.
As ações do Nubank, listadas em Nova York, chegaram a tocar US$ 16,18 após o anúncio, ainda que tenham recuado em seguida para a faixa de US$ 15,80.
O pedido de banco nacional nos EUA funciona também como sinal de maturidade para investidores que acompanham a evolução da fintech, reforçando o discurso de que o modelo de negócios pode ser replicado globalmente.
O papel da liderança na estratégia
Cristina Junqueira, cofundadora e executiva de crescimento da Nu Holdings, assumiu a função de CEO da operação nos EUA.
Sua mudança definitiva para o país simboliza o compromisso com o projeto.
No conselho, o ex-presidente do Banco Central Roberto Campos Neto reforça o peso institucional da iniciativa, trazendo experiência regulatória e financeira.
Essa composição de liderança, segundo o UOL, mostra que a fintech aposta em nomes de relevância para negociar com autoridades e reduzir riscos no processo de autorização.
Obstáculos e expectativas para o futuro
Apesar do entusiasmo, o Nubank reconhece que há etapas regulatórias complexas pela frente. O OCC é rigoroso na análise de pedidos, especialmente para instituições estrangeiras que pretendem atuar no sistema bancário americano.
Questões como compliance, capital mínimo e governança corporativa serão avaliadas antes de qualquer sinal verde.
Ainda assim, a empresa confia que a experiência bem-sucedida no Brasil e no México é um trunfo.
Se conseguir a aprovação, o Nubank deixará de ser apenas uma fintech latino-americana para se consolidar como player global do setor financeiro.
O pedido para se tornar banco nacional nos EUA marca o movimento mais ousado do Nubank desde sua fundação.
Para clientes, pode abrir portas para serviços inovadores em dólar. Para investidores, representa a chance de consolidar uma das fintechs mais valiosas do mundo em solo americano.
Você acredita que o Nubank tem força para competir com os gigantes de Wall Street? Ou acha que a entrada como banco nos EUA pode ser um passo arriscado demais? Deixe sua opinião nos comentários e participe do debate sobre o futuro da fintech brasileira.