A partir deste sábado, o estado implanta novos pedágios eletrônicos em três rodovias paulistas com o sistema free flow, que elimina cancelas e realiza a cobrança automática por pórticos inteligentes, marcando um avanço tecnológico na modernização da malha viária e na eficiência da gestão tarifária.
O sistema de pedágio eletrônico do tipo free flow começou a operar em mais três rodovias de São Paulo neste 1º de novembro, consolidando uma nova fase da política de modernização das concessões rodoviárias no estado. A tecnologia permite o pagamento automático por meio de sensores e câmeras instalados em pórticos, eliminando a necessidade de praças e reduzindo o tempo de viagem.
As rodovias contempladas nesta etapa são a Mogi-Dutra (SP-088), a Mogi-Bertioga (SP-098) e a Padre Manoel da Nóbrega (SP-055). A operação ocorre após meses de ajustes contratuais, decisões judiciais e discussões sobre tarifas e isenções. Segundo a Concessionária Novo Litoral (CNL), responsável por 213 quilômetros de trechos, os pórticos estão localizados em pontos estratégicos de Arujá, Mogi das Cruzes, Bertioga, Santos e Miracatu, tornando-se o primeiro conjunto 100% automatizado sob gestão estadual.
Como funciona o sistema free flow nas rodovias de São Paulo
O modelo free flow utiliza câmeras e sensores de alta precisão que identificam automaticamente os veículos pela placa ou tag de pagamento, dispensando o uso de cancelas e filas.
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A cobrança ocorre de forma totalmente eletrônica, e o usuário tem até 30 dias para quitar o valor da passagem no portal Siga Fácil.
Após esse prazo, o não pagamento configura evasão de pedágio, sujeita às penalidades previstas pelo Código de Trânsito Brasileiro.
Os valores variam conforme o trecho percorrido e o tipo de veículo.
Para carros de passeio, as tarifas vão de R$ 0,57 a R$ 6,95 por sentido, já com reajuste de cerca de 9% aplicado com base no IPCA.
A estrutura foi definida no edital de concessão e submetida a audiências públicas, garantindo transparência técnica e jurídica.
A meta do governo é expandir o sistema para 58 pórticos até 2030, alinhando São Paulo a modelos internacionais de cobrança digital.
Tarifas, isenções e políticas de desconto
O novo modelo de pedágio eletrônico prevê mecanismos de modicidade tarifária e benefícios regionais.
Moradores de Mogi das Cruzes, por exemplo, terão isenção nas passagens realizadas dentro do município, incluindo o distrito de Taboão.
Na Baixada Santista, aproximadamente 600 residentes dos bairros Caruara, Iriri, Monte Cabrão e Cabuçu também estão cadastrados para isenção no pórtico P4 da Mogi-Bertioga.
Além disso, o sistema aplica o Desconto de Usuário Frequente (DUF) para motoristas com TAG. A partir da 11ª passagem no mesmo pórtico, o desconto é de 10%, e após a 21ª, chega a 20%.
O objetivo é reduzir custos para usuários regulares e tornar a cobrança mais proporcional ao uso efetivo da via.
O benefício não é cumulativo com o desconto automático da TAG, aplicando-se apenas uma modalidade por operação.
Desafios jurídicos e controvérsias regionais
A implementação dos novos pedágios eletrônicos foi marcada por disputas judiciais e resistência de prefeituras.
Em Mogi das Cruzes, uma liminar chegou a suspender temporariamente a cobrança, sob o argumento de que o valor proposto violava a modicidade tarifária e impactava os deslocamentos locais.
Após negociações, a concessionária reduziu tarifas e estendeu isenções para moradores.
Em Arujá, o município ainda mantém ação civil pública questionando a instalação de pórticos em áreas urbanas, alegando incompatibilidade com o Plano Diretor e falta de estudos técnicos sobre mobilidade e impacto socioeconômico.
A CNL informou que está recorrendo das decisões e que cumprirá integralmente os termos do contrato de concessão firmado com o governo estadual.
Expansão do modelo e perspectivas futuras
Com a operação iniciada nas novas rodovias,
São Paulo passa a ter seis pontos ativos de cobrança automática, somando-se aos já instalados nas rodovias Raposo Tavares, Tamoios e SP-333.
A Agência de Transporte do Estado (Artesp) planeja novas implantações graduais, priorizando corredores com alto fluxo e viabilidade técnica comprovada.
O sistema free flow representa um passo decisivo na transição para um modelo de transporte rodoviário mais dinâmico e digitalizado.
Além de reduzir custos operacionais e emissões de CO₂, os pedágios eletrônicos prometem ampliar a segurança viária e diminuir o congestionamento em regiões metropolitanas.
A tendência é que futuras concessões já sejam licitadas exclusivamente com a tecnologia embarcada.
Você acredita que o sistema free flow pode realmente tornar as viagens mais rápidas e justas para os motoristas paulistas? Deixe sua opinião nos comentários.



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