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Novos equipamentos para o protótipo do Submarino Nuclear Brasileiro foram entregues pela Nuclep

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 09/07/2022 às 14:30
Nuclep faz avanço importante no protótipo de submarino nuclear brasileiro, onde foram entregues a documentação e alguns equipamentos para a Marinha, sendo de suma importância para o funcionamento do projeto.
Foto: Marinha do Brasil

Nuclep faz avanço importante no protótipo de submarino nuclear brasileiro, onde foram entregues a documentação e alguns equipamentos para a Marinha, sendo de suma importância para o funcionamento do projeto.

Na última sexta-feira, (01/07), a Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A (Nuclep), concluiu a documentação sobre novas entregas de equipamentos para o projeto do Laboratório de Geração de Energia Nucleoelétrica (Labgene), os novos equipamentos entregues são considerados estratégicos e muito importantes para o protótipo de Submarino Nuclear Brasileiro. Os documentos e os materiais foram entregues à Marinha do Brasil.

Nuclep confirma que o fornecimento dos equipamentos para o Submarino Nuclear Brasileiro foi concluído

Segundo a Nuclep, a empresa concluiu uma parte importante do contrato de fornecimento dos novos equipamentos. A entrega foi consolidada com a entrega dos chamados databooks — livros com vários documentos que apontam o histórico de execução de um serviço — de seis vasos do Sistema de Resfriamento de Emergência, sendo eles dois trocadores de calor (TC1 e TC2), dois vasos acumuladores (VP3 e VP4) e dois tanques de inundação (VP5 e VP6).

A nota veio acompanhada de fotos e, com isso, a empresa afirma ter cumprido uma parte importante da Nuclep com a Diretoria de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DDNM) e o Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP). Nesse sentido, a empresa estatal também destacou o empenho e a dedicação de todos os funcionários envolvidos na entrega do projeto.

Vale lembrar que a Nuclep é responsável pela fabricação do Bloco 40 do Labgene, sendo a sessão onde será instalado o reator nuclear no Laboratório. Dessa forma, os equipamentos fornecidos pela estatal são de extrema importância para a segurança durante o funcionamento do reator, uma vez que os novos materiais têm a função de resfriamento de emergência, os conhecidos seis vasos.

A Nuclep é uma das maiores, mais importantes e estratégicas indústrias de equipamentos pesados, materiais únicos e diferenciados do Brasil. A empresa estatal é tão grandiosa que impressiona o mundo, por sua produção e dedicação no fornecimento dos equipamentos.

Entenda o que é o Labgene e veja como ele funciona

O projeto Labgene, laboratório de geração de energia nuclear, é o protótipo em terra na escala real de propulsão — movimento criado a partir de uma força responsável por dar impulso — que deverá equipar o futuro submarino nuclear brasileiro, o chamado Álvaro Alberto.

O Labgene é um sistema dividido em segmentos onde o reator — parte mais importante e localizada no Bloco 40 — produz energia térmica que vai aquecer um fluido em circuito fechado. Com isso, a energia gerada será transferida para os vasos do Sistema de Resfriamento, os trocadores de calor e os geradores de vapor que vão produzir vapor em alta pressão e serão responsáveis por girar as turbinas do submarino.

O protótipo é constituído por inúmeros blocos limitados pelas mesmas dimensões e terá o casco resistente semelhante ao submarino. De acordo com a Marinha Brasileira, o novo reator poderá conseguir gerar cerca de 48 megawatts de potência térmica.

Desse modo, essa potência gerada no processo feito pelo Labgene, proporcionará energia elétrica tanto para a propulsão quanto para outros vários sistemas que estarão embarcados. Ainda de acordo com a Marinha, a energia descrita seria suficiente, por exemplo, para abastecer uma cidade de 20 mil habitantes.

 É importante destacar também que, a parceria entre a Marinha e as Indústrias alavancam ainda mais a produção de combustível nuclear para o funcionamento do Labgene, eles possuem mútua cooperação no desenvolvimento dos processos tecnológicos e produtivos em relação ao sistema nuclear.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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