SUV mais vendido do país ganhará nova geração em 2027, com motor híbrido 1.5 TSI, design inspirado no conceito ID. Cross e tecnologias do Golf europeu. Projeto integra investimento bilionário da Volkswagen no Brasil.
A próxima geração do Volkswagen T-Cross está prevista para estrear no fim de 2027 trazendo ao Brasil o motor 1.5 TSI Evo2 com eletrificação e a plataforma MQB Evo, base técnica compartilhada com o T-Roc e com o Golf europeu de última atualização.
Segundo reportagem publicada pela Autoesporte, o novo modelo combinará desempenho e eficiência, adotando um conjunto híbrido leve (48V) e, nas versões mais caras, um sistema híbrido pleno (HEV) com potência combinada de até 170 cv.
A renovação visa manter a liderança do SUV no mercado nacional, posição que o T-Cross ocupa até setembro de 2025, com 65.987 unidades emplacadas.
-
5 carros que nasceram em uma marca, mas foram vendidos por outra no Brasil — e quase ninguém percebeu
-
Leapmotor C10 chega ao Brasil visando competir com BYD e GWM com motor 1.5 que só gera energia, até 460 km de autonomia e central high-tech da Stellantis
-
Com motor de Fireblade e 123 cv, nova Honda CB1000F promete autonomia equilibrada e traz controle de tração, painel TFT e modos de pilotagem
-
Disputa acirrada! Descubra qual é o primeiro carro híbrido plug-in fabricado no Brasil — e quem leva a coroa da inovação
Investimento bilionário e plano industrial da Volkswagen
A Volks confirmou um novo ciclo de investimentos no país: foram anunciados R$ 9 bilhões adicionais para 2026–2028, somados aos R$ 7 bilhões do ciclo anterior (2022–2026), totalizando R$ 16 bilhões.
Parte desse valor será aplicada no desenvolvimento da nova geração do T-Cross, projeto tratado internamente como A-SUV ou VW226, de acordo com apuração da Autoesporte.
A publicação destacou que o modelo está entre os quatro novos produtos previstos no plano industrial da fabricante, todos com foco em eletrificação e maior conteúdo tecnológico.
Plataforma MQB Evo e tecnologia do Golf europeu
O T-Cross 2027 adotará a MQB Evo, evolução da MQB que sustenta o T-Roc de segunda geração, lançado na Europa em agosto de 2025.
Essa base permitirá ao SUV nacional herdar soluções do Golf europeu, como o sistema multimídia MIB4 e o pacote de assistência IQ.DRIVE, com itens como o Travel Assist e controle de cruzeiro adaptativo aprimorado.
Segundo a Autoesporte, a Volkswagen pretende replicar parte desse conteúdo em produtos feitos no Brasil, mantendo a estratégia de alinhar o portfólio latino-americano às inovações do mercado europeu.
Novo motor 1.5 TSI Evo2
O 1.5 TSI Evo2 pertence à família EA211 e opera com um processo de combustão derivado do ciclo Miller, combinando turbo de geometria variável (VNT), injeção de alta pressão e gerenciamento ativo de cilindros, que desativa dois dos quatro cilindros em condições de baixa carga para economizar combustível.
Outro diferencial está no módulo unificado de emissões, que reúne catalisador de três vias e filtro de partículas, otimizando a redução de poluentes.
Na Europa, o motor equipa o T-Roc com 150 cv, e deverá ter calibração adaptada para o uso de etanol no Brasil.
Desempenho e versões híbridas
A estratégia da montadora prevê duas configurações eletrificadas. A primeira, MHEV 48V, entregará cerca de 150 cv e 25,5 kgfm. A segunda, HEV, alcançará aproximadamente 170 cv e 31,6 kgfm.
Segundo a Autoesporte, a versão híbrida plena deve aparecer primeiro nas opções de topo do T-Cross, antes de ser aplicada a outros produtos da marca, como a futura picape intermediária conhecida pelo codinome Udara.
Embora a fabricante ainda não tenha divulgado dados oficiais, fontes do setor indicam que o foco inicial será consumo reduzido e condução mais suave.
Design inspirado no conceito ID. Cross
Em estilo, o novo T-Cross se inspirará no conceito ID. Cross, revelado no Salão de Munique de 2025, com faróis mais finos interligados por uma barra horizontal de LED e para-lamas musculosos.
O jornal Autoesporte também apontou que o design deve seguir a nova linguagem visual da Volkswagen, com superfícies limpas e detalhes aerodinâmicos, mas mantendo a robustez característica do SUV brasileiro.
Codinomes e posicionamento na linha Volkswagen
Nos bastidores, o projeto é identificado como A-SUV ou T-Cross NF.
A geração atual deve continuar em produção com nova reestilização enquanto o modelo de 2027 sobe de patamar e, na prática, substitui o Taos no futuro.
Em entrevista concedida à Autoesporte, o CEO global da Volkswagen, Thomas Schäfer, afirmou que o conceito ID. Cross pode ser adaptado conforme as preferências de cada região.
Segundo ele, “com nossa longa história no Brasil, tudo é definitivamente possível”, reforçando que o design e o conteúdo técnico poderão variar conforme a demanda local.
Mercado e eletrificação no Brasil
Mesmo com um cenário competitivo, o T-Cross segue como o SUV mais vendido do país, o que explica o peso estratégico da nova geração dentro do plano industrial bilionário.
A adoção do motor 1.5 TSI híbrido flex é vista como um passo essencial para atender às novas metas de emissões e competir com rivais eletrificados, como o Toyota Corolla Cross Hybrid e o Honda HR-V e:HEV.
Por fim, a Volkswagen trabalha para nacionalizar a produção do sistema híbrido e ampliar a oferta de tecnologia nos veículos fabricados em São Bernardo do Campo (SP).
Detalhes sobre calibração, consumo e versões devem ser divulgados apenas mais perto do lançamento.
Com tantas mudanças previstas, o que você espera ver no T-Cross 2027: mais eficiência, tecnologia de ponta ou um visual próximo ao ID. Cross europeu?