Segunda geração do SUV da Toyota deve trazer novidades em design, motorização híbrida plug-in e possível versão esportiva GR, combinando tração integral e mais de 220 cv, além de adotar o estilo “hammerhead” já presente em outros modelos da marca.
As primeiras projeções para a segunda geração do Toyota Corolla Cross, prevista para chegar entre 2026 e 2027, apontam para uma possível versão GR com tração integral e potência combinada na casa de 223 cv, além de um desenho frontal no chamado estilo “hammerhead”.
Em paralelo, ganham força indicações de que o SUV deve ampliar a gama eletrificada com um híbrido plug-in.
O que há de oficial e o que ainda é projeção
Por ora, a Toyota não confirmou a nova geração nem uma versão GR específica para o Corolla Cross.
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O que existe de concreto é o ciclo atual do modelo, que recebeu atualização para a linha 2026 em 8 de maio de 2025, com melhorias de conteúdo e a continuidade do híbrido HEV com 196 cv combinados e AWD sob demanda em mercados como os Estados Unidos.
Em países asiáticos, o Corolla Cross segue oferecendo o conjunto 1.8 híbrido com tração dianteira, solução já conhecida do público.
Enquanto a marca guarda silêncio sobre a próxima geração, renderizações e relatos em publicações da Ásia descrevem o que estaria por vir.
As informações devem, portanto, ser lidas como antevisões do que o projeto pode incorporar, e não como dados oficiais.
Design “hammerhead” ganha espaço no SUV
Entre as imagens que circulam, chama atenção o trabalho do designer Theophilus Chin (Theottle), criador malaio conhecido por visualizar, em ilustrações, a evolução de modelos populares.
Nas projeções, o Corolla Cross adota frente inspirada no padrão “hammerhead”, linguagem já vista em produtos recentes da Toyota e associada a linhas horizontais limpas, faróis delgados e assinatura de iluminação mais marcante.
Nessas leituras visuais, os DRLs em formato de “C” ficam posicionados acima dos faróis principais e se unem a uma grade dividida.
Uma seção superior mais estreita integra o logotipo e se alinha aos faróis.
Já a tomada de ar inferior é mais ampla, ligada ao para-choque e às molduras dos faróis de neblina.
No conjunto, o resultado sugere um rosto mais baixo e largo, com ênfase esportiva e superfícies mais limpas.
Motorização: HEV mantido, PHEV em estudo e sinal verde para GR?
No campo mecânico, a expectativa recorrente é de maior variedade eletrificada.
A configuração HEV deve seguir no portfólio global, com calibração voltada a consumo e custo de manutenção.
Já a possível estreia de um híbrido plug-in (PHEV) é citada como o principal acréscimo técnico da nova geração.
Essa opção combinaria motor a combustão de menor deslocamento com um motor elétrico forte, priorizando a tração elétrica em uso urbano e recarga externa.
Quanto à versão GR, a aposta de veículos especializados é que o SUV utilize um arranjo híbrido com motor 2.0 a combustão e motor elétrico adicional para mover o eixo traseiro, entregando tração integral e potência combinada próxima dos 223 cv.
Esse patamar de desempenho remete ao que a Toyota já pratica em outros modelos plug-in de última geração, como o Prius PHEV, que associa um 2.0 de cerca de 152 cv a um motor elétrico de aproximadamente 163 cv para alcançar 223 cv de potência de sistema.
Importa ressaltar que a engenharia e a calibração exatas para o SUV não foram divulgadas e podem diferir das referências citadas.
Dimensões e plataforma: evolução sem ruptura
Em termos de arquitetura, as publicações mais recentes sugerem que o Corolla Cross deve permanecer na base TNGA-C, plataforma que sustenta também Corolla e C-HR, com ganhos incrementais de rigidez e aprimoramentos de segurança ativa.
Fala-se em crescimento sutil nas medidas externas, algo entre 5 mm e 15 mm, variação que costuma acompanhar ajustes de crash test, isolamento acústico e integração de baterias maiores em versões eletrificadas.
Não há confirmação oficial de números, tampouco de mudanças estruturais de grande porte.
Onde o GR do SUV se encaixa na estratégia
A família Gazoo Racing (GR) já figura no Corolla hatch e em outros Toyota focados em dinâmica.
Ao transpor essa assinatura para um SUV médio, a marca ampliaria o alcance esportivo para um segmento de volume, com enfoque em torque imediato e aderência típica de sistemas híbridos com eixo traseiro elétrico.
O apelo técnico ficaria ancorado em calibragem de suspensão, direção e softwares de gerenciamento de tração, além de visual diferenciado, sem necessariamente rivalizar com SUVs de performance baseados em motores turbo de maior cilindrada.
Panorama de mercado e possível calendário
A leitura do cronograma aponta que o sedã Corolla deve ser revelado primeiro, como “vitrine” de soluções que depois chegam ao SUV.
Essa cadência é coerente com ciclos anteriores da marca e ajudaria a calibrar produção e fornecimento de componentes eletrificados.
A estreia global do novo Corolla Cross é mencionada para a janela de 2026 a 2027, com priorização de mercados asiáticos de alto volume, onde o modelo é forte e costuma estrear tecnologias híbridas antes de outras regiões.
O que observar até o lançamento
Até que a Toyota detalhe o projeto, alguns pontos merecem acompanhamento.
A confirmação do PHEV indicaria aumento de capacidade de bateria e, possivelmente, maior autonomia elétrica.
A eventual chegada do GR definiria o nível de potência e o tipo de AWD que será adotado.
Por fim, a adoção plena do design “hammerhead” pavimentaria a unificação da identidade visual da marca entre sedãs, SUVs e crossovers, reforçando a frente baixa e os faróis mais finos.
Contexto brasileiro: o que vale hoje
No Brasil, o Corolla Cross nacional segue com opções flex e híbridas convencionais, produzidas em Sorocaba (SP).
O atual HEV 1.8 permanece como a alternativa mais eficiente da gama local.
Já o RAV4 comercializado no país é híbrido convencional (HEV).
A versão plug-in do SUV, vendida em outros mercados, não faz parte da linha brasileira até o momento.
Esse cenário reforça a importância de confirmar, no lançamento, quais conjuntos eletrificados a Toyota disponibilizará por aqui quando a nova geração chegar.
Com esse quadro em mente, a pergunta que fica para o leitor é direta: se a Toyota unir o visual “tubarão-martelo” a um PHEV de cerca de 223 cv e oferecer um GR com tração integral, qual combinação faria mais sentido no seu uso diário?