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Novo radar expõe motoristas que usam a “freiadinha”, aplica multas de até R$ 880 e promete eliminar burlas comuns

Publicado em 21/08/2025 às 09:49
Novo radar promete reduzir acidentes que custam bilhões ao país, mas ameaça bolso do motorista com punições cada vez mais duras
Novo radar promete reduzir acidentes que custam bilhões ao país, mas ameaça bolso do motorista com punições cada vez mais duras
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Novo radar já está em funcionamento e pode flagrar até quem freia antes. Tecnologia Doppler amplia fiscalização e promete acabar com a famosa “freiadinha”, aumentando multas e reduzindo custos públicos

Segundo reportagem baseada em dados do Inmetro e do Contran, o novo radar já está em uso no Brasil e promete mudar a relação dos motoristas com a fiscalização de velocidade. A tecnologia, apelidada de “dedo-duro”, consegue flagrar veículos que freiam antes do equipamento e voltam a acelerar logo em seguida, prática comum no trânsito brasileiro.

O impacto é direto no bolso do motorista: multas que variam de R$ 130,16 a R$ 880,41 podem ser aplicadas mesmo após a passagem pelo radar. Para o poder público, o novo radar representa economia em instalação e manutenção, além de ampliar a eficiência no combate a acidentes que custam bilhões por ano ao país.

Como funciona o novo radar Doppler

O novo radar é baseado no Efeito Doppler, princípio físico de 1842 já utilizado em equipamentos tradicionais. A diferença está no método: em vez de medir a velocidade em um único ponto, como os radares de laço indutivo no asfalto, a nova versão cria uma “área de fiscalização contínua” que pode se estender por até 50 metros.

Isso significa que o sistema não captura apenas uma “fotografia” da velocidade, mas um verdadeiro “curta-metragem” do deslocamento do veículo. Dessa forma, a famosa “freiadinha” perde efeito, já que a aceleração logo após o equipamento também é monitorada.

Impacto financeiro para motoristas

A chegada do novo radar representa um golpe na estratégia de quem tentava economizar evitando multas com freios bruscos. Agora, qualquer excesso é registrado e punido. Para o condutor, isso significa que a economia desaparece e o risco de pagar caro aumenta.

O valor das multas pode chegar a quase R$ 900,00 por infração, o que reforça que a única forma de dirigir de forma segura e financeiramente inteligente é respeitando o limite de velocidade.

Benefícios e custos para o poder público

Do lado da administração pública, o novo radar traz vantagens significativas. O custo de instalação, que pode superar R$ 100 mil, é compensado pela eficiência maior na redução de acidentes e aumento da arrecadação de multas.

Por ser uma tecnologia não intrusiva, que não exige obras no asfalto, os gastos de manutenção também são menores. Além disso, o equipamento pode fiscalizar múltiplas infrações ao mesmo tempo, como avanço de sinal vermelho e mudança de faixa proibida, funcionando como uma ferramenta 3 em 1.

Fatos e números confirmados

De acordo com o Inmetro e resoluções do Contran:

  • O novo radar consegue registrar a velocidade por até 50 metros após o ponto de instalação.
  • Um único equipamento pode flagrar diferentes infrações em tempo real.
  • A manutenção é mais barata e rápida, sem necessidade de fechar pistas.
  • Já está homologado e em testes em cidades como Curitiba, regiões de Minas Gerais e o interior de São Paulo.

O que muda para o motorista brasileiro

A introdução do novo radar reforça que o “jeitinho brasileiro” da freiadinha está com os dias contados. A lição financeira é clara: tentar burlar o sistema não compensa. O custo de respeitar o limite é zero; já o custo de insistir na imprudência é cada vez mais alto.

Essa evolução tecnológica mostra que, além de aumentar a segurança, a fiscalização inteligente garante um retorno econômico maior para a gestão pública.

O novo radar é mais do que uma atualização: é uma mudança estrutural na forma como o trânsito é fiscalizado no Brasil. Ele transforma brechas em armadilhas caras para o motorista e em eficiência para o poder público.

E você, acha que o novo radar vai realmente reduzir acidentes ou será apenas mais uma forma de arrecadar dinheiro? Deixe sua opinião nos comentários — sua experiência pode enriquecer o debate.

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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