Novo radar já está em funcionamento e pode flagrar até quem freia antes. Tecnologia Doppler amplia fiscalização e promete acabar com a famosa “freiadinha”, aumentando multas e reduzindo custos públicos
Segundo reportagem baseada em dados do Inmetro e do Contran, o novo radar já está em uso no Brasil e promete mudar a relação dos motoristas com a fiscalização de velocidade. A tecnologia, apelidada de “dedo-duro”, consegue flagrar veículos que freiam antes do equipamento e voltam a acelerar logo em seguida, prática comum no trânsito brasileiro.
O impacto é direto no bolso do motorista: multas que variam de R$ 130,16 a R$ 880,41 podem ser aplicadas mesmo após a passagem pelo radar. Para o poder público, o novo radar representa economia em instalação e manutenção, além de ampliar a eficiência no combate a acidentes que custam bilhões por ano ao país.
Como funciona o novo radar Doppler
O novo radar é baseado no Efeito Doppler, princípio físico de 1842 já utilizado em equipamentos tradicionais. A diferença está no método: em vez de medir a velocidade em um único ponto, como os radares de laço indutivo no asfalto, a nova versão cria uma “área de fiscalização contínua” que pode se estender por até 50 metros.
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Isso significa que o sistema não captura apenas uma “fotografia” da velocidade, mas um verdadeiro “curta-metragem” do deslocamento do veículo. Dessa forma, a famosa “freiadinha” perde efeito, já que a aceleração logo após o equipamento também é monitorada.
Impacto financeiro para motoristas
A chegada do novo radar representa um golpe na estratégia de quem tentava economizar evitando multas com freios bruscos. Agora, qualquer excesso é registrado e punido. Para o condutor, isso significa que a economia desaparece e o risco de pagar caro aumenta.
O valor das multas pode chegar a quase R$ 900,00 por infração, o que reforça que a única forma de dirigir de forma segura e financeiramente inteligente é respeitando o limite de velocidade.
Benefícios e custos para o poder público
Do lado da administração pública, o novo radar traz vantagens significativas. O custo de instalação, que pode superar R$ 100 mil, é compensado pela eficiência maior na redução de acidentes e aumento da arrecadação de multas.
Por ser uma tecnologia não intrusiva, que não exige obras no asfalto, os gastos de manutenção também são menores. Além disso, o equipamento pode fiscalizar múltiplas infrações ao mesmo tempo, como avanço de sinal vermelho e mudança de faixa proibida, funcionando como uma ferramenta 3 em 1.
Fatos e números confirmados
De acordo com o Inmetro e resoluções do Contran:
- O novo radar consegue registrar a velocidade por até 50 metros após o ponto de instalação.
- Um único equipamento pode flagrar diferentes infrações em tempo real.
- A manutenção é mais barata e rápida, sem necessidade de fechar pistas.
- Já está homologado e em testes em cidades como Curitiba, regiões de Minas Gerais e o interior de São Paulo.
O que muda para o motorista brasileiro
A introdução do novo radar reforça que o “jeitinho brasileiro” da freiadinha está com os dias contados. A lição financeira é clara: tentar burlar o sistema não compensa. O custo de respeitar o limite é zero; já o custo de insistir na imprudência é cada vez mais alto.
Essa evolução tecnológica mostra que, além de aumentar a segurança, a fiscalização inteligente garante um retorno econômico maior para a gestão pública.
O novo radar é mais do que uma atualização: é uma mudança estrutural na forma como o trânsito é fiscalizado no Brasil. Ele transforma brechas em armadilhas caras para o motorista e em eficiência para o poder público.
E você, acha que o novo radar vai realmente reduzir acidentes ou será apenas mais uma forma de arrecadar dinheiro? Deixe sua opinião nos comentários — sua experiência pode enriquecer o debate.