Japão está desenvolvendo uma cidade flutuante que abrigará milhares de pessoas. A “Arca de Noé japonesa” será autossuficiente e terá 1,58 km de diâmetro.
O Japão está desenvolvendo um mega projeto de uma cidade flutuante, que terá capacidade para abrigar até 40 mil pessoas e ser autossuficiente. A empresa que está à frente do projeto da “Arca de Noé Japonesa” é a startup N-Ark, companhia inovadora que tem como foco reinventar a arquitetura à beira-mar para abordar questões sociais.
“Arca de Noé Japonesa” conta com cerca de 1,58 km de diâmetro
Com o nome de Dogen City, a cidade flutuante terá turismo, instalações médicas e até mesmo foguetes espaciais. A iniciativa compõe o New Ocean, uma inovação empresarial promovida pela indústria, governo e academia de ciências, com foco em agir contra desastres naturais, melhorar o ambiente marinho, abrigar refugiados climáticos e gerar um impacto econômico positivo.
A cidade possui cerca de 1,58 km de diâmetro e 4 km de circunferência, correspondendo ao conceito do Japão “1 ri, 1 hora”. Ela funciona a nível de uma cidade flutuante, mas a habitabilidade corresponde a de uma pequena aldeia.
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A “Arca de Noé Japonesa” poderá receber cerca de 30 mil turistas por mês. Segundo a N-Ark, a Dogen City foi desenvolvida para suportar diversas situações climáticas e até mesmo um tsunami.
Segundo dados informados pela própria empresa à frente do projeto, a cidade flutuante consumirá cerca de 2 milhões de litros de água por ano, produzindo até 3.288 toneladas de lixo, 22.265 mil KW de energia e 7 mil toneladas de alimentos. A expectativa é que o empreendimento fique pronto até 2050.
Projeto contará com três camadas de sustentabilidade
A proposta inovadora integrará a produção de alimentos, dados, arquitetura, energia e água em um sistema simbiótico que usa o azul profundo como uma nova e resiliente zona econômica chamada New Ocean.
A startup afirma que, por meio da inovação empresarial oceânica privada, terá início o New Ocean Consortium, um negócio conjunto da indústria, governo e academia que compõe várias indústrias, leis, tecnologias e regulamentos para a realização deste espaço econômico. O New Ocean é um termo voltado à versão oceânica da inovação empresarial espacial da Space X, chamada de New Space.
Cidade flutuante terá a organização de uma aldeia e poderá receber 40.000 habitantes – Reprodução/N-Ark
O projeto da “Arca de Noé Japonesa” é real, tanto que são consideradas três camadas para garantir a sustentabilidade do local. A primeira criação de uma cidade marítima independente e descentralizada, adaptável às mudanças climáticas, com foco na promoção do autocuidado físico e mental do dia a dia e na oferta de vários programas.
A segunda camada é voltada para a construção de uma infraestrutura de dados subaquáticos para contribuir no desenvolvimento dos negócios marítimos. Por fim, a startup visa aproveitar as águas abertas para gerar uma nova indústria de turismo que esteja ligada ao espaço, usando o solo como local de lançamento e pouso para serviços de transporte de foguetes.
Aumento do nível do mar gera danos ao mundo
O dano econômico do nível do mar é estimado em aproximadamente US$ 1,1 bilhão no mundo inteiro em 2019 e, até o ano de 2100, segundo dados de pesquisa do IPCC, o nível do mar aumentará 1 metro acima dos níveis atuais.
A expectativa é que o aumento do nível do mar também cause danos, como a poluição do sal urbano e o colapso da infraestrutura urbana.
Para contornar isso, a Dogen City está sendo desenvolvida, sendo uma cidade sustentável projetada para atuar como uma cidade flutuante de assistência médica inteligente em tempos de paz e como uma cidade autônoma em caso de desastre natural.