Os sindicatos dos petroleiros brasileiros buscam novas medidas para uma redução nos preços cobrados pelos combustíveis no país. O novo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, irá discutir o possível fim da PPI na estatal.
Na tarde desta sexta-feira, (27/01), o novo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, se reunirá com os principais sindicatos de petroleiros do Brasil para discutir temas do setor. O principal assunto a ser abordado será o fim da política de paridade de importação (PPI), visando uma redução nos preços dos combustíveis no país. Essa é uma ideia apoiada pelo atual Governo Lula, visto que pode contribuir com o futuro do mercado nacional.
Jean Paul Prates se reúne com sindicatos de petroleiros para discutir o fim da PPI na Petrobras a fim de reduzir os preços dos combustíveis no Brasil
Após assumir como o novo presidente da estatal Petrobras, o senador Jean Paul Prates se prepara para iniciar os trabalhos quanto ao futuro da companhia no mercado nacional.
Nesta sexta-feira, ele se reunirá com os principais sindicatos de petroleiros do país para discutir o fim da PPI e a troca da política de preços adotada atualmente na companhia.
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O objetivo dos petroleiros é cobrar as promessas apresentadas na campanha do Governo Lula para o futuro da estatal, focando nas melhorias para o consumidor final.
Às 15 horas, Prates vai receber a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e, às 16h30, a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).
A FNP apresentará à Jean Paul Prates os estudos realizados pelo Observatório Social do Petróleo (OSP). Eles demonstram uma possibilidade de vender combustíveis de forma mais acessível no Brasil, ao desvincular os valores da cotação internacional.
Para isso, seria considerado o custo de produção nacional, deixando de lado a comparação com o mercado internacional.
“A Petrobras tem uma estrutura de custos que permite vender os combustíveis a preços mais baratos do que os atuais valores internacionais. Produzimos no Brasil a maior parte do petróleo e combustível que consumimos e o custo dessa produção não sofreu mudanças nos últimos anos, à exceção do que se paga de participações governamentais, cujos valores variam junto ao preço do Brent”, destacou o economista Eric Gil Dantas, do OSP e do Instituto Brasileiros de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps).
Governo Lula e o novo presidente da Petrobras precisam se movimentar para estabilizar cenário dos altos preços dos combustíveis no mercado nacional em 2023
Com a política de preços atual, a PPI, adotada na Petrobras por Pedro Parente, em 2016, a estatal cobra no Brasil valores que variam de acordo com o cenário internacional do petróleo.
No entanto, os sindicatos dos petroleiros destacam os problemas causados pela adoção dessa política de preços.
A variabilidade do preço do barril do petróleo acaba ocasionando fortes reajustes nos valores, bem como preços acima do esperado.
Eric Gil Dantas destaca a urgência do Governo Lula e de Jean Paul Prates de adotarem uma nova política de preços ainda para o próximo mês.
Isso, pois a isenção de impostos federais dos combustíveis termina no final de fevereiro e o cenário poderá ficar mais complicado no mercado internacional nos próximos meses.
A FNP ainda pretende debater com Jean Paul Prates o fim do projeto de desinvestimentos dos ativos da Petrobras, assim como os novos investimentos em projetos nacionais.
As demandas do setor de óleo e gás e também dos trabalhadores, ativos e aposentados, próprios e terceirizados da estatal, também serão levadas à discussão.
Dessa forma, o novo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, se aproxima cada vez mais das demandas dos sindicatos dos petroleiros.