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Novo pré-sal! Lula afirma que Brasil não fará ‘loucuras’ em área cobiçada pela Petrobras e governo para explorar 13 bilhões de barris de petróleo

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 23/07/2024 às 12:58
Lula em foto quando a Petrobras dava início à produção comercial do pré-sal. (Imagem: reprodução/ PT)
Lula em foto quando a Petrobras dava início à produção comercial do pré-sal. (Imagem: reprodução/ PT)

Lula garante que Brasil não fará “loucuras” na exploração de 13 bilhões de barris de petróleo na foz do Amazonas, apesar das críticas de ambientalistas. A Petrobras enfrenta um impasse com o Ibama, enquanto o futuro da região rica em hidrocarbonetos permanece incerto.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assegurou que o Brasil não tomará medidas imprudentes na exploração de petróleo na Margem Equatorial, área que inclui a foz do Rio Amazonas e é alvo de grandes ambições da Petrobras.

Em uma entrevista concedida nesta terça-feira (23) a correspondentes internacionais em Brasília, Lula destacou a importância do petróleo para financiar a transição energética do país, ao mesmo tempo em que garantiu que qualquer ação será precedida de uma rigorosa avaliação ambiental.

“Imagina se o Brasil sai de lá e deixa barato. Quando você chegar, tem alguém lá explorando. E a Guiana e o Suriname estão explorando numa situação muito similar à nossa. Então, nós não vamos fazer nenhuma loucura, nada será feito sem autorização ambiental,” declarou o presidente.

Essa afirmação vem em resposta às críticas de ambientalistas que veem uma contradição nas ações do governo, que ao mesmo tempo em que promove a transição energética, também busca aumentar as reservas de hidrocarbonetos do país.

“O Brasil precisa do dinheiro do petróleo para financiar a transição energética,” enfatizou Lula, ressaltando a importância dos recursos financeiros que podem ser gerados com a exploração. Segundo Lula, a proximidade geográfica de outros países exploradores, como a Guiana Francesa e o Suriname, intensifica a necessidade do Brasil de não abandonar a região.

“A Petrobras tem dado demonstrações históricas de que é muito difícil acontecer um incidente,” destacou o presidente, reforçando a confiabilidade da empresa em operações offshore.

Entenda a polêmica envolvendo a “mina” de petróleo

Assim como vem publicando o portal CPG, a foz do Amazonas, vista por muitos como um verdadeiro tesouro com 13 bilhões de barris de petróleo, está no centro de uma acirrada disputa entre interesses econômicos e preocupações ambientais.

A Petrobras, uma das principais interessadas na exploração, enfrenta desafios significativos para obter permissão para perfurar poços a cerca de 500 quilômetros da foz.

“Estudos de correntes marítimas sugerem que, em caso de vazamento, o óleo não alcançaria a foz, minimizando riscos ambientais,” disse durante um podcast Sérgio Sacani, geofísico e youtuber. Além disso, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) resiste a autorizar as perfurações devido aos riscos ecológicos.

Uma das principais preocupações é a presença de um recife de corais descoberto em 2016 por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Este recife, que se estende da Guiana Francesa até o Maranhão, possui características únicas que o tornam especialmente vulnerável.

“Qualquer atividade poderia ameaçar esse ecossistema sensível,” alertam os pesquisadores da universidade, tornando a exploração de petróleo na região ainda mais controversa.

Impactos econômicos e sociais

Por outro lado, os defensores da exploração apontam que a descoberta de petróleo poderia transformar economicamente o estado do Amapá, que receberia royalties significativos. “O Amapá, um estado com baixo desenvolvimento, poderia experimentar um grande avanço econômico,” destaca Sérgio Sacani.

No entanto, a chegada de infraestrutura e mão de obra necessária para a exploração poderia causar impactos ambientais e sociais, como desmatamento e pressão sobre os recursos locais.

Futuro incerto

Por conta de todos esses imbróglios, atualmente, a Petrobras continua suas simulações e estudos para garantir que a perfuração seja segura e viável. Todavia, a decisão final dependerá de uma análise equilibrada dos impactos ambientais, sociais e econômicos. “É crucial que a sociedade e os tomadores de decisão se informem e participem ativamente do debate, para que a melhor decisão seja tomada para o futuro do país,” conclui Sérgio Sacani.

E você, leitor, o que acha? A exploração de petróleo na foz do Amazonas deve ser autorizada? Deixe sua opinião nos comentários!

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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