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Novo Pré-Sal! Governo e Petrobras estão de olho na Margem Equatorial, tida como a salvadora da estatal brasileira nos próximos anos

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 16/07/2024 às 06:21
Atualizado em 15/07/2024 às 23:31
Petrobras. (Imagem: reprodução)
Petrobras. (Imagem: reprodução)

O governo brasileiro e a Petrobras estão de olho na Margem Equatorial, uma região promissora no litoral das regiões Norte e Nordeste do país. Esta área, considerada por muitos como o “novo pré-sal”, pode ser a salvação da estatal brasileira de petróleo.

A decisão de priorizar a exploração na Margem Equatorial reacendeu debates sobre o futuro da Petrobras e a viabilidade ambiental e econômica da extração de petróleo nessa nova fronteira.

Na semana passada, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) colocou as bacias da Margem Equatorial entre as prioridades de seu calendário estratégico de estudos geológicos e econômicos para 2025.

Essa decisão foi tomada um dia após uma reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, do Meio Ambiente, Marina Silva, e o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho.

Na sequência, o Ministério de Minas e Energia abriu uma consulta pública sobre a concessão de licenças para a exploração de petróleo na região.

Lula reforça interesse estratégico na Margem Equatorial

Em recentes visitas ao Rio de Janeiro e ao Maranhão, o presidente Lula enfatizou a importância da exploração de petróleo na Margem Equatorial.

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De acordo com fontes próximas ao governo, Lula tem pressionado o Ibama e o Ministério do Meio Ambiente (MMA) para viabilizar a concessão das licenças necessárias para a exploração.

A região, que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte, enfrenta desafios devido à negativa do Ibama em conceder uma licença ambiental para a Petrobras na bacia da Foz do Amazonas, no Amapá, em maio de 2023.

Petrobras aguarda decisão do Ibama

A Petrobras ainda espera uma resposta do Ibama para determinar seus próximos passos na Margem Equatorial.

Em nota, a empresa afirmou que está empenhada em obter a licença e que atendeu a todas as exigências feitas pelo órgão ambiental.

A estatal destaca a importância de repor suas reservas e explorar novas fronteiras, sempre respeitando o meio ambiente e as pessoas envolvidas.

Magda Chambriard, presidente da Petrobras desde o final de maio, declarou em diversas ocasiões seu desejo de detalhar o plano de exploração na Foz do Amazonas ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), mas a reunião ainda não aconteceu.

“A Margem foi licitada em 2013. A Total estudou e desistiu, assim como a BP. A Petrobras está lá agora com todos os esforços. Não é crível que três grandes petroleiras estejam desempenhando mal seu papel em termos de licenciamento”, afirmou Chambriard em junho.

Importância econômica e política da Margem Equatorial

Em entrevista ao portal Valor Econômico, Allan Kardec, professor da Universidade Federal do Maranhão e presidente da Gasmar, destaca a relevância da inclusão da Margem Equatorial na agenda da ANP.

Segundo ele, essa decisão sinaliza que os blocos podem ser licitados em 2025, atraindo a indústria para aprofundar o debate sobre a exploração da região. “Agora o peso político da Margem Equatorial ganha volume”, ressalta Kardec, que também é ex-diretor da ANP.

A Margem Equatorial representa uma nova esperança para a Petrobras, que busca diversificar suas operações e garantir a sustentabilidade de suas reservas. A exploração nessa área pode ser um marco na indústria petrolífera brasileira, mas enfrenta desafios significativos em termos de licenciamento ambiental e aceitação pública.

Questões ambientais e pressão governamental

A negativa do Ibama à licença ambiental na bacia da Foz do Amazonas destaca os desafios ambientais enfrentados pela Petrobras. A região é sensível e possui uma biodiversidade única, o que torna a exploração de petróleo uma questão complexa e controversa. Ambientalistas e organizações não governamentais têm expressado preocupação com os possíveis impactos ambientais da exploração na Margem Equatorial.

Por outro lado, o governo federal vê a exploração como uma oportunidade estratégica para impulsionar a economia e garantir a autossuficiência energética do país. A pressão política para viabilizar as licenças reflete a importância que o governo atribui a essa nova fronteira.

Perspectivas futuras

A Margem Equatorial tem o potencial de transformar a indústria petrolífera brasileira, mas o sucesso dessa empreitada dependerá de uma cuidadosa consideração dos impactos ambientais e da obtenção das licenças necessárias.

Para especialistas, a consulta pública aberta pelo Ministério de Minas e Energia é um passo importante nesse processo, permitindo que diferentes partes interessadas contribuam para o debate.

Será que a Margem Equatorial se tornará o “novo pré-sal” e salvará a Petrobras? Ou os desafios ambientais e a resistência pública impedirão a exploração dessa nova fronteira? Deixe sua opinião nos comentários!

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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