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Novo Porta-Aviões da China conta com inovação tecnológica revolucionária, capaz de rivalizar e desafiar a supremacia da Marinha dos EUA

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 27/08/2024 às 23:01
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Porta-aviões da China – (Xinhua/Li Yun)

Revolução naval Global: O novo Porta-Aviões Chinês, equipado com tecnologia avançada, surge como potencial desafiante à Marinha dos EUA

A China tem dado passos significativos no campo da defesa naval, com a recente introdução de seu mais avançado porta-aviões, o Fujian, o terceiro a ser construído pela Marinha do Exército de Libertação Popular em apenas 12 anos.

Este novo porta-aviões, que segue os passos do Liaoning e do Shandong, promete mudar o equilíbrio de poder no Pacífico, rivalizando diretamente com a supremacia naval da Marinha dos EUA. O Fujian é equipado com uma tecnologia revolucionária de lançamento de aeronaves, semelhante à utilizada pelo mais novo porta-aviões americano, o USS Gerald R. Ford.

Porta-aviões da China – (Xinhua/Li Yun)

A evolução dos porta-aviões chineses

O desenvolvimento dos porta-aviões da China começou com o Liaoning, introduzido em 2012. Originalmente construído para a União Soviética, o Liaoning foi adquirido pela China após a dissolução da URSS, passando por um processo de modernização antes de ser incorporado à Marinha chinesa.

Com 1.005 pés de comprimento e um deslocamento de 60.000 toneladas, o Liaoning pode transportar cerca de 40 aeronaves, incluindo caças J-16 e helicópteros utilitários e antissubmarinos. No entanto, sua tecnologia de lançamento de aeronaves, baseada em uma rampa de esqui, limita a carga útil das aeronaves e impede a operação de aviões mais pesados, como o C-2 Greyhound, utilizado pela Marinha dos EUA.

O segundo porta-aviões da Marinha chinesa, o Shandong, foi o primeiro a ser construído inteiramente na China. Apesar de representar um avanço significativo em termos de independência tecnológica, o Shandong compartilha das mesmas limitações do Liaoning, utilizando uma rampa de esqui em vez de uma catapulta para lançar aeronaves. Essa limitação colocou a China em desvantagem em relação à Marinha dos EUA, que utiliza catapultas a vapor há mais de meio século.

Porta-aviões da China – (Xinhua/Li Yun)

O avanço tecnológico com o Fujian

Com a introdução do Fujian, a China parece pronta para superar essas limitações. Este novo porta-aviões é o maior já construído pela China, com 1.036 pés de comprimento e um deslocamento total de 80.000 toneladas, apenas 20% a menos que o USS Gerald R. Ford. Além disso, o Fujian é o primeiro porta-aviões chinês a ser equipado com catapultas eletromagnéticas, uma tecnologia que permite o lançamento de aeronaves com maior carga útil, melhorando significativamente o alcance e o poder de fogo.

O sistema de catapultas eletromagnéticas do Fujian é inspirado nos trens de força de carros elétricos, utilizando um volante e uma roda de enrolamento para armazenar e liberar energia. Essa energia é então transferida para um cabo de aço que puxa a aeronave pelo convés de voo, lançando-a no ar. Embora diferente do sistema EMALS utilizado pela Marinha dos EUA, o sistema chinês representa um avanço significativo para a Marinha Chinesa, que até então dependia de tecnologias mais simples.

A comparação com a Marinha dos EUA

A Marinha dos EUA tem sido pioneira na utilização de sistemas de lançamento de aeronaves eletromagnéticos, com a introdução do USS Gerald R. Ford em 2017. O sistema EMALS (Electromagnetic Aircraft Launch System) substituiu as tradicionais catapultas a vapor, proporcionando maior eficiência e menos estresse para os marinheiros a bordo. O EMALS é capaz de realizar até 270 lançamentos de aeronaves por dia em tempos de guerra, um aumento de 33% em relação às catapultas a vapor.

Apesar de o sistema chinês diferir em alguns aspectos, como a utilização de uma “embreagem de corrente parasita” para gerar a força eletromagnética, a adoção desta tecnologia representa uma grande conquista para a China. Em apenas 12 anos, a Marinha chinesa passou de uma força naval relativamente modesta para uma potência capaz de rivalizar com a Marinha dos EUA em termos de tecnologia e capacidades operacionais.

Porta-aviões da China – (Xinhua/Li Yun)

Implicações para a geopolítica global

O Fujian deve entrar em serviço nos próximos anos, elevando o número total de porta-aviões da China para três. Embora esse número ainda seja metade dos porta-aviões da Frota do Pacífico dos EUA, o ritmo acelerado de construção e inovação tecnológica da China indica que o país está determinado a fechar essa lacuna. Se a China continuar nesse ritmo, pode muito bem alcançar a Marinha dos EUA em termos de quantidade e qualidade de porta-aviões nas próximas décadas.

O crescimento naval da China é um reflexo de suas ambições globais e de seu desejo de projetar poder além de suas fronteiras. Com o Fujian, a China demonstra que está pronta para desafiar a supremacia da Marinha dos EUA, estabelecendo-se como uma força naval de primeira linha. A grande questão que permanece é como os Estados Unidos e seus aliados responderão a esse desafio emergente.

Conclusão

A introdução do porta-aviões Fujian marca um ponto de inflexão na competição naval entre China e Estados Unidos. Equipado com tecnologia avançada de lançamento de aeronaves, o Fujian não só representa um avanço significativo para a Marinha do Exército de Libertação Popular, mas também sinaliza a intenção da China de se estabelecer como uma potência naval global. À medida que o Fujian se prepara para entrar em serviço, o mundo observará atentamente as implicações desta nova era de rivalidade naval.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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