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Novo Plano Safra surpreende com mais de R$ 500 bilhões, juros até 12% e foco total em pequenos produtores

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 01/07/2025 às 22:55
Plano Safra 2024/2025 traz crédito rural recorde, juros de até 12% e foco em pequenos produtores, sustentabilidade e apoio à agricultura familiar.
Plano Safra 2024/2025 traz crédito rural recorde, juros de até 12% e foco em pequenos produtores, sustentabilidade e apoio à agricultura familiar.
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Governo prepara anúncio de crédito rural recorde, amplia apoio à sustentabilidade e prioriza pequenos produtores no novo ciclo do Plano Safra.

O governo federal prepara o anúncio oficial do Plano Safra 2024/2025 com a promessa de superar a marca histórica de R$ 500 bilhões em crédito rural, ampliando o acesso a recursos para agricultores e pecuaristas de todo o Brasil.

A iniciativa deve priorizar especialmente os pequenos produtores, reforçando políticas de incentivo e adaptação ao cenário econômico atual, marcado por desafios como inflação acima da meta e restrições orçamentárias.

Com previsão de lançamento para o final de junho de 2025, em cerimônia no Palácio do Planalto que contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros da área econômica, o novo Plano Safra irá disponibilizar um volume recorde de recursos para o setor agropecuário brasileiro.

O programa promete beneficiar desde agricultores familiares até médios produtores, além de manter linhas de financiamento específicas para custeio, investimento e comercialização, ajustadas conforme as demandas do mercado rural.

Plano Safra 2024/2025 amplia crédito e reforça sustentabilidade

De acordo com informações do Ministério da Agricultura e Pecuária, o desenho do Plano Safra 2024/2025 contempla aumento expressivo dos recursos direcionados à produção sustentável e à adoção de práticas agroecológicas, como incentivo à produção de alimentos orgânicos.

O governo também deve aprimorar mecanismos de acesso ao crédito para agricultores familiares e cooperativas, além de expandir o apoio à comercialização de produtos da agricultura familiar.

O ministro Carlos Fávaro afirmou que o compromisso central é garantir segurança financeira ao produtor rural, equilibrando a necessidade de estímulo ao setor com a responsabilidade fiscal do Estado.

Segundo Fávaro, o crédito rural do novo Plano Safra chegará ao campo com “atenção redobrada à situação fiscal do país”, o que justifica ajustes nas taxas de juros e critérios de liberação dos financiamentos.

Juros do crédito rural variam de 8% a 12% ao ano

Fontes do setor financeiro ligadas ao Ministério da Agricultura indicam que as taxas de juros do crédito rural para a safra 2024/2025 devem variar entre 8% e 12% ao ano, dependendo do perfil do tomador e do tipo de linha de crédito selecionada.

Pequenos produtores e agricultores familiares tendem a receber condições mais favoráveis, enquanto operações para grandes produtores e projetos de alto valor agregado podem alcançar os percentuais mais elevados.

O aumento das taxas acompanha a conjuntura econômica nacional, que atualmente enfrenta pressão inflacionária e aumento dos custos de produção.

Ainda assim, representantes de entidades do setor, como a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), avaliam que o montante disponibilizado pelo Plano Safra representa um avanço para o agronegócio, especialmente diante dos prejuízos causados por eventos climáticos recentes e pela elevação do preço de insumos agrícolas.

Incentivo à inclusão produtiva e produção sustentável

Um dos pilares do Plano Safra 2024/2025 é o fortalecimento da agricultura familiar e dos pequenos produtores, segmento responsável por expressiva parcela da produção de alimentos no país.

Para esse público, o governo pretende expandir o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com linhas de crédito específicas para compra de máquinas, insumos e adoção de tecnologia.

Além disso, a nova edição do Plano Safra reforçará incentivos à produção sustentável, estimulando práticas que reduzam o impacto ambiental, como a recuperação de áreas degradadas, sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta e a ampliação de seguros agrícolas para mitigar riscos climáticos.

A inclusão produtiva será ampliada também com apoio à assistência técnica rural, permitindo que agricultores tenham acesso a conhecimento atualizado e boas práticas de gestão.

Para 2025, o governo federal prevê novos investimentos em capacitação, extensão rural e inovação tecnológica, visando aumentar a produtividade e a renda das famílias no campo.

Recursos históricos, garantias e impacto esperado

O valor total de mais de R$ 500 bilhões, que será oficializado no novo Plano Safra, representa o maior volume de crédito rural já ofertado na história do programa.

Os recursos serão distribuídos entre financiamentos para custeio de safra, investimentos em infraestrutura produtiva, armazenamento, aquisição de equipamentos e projetos de comercialização.

Segundo o governo, parte dos recursos será destinada ao Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), linha criada para atender produtores de médio porte, oferecendo taxas diferenciadas e melhores condições de pagamento.

O foco na diversificação de culturas e na proteção contra riscos de mercado é outra diretriz do novo Plano Safra, respondendo à necessidade de resiliência do setor diante de oscilações climáticas e econômicas.

Instituições financeiras públicas, como o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), continuarão como principais operadoras dos recursos do Plano Safra.

Em 2025, espera-se ainda uma ampliação da participação de cooperativas de crédito, facilitando o acesso dos pequenos produtores ao sistema financeiro nacional.

Setor aguarda anúncio e debate impacto para o campo

Com a aproximação do anúncio oficial, entidades representativas do agronegócio destacam a importância de um Plano Safra robusto para garantir estabilidade e segurança ao campo, especialmente em um cenário de custos elevados e volatilidade de preços.

A ampliação dos recursos é vista como um passo fundamental para manter a produção de alimentos em alta, atender à demanda interna e fortalecer o papel do Brasil como principal exportador mundial de commodities agrícolas.

Especialistas apontam que a eficiência do programa dependerá da rapidez na liberação dos financiamentos e do acompanhamento próximo das políticas de incentivo à produção sustentável.

Além disso, o novo Plano Safra será um termômetro importante para medir a confiança dos produtores rurais no ambiente econômico e na condução das políticas públicas para o setor em 2025.

O anúncio do Plano Safra 2024/2025 é aguardado com grande expectativa e deve pautar o debate sobre os rumos do agronegócio nacional nos próximos meses.

Como você avalia o impacto desse volume recorde de recursos para o crédito rural e o foco nas práticas sustentáveis para pequenos produtores? Quais medidas poderiam ampliar ainda mais os benefícios do Plano Safra para todos os segmentos do campo brasileiro?

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Jorge Roberto Guimarães
Jorge Roberto Guimarães
02/07/2025 13:12

Li todo o texto da notícia comentada sobre o plano safra 2025-2026. Apenas estranhei a inexistência de qualquer menção de como será dividido o montante anunciado de financiamentos com juros de 8 a 12 por cento ao ano dos 500 bilhões de reais, entre os setores das chamadas pequena e média economia familiar e a grande agricultura voltada para a exportação, que, além dos juros subsidiados, está última contando com subsídios à exportação, quase sempre criticados pelos concorrentes de outros países e questionamentos ao Brasil, perante os órgãos internacionais voltados para o Comércio. No entanto, sobre o espetacular financiamento ao Agro, ouvi, nos últimos dias, numa reportagem televisiva, que aos pequenos e médios produtores rurais, responsáveis pela quase totalidade de alimentos consumidos no Brasil, o montante a ser distribuído estaria entre 84 e 88 bilhões, enquanto o restante, isto é, o que caberá à grande agricultura e pecuária de exportação terá um montante superior a 400 bilhões. REPITO. Por que tal circunstância teria sido omitida no texto que acabei de ler? Ela não tem importância? Ou seria conveniente a algum setor interessado?

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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