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Novo plano bilionário do governo vai priorizar produtos nacionais em compras para apoiar empresas atingidas por tarifa de Trump

Publicado em 13/08/2025 às 21:55
Brasil enfrenta tarifa de 50% dos EUA com crédito de R$ 30 bilhões e compras públicas estratégicas
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Novo plano bilionário do governo busca conter impacto das tarifas de Trump. Medida deve injetar R$ 30 bilhões em crédito para empresas exportadoras, priorizar conteúdo nacional e incluir compras governamentais

O governo federal anunciará nesta quarta-feira o novo plano bilionário do governo para reduzir os prejuízos causados pela tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos. A estratégia, segundo antecipou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, será apresentada em solenidade no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e coletiva de imprensa para detalhamento técnico.

De acordo com Lula, o pacote prevê R$ 30 bilhões em linhas de crédito para empresas afetadas, além de compras governamentais e prioridade para conteúdo nacional. O Palácio do Planalto afirma que o plano foi desenhado para atender às demandas do setor produtivo sem comprometer a meta fiscal, que neste ano é de déficit zero, com margem de tolerância de 0,25% do PIB.

Crédito emergencial para exportadores

O novo plano bilionário do governo inclui uma linha de crédito robusta, direcionada especificamente a empresas prejudicadas pelo chamado “tarifaço” de Donald Trump. Embora os critérios de taxa, prazo e garantias ainda não tenham sido divulgados, a promessa é de um volume financeiro capaz de aliviar parte da pressão sobre setores estratégicos da economia. Apesar de representar menos de 10% do crédito mensal concedido no país, o montante é considerado relevante para preservar empregos e contratos internacionais.

Especialistas ouvidos pela CNBC destacam que o direcionamento dos recursos será feito empresa por empresa, de acordo com a situação de cada uma. Essa abordagem pode garantir mais eficiência, mas também impõe desafios de gestão e fiscalização, já que a aplicação em nível tão detalhado exige análise criteriosa.

Compras governamentais e incentivo ao conteúdo nacional

Outra frente do novo plano bilionário do governo é o aumento de compras públicas de produtos fabricados no Brasil. A medida, no entanto, tem limitações: o Executivo não pode adquirir e estocar determinados itens, como máquinas, equipamentos industriais e insumos de longa duração. O maior impacto deve ocorrer em setores de produtos perecíveis e alimentos, onde a compra direta pode evitar perdas e sustentar a produção.

O plano também reforça a prioridade para conteúdo nacional nas aquisições e contratações, medida que, segundo o governo, ajudará a fortalecer cadeias produtivas locais e reduzir a dependência de insumos importados, especialmente em tempos de instabilidade comercial.

Meta fiscal preservada

O ministro Fernando Haddad garantiu que o pacote não implicará alterações na meta fiscal. Como as linhas de crédito entram na contabilidade como despesa financeira e não como despesa primária, não há impacto direto sobre o resultado primário. No caso das compras governamentais, o governo utilizará créditos extraordinários que não afetam o teto de gastos, mas que ainda assim precisam respeitar as regras do arcabouço fiscal.

A preservação da meta é vista como sinal positivo pelo mercado, que temia uma flexibilização para acomodar os custos do programa. Com a estratégia atual, o governo busca mostrar que é possível combinar estímulo econômico e responsabilidade fiscal.

Pontos ainda indefinidos

Alguns detalhes do novo plano bilionário do governo permanecem sob sigilo. Não está claro se haverá diferimento de impostos para exportadores ou se será permitido o ressarcimento de créditos tributários acumulados ao longo da cadeia produtiva. Também não foi confirmada a inclusão de mecanismos de proteção ao emprego, algo mencionado em reuniões preliminares, mas que teria impacto direto nas contas públicas.

Essas definições serão apresentadas após a cerimônia oficial, quando técnicos dos ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento explicarão os mecanismos de execução, prazos e critérios de elegibilidade.

Você acredita que o plano vai realmente compensar as perdas causadas pelas tarifas de Trump? Ou o governo deveria buscar soluções adicionais para proteger as exportações brasileiras? Deixe sua opinião nos comentários.

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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