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Novo gigante da economia brasileira: cinema, TV, internet e streaming já geram mais empregos que a indústria de carros e colocam o audiovisual entre os setores que mais fazem o país crescer, aponta relatório de Oxford

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 10/10/2025 às 11:21
Novo gigante da economia brasileira: cinema, TV, internet e streaming já geram mais empregos que a indústria de carros e colocam o audiovisual entre os setores que mais fazem o país crescer, aponta relatório de Oxford
Foto: Novo gigante da economia brasileira: cinema, TV, internet e streaming já geram mais empregos que a indústria de carros e colocam o audiovisual entre os setores que mais fazem o país crescer, aponta relatório de Oxford
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Setor audiovisual já gera mais empregos que a indústria automotiva e movimenta R$ 70 bilhões no PIB. Cinema, TV, streaming e internet se tornam pilares da nova economia brasileira.

O Brasil vive uma transformação silenciosa na economia. Enquanto setores tradicionais, como o de automóveis, enfrentam quedas na produção e no número de empregos, o setor audiovisual se tornou um dos motores do crescimento econômico nacional. De acordo com um levantamento da Oxford Economics em parceria com a Motion Picture Association, o audiovisual movimentou cerca de R$ 70,2 bilhões em 2024 e gerou mais de 600 mil empregos diretos e indiretos em todo o país. A atividade já emprega mais pessoas do que a indústria automotiva e tem um impacto cada vez maior na renda das famílias brasileiras.

O que é o setor audiovisual

O setor audiovisual é muito mais amplo do que o cinema e a televisão. Ele engloba a produção de filmes, séries, novelas, publicidade, vídeos para internet, games e plataformas de streaming. Também envolve estúdios, roteiristas, técnicos de som e imagem, produtores, figurinistas e milhares de profissionais que trabalham nos bastidores.

De acordo com a Agência Nacional do Cinema (Ancine), o crescimento de plataformas digitais e do consumo de conteúdo por vídeo fez o número de produções locais aumentar consideravelmente nos últimos anos.

Hoje, cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Curitiba e Fortaleza já abrigam polos de produção audiovisual que empregam milhares de trabalhadores.

O peso econômico do audiovisual

Segundo o relatório citado pelo portal Metrópoles, o audiovisual brasileiro gera R$ 70,2 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) e movimenta uma cadeia de mais de 608 mil empregos.

O impacto é comparável a setores industriais considerados estratégicos. O audiovisual já supera a indústria automotiva e se equipara ao setor farmacêutico em geração de postos de trabalho, conforme dados da Agência Brasil.

Para cada R$ 1 investido em produção audiovisual, estima-se que outros R$ 2,60 sejam gerados na economia. Essa relação de retorno acontece porque a produção de conteúdo envolve transporte, hospedagem, alimentação, tecnologia, vestuário e uma rede ampla de fornecedores.

Como o streaming mudou o mercado

O avanço do streaming foi decisivo para o crescimento do setor. Plataformas como Netflix, Globoplay, Amazon Prime, HBO Max, Disney+ e YouTube passaram a investir em produções locais, contratando equipes brasileiras e estimulando o mercado independente.

Essas produções exigem equipes técnicas completas e ajudam a desenvolver novas habilidades profissionais, como edição digital, efeitos visuais e roteirização para plataformas online.

Segundo a Ancine, o número de obras brasileiras licenciadas para streaming cresceu mais de 60% entre 2020 e 2024. Isso abriu espaço para produtoras regionais e novos talentos fora do eixo Rio–São Paulo.

O audiovisual como política pública

O setor audiovisual também ganhou força com políticas de incentivo, como o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), que financia produções em todo o país.

Criado pela Ancine, o fundo é alimentado por taxas recolhidas de emissoras, cinemas e serviços de vídeo sob demanda.

O FSA ajudou a formar uma nova geração de profissionais e ampliou a presença brasileira em festivais internacionais. O retorno financeiro, segundo o próprio fundo, supera o valor investido em muitas produções, mostrando que cultura também é desenvolvimento econômico.

Por que o audiovisual é o “novo gigante”

O setor audiovisual une cultura, tecnologia e emprego. Ele transforma criatividade em produto e movimenta bilhões de reais todos os anos. Mais do que entretenimento, é uma indústria de ideias e inovação que cria oportunidades em todas as regiões do país.

Enquanto a indústria automobilística enfrenta oscilações ligadas ao consumo e à importação, o audiovisual cresce impulsionado pelo aumento de demanda por conteúdo em vídeo, pela digitalização da economia e pela globalização das plataformas.

Hoje, quem trabalha com audiovisual está no centro de uma das profissões que mais crescem no Brasil. É um setor que mistura arte, técnica, tecnologia e empreendedorismo, e que já mostra força para liderar o desenvolvimento criativo do país nos próximos anos.

O Brasil descobre no audiovisual um novo motor econômico. A combinação de criatividade, tecnologia e mercado global faz do setor uma potência capaz de empregar, gerar renda e fortalecer a identidade nacional.

De filmes e novelas até games e vídeos para internet, o audiovisual brasileiro prova que o país pode crescer também pela cultura e pela inteligência criativa de seu povo.

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Valdemar Medeiros

Formado em Jornalismo e Marketing, é autor de mais de 20 mil artigos que já alcançaram milhões de leitores no Brasil e no exterior. Já escreveu para marcas e veículos como 99, Natura, O Boticário, CPG – Click Petróleo e Gás, Agência Raccon e outros. Especialista em Indústria Automotiva, Tecnologia, Carreiras (empregabilidade e cursos), Economia e outros temas. Contato e sugestões de pauta: valdemarmedeiros4@gmail.com. Não aceitamos currículos!

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