Tecnologia de fusão nuclear pode cortar pela metade o tempo das missões interplanetárias
Uma startup britânica desenvolve um foguete movido a fusão nuclear que promete viajar para Marte em tempo recorde. A tecnologia, ainda em fase de simulação, pode atingir velocidades de até 800 mil km/h, abrindo caminho para uma nova era de missões espaciais mais rápidas, eficientes e sustentáveis.
O projeto é liderado pela Pulsar Fusion, com apoio da Agência Espacial Britânica, e representa uma ruptura no uso de combustíveis químicos, hoje dominantes no setor aeroespacial. Se confirmada, a inovação pode reduzir significativamente os custos e prazos das expedições.
Como esse foguete consegue ser tão rápido?
A proposta da Pulsar Fusion se baseia em um reator de fusão nuclear linear, que utiliza a união de átomos de hidrogênio para liberar quantidades massivas de energia — o mesmo processo que ocorre no interior do Sol. Essa energia é convertida diretamente em propulsão, com desempenho muito superior aos sistemas atuais.
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Ao contrário dos reatores circulares tradicionais, o modelo da empresa adota um design em linha reta, expelindo partículas a altíssima velocidade diretamente na direção oposta ao movimento da nave.
O foguete foi batizado de Sunbird e deve atuar como módulo auxiliar de alta velocidade, acoplado a espaçonaves já posicionadas em órbita. Sua função seria acelerar cargas e missões rumo a destinos distantes do Sistema Solar.
Qual o impacto para as missões a Marte?
Se os testes forem bem-sucedidos, o Sunbird poderá cortar pela metade o tempo de viagem entre a Terra e Marte, encurtando uma jornada que hoje pode durar de 7 a 9 meses para algo em torno de 3 a 4 meses. Isso mudaria completamente a logística de futuras missões humanas e robóticas ao planeta vermelho.
Simulações da Pulsar indicam que o foguete conseguiria transportar até 1 tonelada de carga a Plutão em apenas quatro anos — algo impensável com as tecnologias atuais.
Além disso, por não gerar resíduos radioativos perigosos, a fusão nuclear se apresenta como uma opção mais segura e ambientalmente viável do que a tradicional fissão.
Quando começam os testes reais?
A empresa prevê realizar o primeiro teste em órbita em 2027, o que marcaria um ponto de virada na busca por tecnologias espaciais de nova geração. Ainda há obstáculos, como a miniaturização dos sistemas de fusão para operação a bordo de veículos espaciais, mas os avanços já empolgam a comunidade científica.
Se validado em testes práticos, o Sunbird poderá redefinir a velocidade limite da exploração espacial e ampliar significativamente o alcance das missões humanas e robóticas nos próximos anos.
Você acha que foguetes de fusão vão mesmo levar humanos a Marte mais rápido? Ou ainda é cedo para tanta empolgação? Deixe sua opinião nos comentários — queremos saber o que você pensa sobre o futuro das viagens interplanetárias.