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Novo estudo é claro: em todas as situações, os carros elétricos têm emissões mais baixas do que outros veículos

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 02/09/2025 às 08:37
Novo estudo é claro: em todas as situações, os carros elétricos têm emissões mais baixas do que outros veículos
Foto: Reproduçãõ
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Estudo da Universidade de Michigan mostra que veículos elétricos emitem menos em todas as etapas do ciclo de vida, inclusive fabricação e descarte.

Um novo estudo da Universidade de Michigan trouxe clareza a uma discussão frequente: em todas as situações analisadas, carros elétricos apresentam emissões mais baixas do que outros tipos de veículos. O levantamento avaliou desde a fabricação até o descarte e revelou diferenças significativas entre sistemas de propulsão.

O foco do estudo

Carros elétricos são conhecidos como veículos de emissão zero, mas não estão livres de críticas. A produção e a reciclagem das baterias também geram poluição. Por isso, muitas vezes são acusados de não serem tão limpos quanto se imagina. Para esclarecer essas dúvidas, a pesquisa comparou motores de combustão, híbridos, híbridos plug-in e totalmente elétricos.

Segundo Greg Keoleian, professor da Escola de Meio Ambiente e Sustentabilidade da universidade e autor sênior do estudo, a eletrificação é uma estratégia essencial para enfrentar a crise climática.

Ele lembra que o transporte responde por 28% das emissões globais de gases de efeito estufa e que reduzi-las é fundamental porque os impactos já se intensificam em todo o mundo.

Metodologia detalhada

Os pesquisadores buscaram a análise mais completa já realizada. Foram avaliados não apenas os números de emissões na condução, mas também na fabricação e no fim da vida útil dos veículos. Diversos fatores entraram no cálculo: o tipo de propulsão, o porte do veículo, o estilo de condução e a localização.

A comparação incluiu picapes, sedãs e SUVs. Também foram considerados cenários de tráfego urbano e rodoviário. No caso dos híbridos plug-in, a frequência de uso da bateria em vez da gasolina também foi medida.

Dessa forma, o estudo garantiu uma avaliação justa entre tecnologias e perfis de uso muito diferentes.

Resultados gerais

A principal conclusão é clara: veículos elétricos a bateria emitem menos ao longo de toda a vida útil. Entre as picapes, por exemplo, modelos a combustão chegam a emitir 486 gramas de CO2 por quilômetro.

A troca para um híbrido reduz em 23%. Já a mudança para um elétrico reduz até 75% dessas emissões.

A análise do transporte de cargas reforçou essa diferença. Uma picape elétrica transportando 1.137 quilos libera 30% menos CO2 do que uma picape convencional sem carga alguma. Portanto, o benefício se mantém mesmo em cenários de uso intenso.

Desempenho dos sedãs

Como esperado, sedãs elétricos compactos apresentaram os melhores resultados. O estudo registrou 81 gramas de CO2 por milha, número 20% menor do que o de uma picape a gasolina.

O destaque foi para os carros elétricos de menor autonomia, com cerca de 322 quilômetros. Nesses casos, o tamanho reduzido da bateria também diminui as emissões ligadas à sua produção.

Além disso, o peso mais baixo e a aerodinâmica melhorada reforçam a vantagem dos modelos menores. Essa diferença mostra que a escolha do veículo influencia tanto quanto a tecnologia utilizada.

O impacto do tamanho

Um ponto importante destacado pela pesquisa é que não basta eletrificar. Quanto menor o veículo, menores as emissões. Keoleian resume a ideia de forma prática: quem trabalha na construção pode precisar de uma picape, mas pode optar por uma versão elétrica.

Já quem utiliza o carro apenas para deslocamentos diários deve preferir um sedã elétrico, porque ele atende às necessidades e ainda reduz significativamente a pegada ambiental.

Questões políticas

O pesquisador também aproveitou para comentar o cenário regulatório nos Estados Unidos. Ele criticou a decisão do governo Trump de reduzir incentivos, como créditos tributários para veículos elétricos.

Segundo ele, apesar das mudanças políticas, fabricantes de automóveis já investiram pesado na tecnologia e continuam apostando em sua expansão.

Keoleian lembrou que, em várias partes do mundo, os carros elétricos já caminham para se tornar o sistema dominante de propulsão. Por isso, os fabricantes americanos reconhecem que esse também será o futuro nos Estados Unidos, mesmo diante de obstáculos de curto prazo.

Conclusão do estudo

A pesquisa da Universidade de Michigan demonstra que, considerando todas as etapas do ciclo de vida, os carros elétricos emitem menos do que qualquer outro tipo de veículo.

Essa diferença é ainda maior quando se opta por modelos menores. Portanto, a eletrificação combinada à escolha do veículo adequado surge como um caminho direto para reduzir o impacto ambiental do transporte.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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