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Novo contrato de petróleo na área! Vai começar a construção das plataformas P-84 e P-85, através de novo contrato entre Petrobras e Seatrium

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 25/05/2024 às 12:31
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Foto: reprodução Petronoticias

As novas plataformas serão instaladas nos campos de Atapu e Sépia, no pré-sal da Bacia de Santos, com início de produção previsto para 2029 e 2030

Em um movimento estratégico para expandir suas operações no pré-sal, a Petrobras assinou contratos com a Seatrium para a aquisição de duas novas plataformas de petróleo FPSOs, a P-84 e a P-85. Esses contratos de petróleo marcam um passo importante para a exploração dos campos de Atapu e Sépia, em águas ultraprofundas da Bacia de Santos, de acordo com o site Petronotícias.

Participação da indústria naval brasileira

Apesar da importância do contrato de petróleo da Petrobras e Seatrium, a participação da indústria naval brasileira nas obras será limitada. As plataformas P-84 e P-85 terão um conteúdo local de apenas 20% e 25%, respectivamente. A maior parte da construção das plataformas de petróleo será realizada em Singapura, sede da Seatrium, e na China. Os estaleiros brasileiros, como o BrasFELS em Angra dos Reis (RJ) e o Jurong Aracruz em Aracruz (ES), deverão se concentrar na construção de módulos e no comissionamento.

Atualmente, o estaleiro BrasFELS está envolvido na construção e montagem de módulos para a plataforma P-78, destinada ao campo de Búzios. Já o estaleiro Jurong Aracruz finalizou recentemente o FPSO Anita Garibaldi, que entrou em operação em agosto de 2023.

Capacidade e eficiência das novas plataformas da Petrobras e Seatrium

Cada uma das novas plataformas terá uma capacidade de produção de petróleo diária de 225 mil barris de óleo e processamento de 10 milhões de metros cúbicos de gás. Nos campos de Atapu e Sépia, as plataformas se juntarão às já operacionais P-70 e FPSO Carioca, reforçando a produção nesses locais.

Os projetos das P-84 e P-85 destacam-se pela eficiência na redução de emissões. Estima-se que a intensidade de emissões de gases de efeito estufa por barril de óleo equivalente produzido será reduzida em 30%, posicionando essas unidades entre as mais eficientes a entrarem em operação no Brasil. Essa eficiência se deve à adoção de tecnologias avançadas como a configuração All Electric, otimizações na planta de processamento, recuperação de gases ventilados, captação profunda de água do mar, uso de variadores de velocidade, cogeração, recuperação de gases da tocha e captura, uso e armazenamento geológico do CO2.

Tecnologias sustentáveis incorporadas no contrato da Petrobras

As P-84 e P-85 serão equipadas com várias tecnologias sustentáveis, incluindo:

  • Zero ventilação de rotina: Recuperação de gases ventilados dos tanques de carga e da planta de processamento.
  • Captação profunda de água do mar: Utilização de água captada em profundidades maiores para operações de resfriamento e outros processos.
  • Variadores de velocidade em bombas e compressores: Melhoria na eficiência energética.
  • Cogeração (Waste Heat Recovery Unit): Aproveitamento do calor residual para geração de energia.
  • Zero queima de rotina: Recuperação de gases da tocha através de um sistema de flare fechado.
  • Válvulas com requisitos para baixas emissões fugitivas: Redução de emissões não intencionais.
  • Captura, uso e armazenamento geológico do CO2: Tratamento e armazenamento do CO2 produzido junto com o gás.

Com o início da produção previsto entre 2029 e 2030, as plataformas P-84 e P-85 representam um avanço significativo para a Petrobras na exploração do pré-sal, consolidando-se como projetos emblemáticos tanto pela capacidade de produção quanto pela sustentabilidade.

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Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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