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Novo cimento mantém prédios mais frios que o ar ambiente e ameaça indústria bilionária de ar-condicionado nas grandes cidades globais

Publicado em 24/08/2025 às 15:16
Novo cimento mantém prédios mais frios que o ar ambiente e escancara contradição: ciência avança enquanto cidades seguem presas ao ar-condicionado
Novo cimento mantém prédios mais frios que o ar ambiente e escancara contradição: ciência avança enquanto cidades seguem presas ao ar-condicionado
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Adeus, ar-condicionado? Novo cimento mantém prédios mais frios que o ar ambiente. Pesquisadores chineses criaram um material capaz de refletir o sol e reduzir o calor interno dos edifícios, oferecendo alternativa sustentável para o futuro das cidades.

Um avanço científico pode mudar a forma como enfrentamos o calor extremo nas próximas décadas. Estudos publicados na revista Science Advances mostram que um novo cimento mantém prédios mais frios que o ar ambiente, reduzindo a necessidade de ar-condicionado e oferecendo uma solução sustentável para enfrentar as mudanças climáticas.

Segundo o Olhar Digital, a inovação foi desenvolvida por cientistas da Universidade do Sudeste, na China, em parceria com a Universidade Purdue, nos Estados Unidos. Nos primeiros testes, os prédios construídos com o material chegaram a ficar 5,4 °C mais frios do que a temperatura do ar externo, mesmo sob sol intenso.

Como o novo cimento funciona?

O cimento tradicional absorve radiação solar e retém calor, contribuindo para o desconforto térmico em ambientes urbanos. Para resolver esse problema, os pesquisadores incorporaram ao novo material cristais de etringita, capazes de refletir a luz solar e emitir calor em vez de acumulá-lo.

Esse mecanismo cria um efeito de resfriamento natural, fazendo com que a superfície dos prédios não aqueça tanto. Na prática, o cimento transforma edifícios de “absorvedores de calor” em “refletores de calor”, reduzindo o efeito de “ilhas de calor” comuns em grandes cidades.

Resultados dos testes e durabilidade

Nos testes realizados no telhado da Universidade Purdue, o material se mostrou eficiente não apenas na redução de temperatura, mas também em termos de resistência e durabilidade. O novo cimento mantém prédios mais frios que o ar ambiente sem perder suas propriedades mecânicas essenciais, garantindo viabilidade para uso em larga escala.

Além disso, análises ambientais e ópticas mostraram que o material resiste a condições adversas, mantendo suas características mesmo após exposição prolongada ao sol e à chuva.

Potencial impacto ambiental e econômico

Um dos pontos mais importantes do estudo é que, com o apoio de algoritmos de inteligência artificial, os cientistas calcularam que o novo cimento pode alcançar uma pegada de carbono líquida negativa em até 70 anos. Isso significa que ele ajudaria a reduzir emissões de gases de efeito estufa em uma das indústrias mais poluentes do planeta: a da construção civil.

Hoje, edifícios consomem cerca de 40% de toda a energia mundial, grande parte usada em sistemas de refrigeração. Se o novo cimento for adotado em larga escala, o consumo de energia poderia cair drasticamente, diminuindo custos para famílias e empresas, além de reduzir a pressão sobre o sistema elétrico em períodos de calor extremo.

O futuro das cidades pode ser mais fresco

Especialistas afirmam que esse tipo de tecnologia pode marcar uma virada na forma como construímos cidades. O novo cimento mantém prédios mais frios que o ar ambiente e pode ser aplicado em telhados, fachadas e calçadas, transformando áreas urbanas em espaços mais habitáveis.

A inovação também reforça a importância de soluções sustentáveis para enfrentar o aumento das temperaturas globais. Em um cenário de aquecimento recorde, materiais inteligentes como esse podem ser aliados fundamentais para reduzir impactos climáticos e melhorar a qualidade de vida.

O desenvolvimento desse cimento inovador mostra que a ciência pode oferecer alternativas reais para diminuir a dependência de ar-condicionado e criar cidades mais sustentáveis.

E você, usaria um prédio construído com esse novo cimento? Acredita que ele pode substituir o ar-condicionado no futuro? Deixe sua opinião nos comentários queremos ouvir quem enfrenta de perto os desafios do calor nas grandes cidades.

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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