Picape será produzida na Argentina com investimento de US$ 580 milhões e terá como base um projeto da parceira chinesa Saic, sendo redesenhada pela equipe sul-americana.
A Volkswagen confirmou oficialmente a nova geração da Amarok. A picape média terá uma versão híbrida e seu lançamento está previsto para 2027. O anúncio foi feito nesta terça-feira (5) pelo Ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, ao lado de Marcellus Puig, presidente da fabricante no país. A produção ocorrerá na fábrica de General Pacheco, na Argentina.
Anúncio oficial e investimento milionário na Argentina
A confirmação da nova Amarok veio durante uma reunião na sede do Ministério da Economia argentino. Para viabilizar o projeto, será realizado um investimento de US$ 580 milhões, o equivalente a R$ 3,3 bilhões em conversão direta.
A notícia valida o que o sindicato dos metalúrgicos da região de Buenos Aires já havia indicado no início de 2025. Inclusive, protótipos da picape em testes já foram flagrados circulando na Argentina.
-
3 carros que não dão dor de cabeça: enquanto brasileiros sofrem com manutenção cara de populares nacionais, Nissan Versa, Honda Fit e Hyundai HB20 provam confiabilidade com revisões abaixo de R$ 600
-
O que era confiável virou risco: donos de 1,4 milhão de carros Honda com motor V6 podem enfrentar um reparo de US$ 10 mil ou um acidente
-
6 carros seminovos, com garantia e consumo eficiente, que valem até R$70 mil
-
4 carros usados da Hyundai que são fáceis de manter, confiáveis, oferecem conforto, bom desempenho e custam entre R$ 40 e R$ 80 mil
Futuro híbrido e a manutenção do potente V6
Ainda não há detalhes sobre qual será o conjunto eletrificado escolhido pela Volkswagen para a Amarok. A picape que servirá de base, a Maxus Terron 9, não é vendida com opção híbrida em outros mercados, possuindo apenas configurações a diesel ou totalmente elétricas.
O que se sabe, no entanto, é que o atual motor V6 turbodiesel de 258 cv de potência e 59,1 kgfm de torque deve ser mantido, assim como o câmbio automático de oito marchas da ZF. Existe também a possibilidade de versões mais baratas serem equipadas com motor 2.0 turbodiesel de quatro cilindros e câmbio manual de seis marchas.
Plataforma chinesa com engenharia e design sul-americano
Diferente do que ocorre em outros continentes, a nova Amarok não utilizará a base da Ford Ranger. A Volkswagen pegou emprestada a plataforma de sua parceira chinesa, a Saic, e irá compartilhar componentes com a picape Maxus Terron 9.
Toda a parte de engenharia e design está sendo reformulada pelo time sul-americano para que o projeto atenda aos padrões de exigência do nosso mercado. O visual será assinado pelo brasileiro José Carlos Pavone, chefe de design da marca nas Américas. As dimensões da nova Amarok devem ser tão grandes quanto as da Maxus, que mede 5,50 metros de comprimento. Além disso, a tração 4×4 pode passar a ser sob demanda, e a suspensão traseira manterá o eixo rígido com feixe de molas semielípticas.
A nova Amarok na mira das rivais eletrificadas
A decisão de criar uma versão híbrida para a Amarok surge em um momento estratégico, enquanto suas principais concorrentes seguem o mesmo caminho. A Ford, por exemplo, já apresentou uma versão híbrida plug-in (PHEV) da Ranger na Europa. Ao mesmo tempo, a Toyota também já trabalha no desenvolvimento de uma Hilux com opção eletrificada.