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Nova usina de Urânio é inaugurada na Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), em Resende (RJ) e promete dobrar produção de Angra 1

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 29/11/2021 às 10:21
usina de urânio - Angra 1 - FCN - fábrica -
A projeção é de que a fábrica em Resende (RJ) seja capaz de atender 70% da demanda de Angra 1 até 2023 – (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes)
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O país passa por uma das piores crises hídricas da história, pensando nisso, o governo está investindo em uma nova usina de Urânio na fábrica de Combustível Nuclear (FCN) no RJ. A promessa é que a produção de Angra 1 dobre e possa suprir a demanda de energia com êxito

A Indústrias Nucleares do Brasil (INB), órgão ligado ao Governo Federal, realizou a inauguração da nona cascata de ultracentrífugas da Usina de Enriquecimento Isotópico de Urânio, na Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), situada em Resende (RJ) na última sexta-feira (26). Com o começo da operação da cascata, será possível produzir 65% da demanda anual de Angra 1, o que equivale a um aumento de 5% em relação à atual capacidade.

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Usina de Urânio contribuirá para acabar com a crise hídrica

A solenidade de inauguração da nova usina de Urânio na fábrica de Combustível Nuclear (FCN) no RJ, contou com a presença de Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia, que deu destaque à evolução do Programa Nuclear Brasileiro para diversificar e expandir a matriz energética do país, sendo considerada uma das fontes mais sustentáveis do mundo.

De acordo com o ministro, a fonte foi um exemplo apresentado a vários países durante a Conferência sobre as Mudanças Climáticas que ocorreu na Escócia. O ministro ainda ressaltou a essencialidade dos investimentos para expandir a diversificação e enfrentar situações como a recente crise hídrica que assola o Brasil, por exemplo.

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Bento Albuquerque destacou que, a maior crise hídrica já vista pelo país foi superada e isso só foi possível porque há competência, foi estabelecido uma governança correta e pela continuidade de todos esses programas. Se o Brasil não contasse com a energia nuclear, como a Angra 1 e outras usinas, se a matriz não fosse diversificada, contando com basicamente 9 fontes, não teria superado tal desafio.

R$ 54 milhões investidos pelo Governo Federal no RJ

O Governo Federal investiu cerca de R$ 54 milhões na construção da nona cascata na usina de urânio na fábrica de Combustível Nuclear (FCN) no RJ e pretende entregar a décima até 2023. A inauguração faz parte da primeira fase de construção da Usina de Enriquecimento Isotópico de Urânio, um empreendimento realizado em parceria com a Marinha Brasileira.

De acordo com Carlos Freire Moreira, presidente das Indústrias Nucleares do Brasil, a expectativa é que a Fábrica de Combustível Nuclear (FCN) no RJ possa suprir futuramente toda a demanda por urânio das usinas de Angra 1, Angra 2 e, futuramente, de Angra 3, que ainda está em fase de desenvolvimento, fazendo do Brasil independente.

Logo após, a próxima etapa será a instalação da Usina Comercial de Enriquecimento de Urânio, que tem a previsão de instalação de 30 cascatas de ultracentrífugas. Quando tudo estiver em pleno funcionamento, a estimativa é que o Brasil atinja o patamar para suprir a demanda de Angra 1, 2 e 3. As usinas de Angra 1 e 2 são capazes de gerar energia suficiente para o abastecimento de uma cidade com 3 milhões de habitantes.

Fábrica de Combustível Nuclear

A FCN é uma fábrica que produz combustíveis nucleares no RJ composta por três unidades, tendo capacidade de produzir 280 toneladas de urânio por ano. A fábrica está atuando desde 1999 com uma capacidade de 160 toneladas de UO2 pastilhas por ano.

Além disso, a fábrica produz outros componentes de elementos de combustível como grelhas, bicos inferiores e superiores e tampões para as demandas de exportação. A unidade possui um programa de segurança nuclear tanto externo quanto interno, para que o ambiente seja monitorado.

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Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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