A nova geração da Toyota Hilux chega com motor 2.8 turbodiesel, sistema híbrido-leve de 48V e 16 versões registradas. O modelo estreia globalmente em novembro e promete mudanças no visual, interior e pacote de segurança.
A nova geração da Toyota Hilux avança para a estreia global com motor 2.8 turbodiesel como única opção de combustão, 16 versões registradas e opção de sistema híbrido-leve de 48V.
A confirmação dos principais pontos técnicos veio de documentos de homologação na Austrália, que também antecipam um airbag central para a fileira dianteira.
A apresentação mundial está prevista para o fim de novembro, na principal mostra automotiva da Tailândia.
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Segurança reforçada e alinhamento ao segmento
Pelo registro australiano, a Hilux 2026 passa a contar com airbag central entre motorista e passageiro, item já presente em concorrentes diretas.
Esse avanço tende a favorecer o desempenho da picape em avaliações independentes de colisão.
O recurso chega como parte do pacote de segurança de base do modelo, aproximando a Toyota do patamar de rivais em proteção a impactos laterais e choques entre ocupantes.
Linha de motores: foco no 2.8 e eletrificação leve
A estratégia de motorização foi simplificada.
De acordo com a documentação, todas as variantes utilizam o 1GD-FTV, o conhecido quatro-cilindros 2.8 turbodiesel.
Há duas calibrações descritas: uma de maior desempenho, associada às versões esportivas como a GR Sport, e outra com sistema híbrido-leve de 48V, voltada a eficiência e emissões.
Os mesmos papéis indicam a retirada dos motores 2.7 a gasolina e 2.4 turbodiesel usados nos modelos de entrada, em linha com o reposicionamento tecnológico da gama.
Além da simplificação, a Toyota já havia detalhado a solução de 48 volts na própria Hilux, combinando um motor-gerador por correia, bateria compacta de 48 V e conversor DC-DC.
Na prática, o conjunto suaviza partidas, auxilia em retomadas e pode reduzir consumo sem alterar o caráter do utilitário.
Gama ampliada e variantes registradas
Os arquivos de certificação listam 16 versões para a nova geração, todas atreladas ao 2.8.
Ainda que a marca não tenha divulgado a distribuição por cabine e acabamento, as informações sugerem que a oferta contemplará diferentes configurações de uso urbano e fora de estrada.
Há indícios de racionalização de carroceria, com possibilidade de descontinuação da cabine estendida em alguns mercados, tema que permanece sob confirmação.
Estreia global e cronograma inicial
O cronograma aponta a estreia em novembro no Thailand Motor Expo, tradicional vitrine da indústria local e polo de produção da picape.
Após a apresentação, a chegada às lojas australianas é aguardada para o início de 2026, segundo a imprensa especializada.
Para o Brasil, a fabricante ainda não divulgou data.
A atual geração segue entre as mais vendidas do país, o que indica prioridade comercial quando a nova linha for disponibilizada ao mercado sul-americano.
Design atualizado, base mantida
Imagens de patentes e flagras indicam mudanças visuais mais profundas nas extremidades: faróis mais delgados, grade redesenhada e lanternas revistas.
Estruturalmente, porém, a Hilux preserva a arquitetura de longarinas, com portas e teto herdados da base atual.
A decisão equilibra custos de desenvolvimento e continuidade industrial.
No interior, a tendência é de um ambiente mais moderno, com soluções de ergonomia e multimídia inspiradas em LandCruiser, Prado e Tundra.
Equipamentos e posicionamento
Enquanto a Toyota não divulga a lista final de itens, a adoção de airbag central e da eletrificação de 48 V sinaliza um pacote de segurança ativa e conforto mais robusto nas versões superiores.
O modelo mantém a vocação da picape para trabalho e lazer, equilibrando robustez e eficiência.
A consolidação mecânica em torno do 2.8 turbodiesel sugere calibrações específicas por versão para atender desde frotistas até entusiastas de trilha.
Caminho para desempenho: motor GR no horizonte
Há expectativa no setor de que a marca introduza, em um ciclo posterior, um 2.0 turbo a gasolina desenvolvido com a divisão Gazoo Racing.
A adoção desse motor em uma Hilux de alto desempenho colocaria a picape no encalço da Ford Ranger Raptor.
Relatos da mídia indicam que esse propulsor não deve aparecer antes da primeira atualização de meio de ciclo, estimada para após 2028.
Até o momento, não há confirmação oficial da Toyota sobre o projeto.
Contexto de mercado e rivais diretas
Com o avanço da Ford Ranger e as atualizações de Chevrolet S10 e Mitsubishi L200 Triton, a Toyota aposta em segurança, eficiência e renovação de cabine para manter competitividade.
A decisão de padronizar o 2.8, reforçada pelo híbrido-leve, tende a facilitar homologações sob regras de emissões mais restritivas e simplificar a logística de produção.
A resposta do segmento deve vir na comparação de equipamentos, custos de manutenção e capacidade de reboque, fatores decisivos para públicos de uso misto.
Ainda sem anúncio local, o que mais pesaria na sua escolha por uma nova Hilux: o sistema híbrido-leve de 48 V, o pacote de segurança com airbag central ou a promessa de uma versão mais potente no futuro?