Pressão funciona: Paes recua e motos não serão mais bloqueadas nas pistas centrais nem limitadas a 60 km/h
Em meio a um cenário alarmante de acidentes envolvendo motociclistas, a Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou e, posteriormente, recuou em medidas que visavam restringir a circulação de motos em pistas centrais da Av. Brasil, Presidente Vargas e das Américas. As propostas que incluíam também a limitação de velocidade a 60 km/h, geraram debates intensos entre autoridades e representantes dos motociclistas.
Acidentes com motos disparam 145% no RJ
Dados recentes revelam um aumento significativo nos acidentes envolvendo motocicletas no Rio de Janeiro. Em 2024, foram registrados mais de 49 mil acidentes, representando um crescimento de 145,7% em relação ao ano anterior . Além disso, 77% dos acidentes de trânsito atendidos pelo Corpo de Bombeiros envolveram motos .
Prefeitura propôs medidas para reduzir os acidentes:
- Limitação de velocidade: estabelecer um limite de 60 km/h para motocicletas em toda a cidade.
- Restrição de circulação: proibir motos de trafegar nas pistas centrais das avenidas Brasil, Presidente Vargas e das Américas, permitindo apenas o uso das faixas laterais .
Essas medidas faziam parte do Plano de Segurança Viária, lançado durante a campanha Maio Amarelo, que visa conscientizar sobre a segurança no trânsito.
-
SUV elétrico vietnamita desafia limites: Lạc Hồng 900 LX suporta 400 tiros a laser, fuzis com munição perfurante e explosão de 2 granadas
-
5 carros usados que mecânicos recomendam distância: Ford, Chevrolet, Peugeot e Fiat lideram a lista dos mais problemáticos
-
Os sintomas de vazamento no radiador que você pode corrigir antes de virar pane
-
Fiat Titano Ranch 2026, com preço de tabela de R$ 285.990, é vendida por R$ 234.510 com desconto de R$ 51.480
Recuo após diálogo com motociclistas
Após reuniões com representantes de motociclistas e mototaxistas, o prefeito Eduardo Paes decidiu adiar a implementação das medidas. A principal preocupação levantada foi a segurança nas faixas laterais, onde há maior risco de assaltos e acidentes devido à presença de ônibus e caminhões.
“Fui procurado por vários representantes de grupos de motociclistas. Principal questão é a das faixas laterais, há risco de assaltos. Coisas do Rio de Janeiro. Difícil”, afirmou o prefeito à CBN.
Além disso, a proposta de adquirir 150 radares exclusivos para fiscalizar motociclistas também foi descartada.
Prefeitura mantém outras ações para melhorar a segurança viária:
- Ampliação das motofaixas: a meta é expandir de 6 km para 200 km até 2028, com 55 km previstos até o final deste ano, incluindo a Avenida das Américas e outras vias importantes.
- Parcerias com aplicativos: acordos com plataformas como iFood e 99 visam compartilhar dados sobre o comportamento dos motociclistas e implementar medidas educativas e punitivas .
Impacto nos serviços de saúde
O aumento dos acidentes com motos tem sobrecarregado os serviços de saúde da cidade. Em 2024, os hospitais registraram mais de 19 mil atendimentos a vítimas de acidentes de moto, um aumento de 32% em relação ao ano anterior.
A situação destaca a necessidade de um diálogo contínuo entre autoridades e representantes dos motociclistas para desenvolver soluções que garantam a segurança no trânsito sem comprometer a mobilidade dos profissionais que dependem das motos para trabalhar.
E você, o que pensa sobre essas mudanças no trânsito do Rio de Janeiro? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe este artigo com seus amigos para ampliar a discussão sobre segurança viária na nossa cidade!