Toyota prepara uma nova picape híbrida intermediária, com previsão de estreia em 2027, posicionada abaixo da Hilux e mirando Ford Maverick e Fiat Toro. Produção brasileira é cogitada, reforçando a expansão da marca no segmento de utilitários.
A Toyota confirmou que trabalha em uma nova picape abaixo da Hilux, com estreia prevista para 2027 e foco em mercados como Brasil e Estados Unidos.
Em entrevista, Cooper Ericksen, chefe de planejamento da Toyota na América do Norte, afirmou que “as decisões já foram tomadas. A questão é quando poderemos lançá-la. Não é mais uma questão de ‘se’”.
A publicação especializada MotorTrend aponta ainda meta de vender de 100 mil a 150 mil unidades por ano apenas nos EUA.
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De acordo com o site Autoesporte, em matéria publicada nesta segunda-feira (25), a iniciativa faz parte da estratégia da marca de ocupar um espaço intermediário no segmento.
Calendário e posicionamento no mercado
A projeção atual indica lançamento no outono de 2027 no mercado norte-americano, posicionando o modelo diretamente contra Ford Maverick e Hyundai Santa Cruz, hoje referência no segmento de picapes monobloco.
A MotorTrend também trabalha com um preço estimado de US$ 30 mil, patamar que mira clientes que buscam utilitário de uso misto e menor custo de aquisição.
Projeto e plataforma
Segundo executivos e apuração técnica da imprensa automotiva, a picape será monobloco e utilizará uma variação da plataforma TNGA, a mesma base que sustenta linha Corolla e RAV4 em várias regiões.
A estratégia inclui powertrain híbrido, alinhado ao plano global da marca de ampliar a eletrificação em diferentes categorias.
A Toyota, porém, não divulgou dados de potência, torque, tração ou bateria do novo modelo até o momento.
Produção no Brasil: o que se sabe
No Brasil, a expectativa da imprensa especializada é que a picape seja produzida em Sorocaba (SP) a partir de 2027, compartilhando processos com produtos feitos sobre a arquitetura TNGA.
Segundo a revista Quatro Rodas, uma nova ala está sendo preparada na unidade paulista para viabilizar o utilitário.
Em paralelo, a Toyota anunciou investimentos bilionários para ampliar capacidade e fabricar novos híbridos no país ao longo desta década, movimento que dá lastro industrial à chegada do utilitário.
A montadora, contudo, não oficializou a produção da picape em comunicado próprio; trata-se, por ora, de plano reportado por veículos do setor.
Motorização e eletrificação
A nova caminhonete será híbrida, de acordo com as diretrizes divulgadas por executivos à MotorTrend.
Parte da cobertura da imprensa brasileira sugere que o conjunto terá parentesco com o usado por Corolla/Corolla Cross e que poderá oferecer tração integral eletrificada (e-AWD), algo comum em híbridos Toyota de última geração.
Há especulação sobre potência na casa de 220 cv, mas esse número não foi confirmado oficialmente.
Também não há confirmação de bateria de 18,1 kWh; essa capacidade é do RAV4 Plug-in (PHEV) e não deve ser tomada como dado da nova picape sem anúncio da montadora.
Nome e registros
O nome comercial não foi definido publicamente.
No Brasil, houve registro do nome “Hilux Stout” no INPI, o que alimentou hipóteses sobre a identidade do produto.
Como informou a Quatro Rodas, a proteção da marca pode estar ligada justamente ao projeto da nova picape intermediária.
No entanto, o simples depósito de nomenclatura não garante uso efetivo em um veículo específico, mas indica movimentação estratégica da empresa.
Concorrência direta e números de referência
Enquanto a Toyota prepara o lançamento, os números dos rivais ajudam a dimensionar o segmento.
A Ford Maverick 2025 parte de US$ 28.145 nos EUA, tem carga útil de até 1.500 lb (cerca de 680 kg) e pode rebocar até 4.000 lb (1.814 kg) quando equipada com o pacote adequado.
Essas cifras explicam a popularidade do modelo e servem de baliza para o posicionamento da futura picape da Toyota.
Brasil no mapa da expansão
A ampliação do complexo de Sorocaba (SP) e os investimentos confirmados pela Toyota no país indicam uma prioridade para híbridos e a preparação do parque para novos produtos.
O movimento acompanha a estratégia global da empresa de ofertar múltiplas soluções de eletrificação, reforçando a possibilidade de a nova picape integrar a linha local no médio prazo, ainda que sem confirmação formal de cronograma por parte da marca.
O que permanece em aberto
Pontos técnicos essenciais seguem sem detalhamento oficial: potência final, tipologia do sistema híbrido (HEV, PHEV ou variações por mercado), tração 4×4 específica do projeto e capacidades de carga e reboque.
Assim que a Toyota divulgar ficha técnica e versões, será possível comparar de forma direta com Maverick e Toro em requisitos como desempenho, eficiência, dimensões e preços praticados no Brasil.
Até lá, as informações disponíveis são de planejamento e posicionamento, com dados consolidados sobre plataforma, eletrificação e janela de lançamento.
Por fim, considerando o avanço do segmento e os investimentos na fábrica paulista, a chegada de uma picape monobloco híbrida da Toyota fabricada no Brasil pode redesenhar a disputa com Maverick e Toro; o que você espera como diferencial real desse modelo para ele conquistar o consumidor brasileiro?