Estudo publicado na Scientific Reports analisou 2.718 dias de registros do Observatório Palomar e revelou um aumento expressivo de objetos luminosos no céu, coincidentes com testes nucleares realizados entre 1949 e 1957.
Pela primeira vez, uma equipe de cientistas encontrou uma correlação considerada “estatisticamente significativa” entre relatos históricos de fenômenos aéreos não identificados (UAPs, na sigla em inglês) e testes de armas nucleares. A descoberta surgiu após uma análise minuciosa de registros fotográficos do Observatório Palomar, na Califórnia, que revelou uma série de pontos luminosos misteriosos no céu noturno.
As imagens, capturadas entre 1949 e 1957 — antes do lançamento de qualquer satélite em órbita terrestre —, mostraram objetos transitórios que desapareceram de forma súbita.
Essa coincidência temporal reforçou antigas associações populares entre avistamentos de OVNIs e atividades nucleares, até então vistas apenas como especulação ou coincidência histórica.
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Relatos e novas evidências científicas
Por décadas, teorias e relatos anedóticos conectaram avistamentos de OVNIs aos testes de armas nucleares. Alguns acreditavam que seres extraterrestres poderiam estar observando as capacidades bélicas humanas. Agora, o estudo revisado por pares, publicado na revista Scientific Reports, traz evidências estatísticas que sustentam essa ligação.
A pesquisa faz parte do projeto VASCO (Vanishing and Appearing Sources during a Century of Observations), que analisa arquivos astronômicos históricos em busca de objetos que surgem e desaparecem brevemente no céu — os chamados transientes. Esses transientes são corpos luminosos semelhantes a estrelas que aparecem em uma imagem, mas não em outra feita do mesmo ponto do firmamento.
Embora suas origens permaneçam desconhecidas, os cientistas consideram hipóteses que vão desde fragmentos de asteroides e falhas nas placas fotográficas até fenômenos aéreos não identificados.
Suporte empírico ao fenômeno UAP
Os pesquisadores reuniram dados de observações que cobrem 2.718 dias e compararam as datas de testes nucleares, relatos de UAPs e registros de transientes. A análise revelou que a probabilidade de ocorrerem objetos transitórios no mesmo dia de um teste nuclear é 45% maior do que em dias comuns.
Além disso, o número de transientes aumentou 8,5% a cada novo relato de UAP registrado. Esses resultados, segundo os autores, fornecem suporte empírico adicional à validade do fenômeno UAP e sugerem uma relação potencial com atividades nucleares.
Os cientistas também descartaram a possibilidade de que os transientes fossem causados por defeitos nas câmeras. A coincidência entre as datas dos fenômenos e os testes nucleares torna improvável que erros técnicos produzam um padrão tão consistente. Da mesma forma, a hipótese de destroços de bombas nucleares foi rejeitada, já que os transientes costumam ser observados até um dia após as detonações, período em que tais partículas já teriam caído.
Uma conexão inédita e intrigante
O estudo marca a primeira vez que uma relação estatística documentada é estabelecida entre avistamentos de UAPs e testes de armas nucleares. A correlação entre os fenômenos, sustentada por dados revisados cientificamente, reabre o debate sobre a natureza desses objetos misteriosos e suas possíveis implicações.
Para os autores, o conjunto de evidências aponta para algo que vai além de simples coincidências ou relatos de testemunhas oculares. As descobertas sugerem que, talvez, o interesse pelo poder nuclear da humanidade não seja apenas terrestre.



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