Lula defende debate sobre nova moeda do BRICS para comércio internacional. Presidente brasileiro afirma que grupo pode discutir alternativa ao dólar nas transações entre países-membros
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta terça-feira (12) que o Brasil pode propor, no âmbito do BRICS, a criação de uma nova moeda do BRICS para facilitar o comércio entre os países do bloco. Segundo ele, a iniciativa reduziria a dependência do dólar e abriria espaço para novas formas de integração econômica.
A afirmação foi feita durante entrevista em São Paulo, após Lula relembrar que, em 2004, firmou acordo com a Argentina para transações em reais e pesos. Para o presidente, mudanças desse tipo enfrentam resistência inicial, mas podem transformar a dinâmica do comércio internacional.
Contexto da proposta
Na cúpula do BRICS realizada no Rio de Janeiro, em julho, Lula já havia defendido operações comerciais entre os membros do bloco que não passassem pelo dólar. A discussão ganhou força após declarações do ex-presidente americano Donald Trump, que acusou o BRICS de tentar “destruir” a moeda norte-americana.
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Segundo Lula, a nova moeda do BRICS não teria o objetivo de substituir o dólar globalmente, mas de criar uma alternativa nas transações internas do bloco. Ele também afirmou que a ideia “ainda não foi testada” e que os Estados Unidos estariam com “ciúmes” da relação próxima entre Brasil e outros países-membros.
Repercussão internacional e críticas
O comentário de Trump veio em meio a um cenário de queda no valor do dólar, que fechou o dia cotado a R$ 5,3870 — o menor nível desde junho de 2024. O republicano ameaçou aplicar tarifa de 10% sobre produtos vindos de países do BRICS, o que, segundo analistas, pode incentivar ainda mais a busca por alternativas de liquidação cambial.
Economistas, no entanto, alertam que a criação de uma nova moeda do BRICS enfrenta desafios significativos, como a necessidade de integração financeira, estabilidade macroeconômica e confiança mútua entre os países-membros.
Viabilidade e próximos passos
Especialistas ouvidos pelo Estadão destacam que, embora politicamente atraente, a proposta exigiria acordos multilaterais robustos e definição de parâmetros claros de emissão, lastro e governança. Experiências anteriores, como o euro, mostram que o processo pode levar anos e exigir concessões profundas de soberania monetária.
Lula afirma que está aberto ao diálogo e que pretende ouvir propostas concretas dos demais líderes na próxima reunião do bloco. A expectativa é de que o tema entre formalmente na pauta das negociações futuras.
Você acredita que a criação de uma nova moeda do BRICS pode realmente reduzir a dependência do dólar ou os desafios são grandes demais para viabilizar o projeto? Deixe sua opinião nos comentários.
Lula tá perturbado mente muito
Não
LULA NÃO QUER DESENVOLVIMENTO, APENAS TORCE PELA MISÉRIA DO BRASIL E QUER O CONTROLE DAS REDES SOCIAIS E MANIPULAR DAS PESSOAS, COM MENTIRAS, COISAS QUE ELE SABE FAZER DE MELHOR: ENGANAR E OCULTAR A VERDADE.