Nova teoria sugere que a expansão do universo pode não ser real, questionando conceitos fundamentais da cosmologia e levantando debates entre cientistas
Um estudo recente desafia a ideia de que o universo está se expandindo. Segundo Lucas Lombriser, professor da Universidade de Genebra, a expansão aparente pode ser uma ilusão causada pela variação das massas das partículas ao longo do tempo.
A ideia foi publicada na revista Classical and Quantum Gravity e propõe uma nova explicação para a matéria escura e a energia escura.
Questionando a expansão do universo
A ideia de que o universo está se expandindo vem do desvio para o vermelho. Quando os astrônomos observam galáxias distantes, a luz emitida por eles parece se alongar para o lado vermelho do espectro.
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Esse efeito é interpretado como um sinal de que as galáxias estão se afastando. Além disso, há evidências de que essa expansão está se acelerando, algo descrito pela constante cosmológica, conhecida como lambda.
No entanto, lambda representa um grande mistério para os físicos. O valor previsto pela física de partículas não bate com as observações, diferenciando-se em 120 ordens de magnitude. Esse problema levou a comunidade científica a buscar respostas para a melhora cósmica.
Lombriser propõe um caminho diferente. Em vez de sugerir novas partículas ou forças, ele revisita o que já se conhece. Ele argumenta que o universo pode ser plano e estático, conforme acreditava Albert Einstein.
Nesse modelo, a impressão de expansão cósmica seria somente um efeito das massas das partículas variando ao longo do tempo.
Um novo olhar sobre matéria escura e energia escura
A teoria de Lombriser sugere que massas de partículas, como elétrons e prótons, não são fixas. Elas mudam ao longo do tempo, influenciadas por um campo que permeia o espaço-tempo.
Se isso for verdade, a constante cosmológica também variaria, mas devido a esse fenômeno, e não à expansão do universo.
Essa abordagem pode resolver dois dos maiores mistérios da física moderna: matéria escura e energia escura. A matéria escura representa 85% da matéria do universo, mas não emite luz, tornando sua detecção extremamente difícil.
Lombriser sugere que as flutuações do campo que afetam as massas das partículas poderiam se comportar como áxions, uma das partículas candidatas para compor a matéria escura.
Além disso, sua teoria elimina a necessidade de uma força misteriosa chamada energia escura, que seria responsável pela aceleração da expansão do universo. No modelo de Lombriser, essa prosperidade é explicada pela mudança de massa das partículas ao longo do tempo.
Apesar do potencial da teoria, a comunidade científica vê a ideia com cautela. Testar essa hipótese é um desafio, já que as mudanças na massa das partículas seriam sutis e difíceis de medir com as tecnologias atuais.
Luz Ángela García, pesquisadora da Universidade ECCI, considera a proposta intrigante, mas ressalta que comprovar essa teoria pode levar tempo. Ainda assim, as hipóteses de Lombriser abrem novas possibilidades para a cosmologia.
Mesmo que sua ideia não esteja confirmada, ela pode inspirar novas abordagens para resolver os enigmas do universo.
Com informações de Digitimed.