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Hatchback elétrico chinês recebe segunda geração com design mais arrojado e chegará ao mercado brasileiro em 2026 com opção híbrida plug-in flex desenvolvida especialmente para o país
Protótipos da segunda geração do BYD Dolphin já circulam pelas ruas da China em fase final de testes, revelando mudanças importantes que prometem revolucionar o hatchback compacto.
O modelo, que lidera as vendas de elétricos no Brasil, ganhará uma versão com dois motores, um flex e outro elétrico, exclusiva para o mercado nacional, representando uma estratégia inédita da montadora chinesa para conquistar consumidores ainda receosos com veículos 100% elétricos.
De acordo com imagens divulgadas por sites especializados como CarNewsChina e BYD-Fans, o novo Dolphin apresenta carroceria definitiva com linhas mais modernas.
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O visual abandona a pegada monovolume atual para adotar características mais tradicionais de hatchback médio, com design inspirado na linguagem “Ocean Aesthetics” da BYD.
A grande novidade para o Brasil será a oferta de um conjunto híbrido plug-in flex (PHEV), confirmado desde o final de 2024. Essa tecnologia combinará motor a combustão com propulsão elétrica, adaptada para funcionar com etanol ou gasolina, atendendo às particularidades do mercado brasileiro.
Design renovado e mais espaço frontal
As imagens dos protótipos mostram uma evolução visual significativa, com capô alongado que cria espaço para um possível porta-malas frontal, comum em modelos elétricos.
Essa alteração não é apenas estética: o espaço adicional na dianteira será fundamental para acomodar o motor a combustão da versão híbrida.
Entre os destaques visuais estão faróis mais finos e alongados, entradas de ar compactas e lanternas traseiras que ocupam toda a largura do veículo. O para-choque ganhou design mais robusto e moderno, completando a renovação estética do modelo.
As dimensões devem permanecer similares à geração atual, mantendo aproximadamente 4,29 metros de comprimento, 1,77 metro de largura e 1,57 metro de altura, com entre-eixos de 2,70 metros. Essa configuração garante agilidade urbana sem comprometer o espaço interno para passageiros e bagagem.
Plataforma e-Platform 4.0 traz avanços tecnológicos
A segunda geração marca a transição do Dolphin para a arquitetura e-Platform 4.0, substituindo a atual e-Platform 3.0. A nova plataforma introduz a tecnologia CTB (cell-to-body), que integra as células de bateria diretamente à carroceria, aumentando a rigidez estrutural e reduzindo o peso através da eliminação de cabos e chicotes desnecessários.
A versão 100% elétrica receberá suspensão traseira multilink, tração traseira e a nova geração da bateria Blade Battery 2.0, que oferece maior resistência a climas frios e autonomia de até 520 quilômetros no ciclo chinês CLTP.
Para o Brasil, onde o ciclo do Inmetro é diferente, a autonomia real deverá ser ajustada conforme os padrões nacionais.
O interior promete seguir a tendência minimalista com painel digital totalmente renovado, incluindo tela central sensível ao toque e o sistema DiLink 5.0. Equipado com o chip Qualcomm 8295, o sistema será capaz de responder a comandos de voz em apenas 0,8 segundo e oferecer diversas assistências ao motorista.
Versão híbrida flex exclusiva para o mercado brasileiro
A grande aposta para o Brasil será a configuração híbrida plug-in flex, desenvolvida em parceria entre engenheiros brasileiros e chineses. O conjunto deverá utilizar o motor 1.5 DM-i aspirado flex, com 98 cv de potência e 12,4 kgfm de torque, auxiliado por um propulsor elétrico de tração.
As baterias Blade (LFP) terão capacidade de 8,3 kWh, proporcionando autonomia de aproximadamente 50 quilômetros em modo totalmente elétrico segundo os padrões do Inmetro.
Essa configuração permitirá que o motorista rode no dia a dia apenas com energia elétrica, recorrendo ao motor a combustão para viagens mais longas ou quando a bateria descarregar.
A versão híbrida representa uma estratégia crucial da BYD para ampliar o alcance comercial do Dolphin. O modelo poderá ser mais acessível que a versão 100% elétrica e atender consumidores preocupados com infraestrutura de recarga ou que ainda não confiam totalmente na tecnologia elétrica pura.
Produção nacional na fábrica de Camaçari
A BYD inaugurou oficialmente sua fábrica em Camaçari, na Bahia, em outubro de 2025, com investimento de R$ 5,5 bilhões e capacidade inicial de produção de 150 mil veículos por ano. A montadora anunciou planos ambiciosos de expandir a capacidade para 600 mil unidades anuais, consolidando o Brasil como hub regional para a empresa.
A operação começou com o hatchback elétrico Dolphin Mini, o SUV híbrido Song Pro e o sedã médio King, todos em regime SKD (kits semi-desmontados importados da China). A expectativa é que o novo Dolphin híbrido flex seja produzido localmente quando a fábrica atingir plena capacidade de produção nacional.
O complexo industrial deve gerar até 20 mil empregos diretos e indiretos, revitalizando a economia da região que sofreu com o fechamento da Ford em 2021. A BYD também estabeleceu parcerias com fornecedores locais, fortalecendo a cadeia automotiva brasileira.
Lançamento previsto para 2026
Fontes da imprensa chinesa indicam que o lançamento da nova geração do BYD Dolphin ocorrerá entre junho e agosto de 2026 no mercado asiático. Para o Brasil, a chegada está prevista logo em seguida, possivelmente ainda no segundo semestre de 2026 ou início de 2027.
O Dolphin atual se consolidou como líder absoluto entre os elétricos no Brasil, superando a marca de 100 mil unidades vendidas ao longo de 2025. Com preços a partir de R$ 159.800, o modelo conseguiu democratizar o acesso aos carros elétricos no país, competindo diretamente com hatchbacks médios a combustão.
A versão híbrida flex pode representar um novo capítulo nessa trajetória de sucesso, especialmente se conseguir manter preços competitivos e oferecer a versatilidade de rodar com eletricidade ou combustíveis tradicionais.
A BYD aposta que essa flexibilidade será decisiva para conquistar uma fatia ainda maior do mercado brasileiro.
Você acredita que a versão híbrida flex do BYD Dolphin será mais atrativa que o modelo 100% elétrico para o consumidor brasileiro? Ou a infraestrutura de recarga já está suficientemente desenvolvida para tornar os elétricos puros a melhor opção? Compartilhe sua opinião nos comentários.
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