Com o aumento do teor de etanol na gasolina para 30%, donos de carros importados, especialmente os mais antigos com injeção direta, precisam ficar atentos; veja a lista dos modelos que mais correm risco.
A recente aprovação do aumento do teor de etanol na gasolina para 30% acendeu um alerta para donos de diversos carros no Brasil. A nova gasolina, embora possa ter benefícios ambientais, representa um risco para o motor de veículos que não foram projetados para rodar com uma mistura tão rica em álcool, especialmente modelos importados mais antigos, equipados com sistemas de injeção direta.
Essa mudança pode acelerar o desgaste de componentes cruciais como bicos injetores e bombas de combustível. A seguir, listamos 10 carros que, segundo especialistas, vão sofrer mais com a nova gasolina e exigirão atenção redobrada de seus proprietários.
Por que a nova gasolina é um problema para alguns carros?
O etanol é um combustível mais “seco” e corrosivo que a gasolina. Motores projetados exclusivamente para gasolina, especialmente os de injeção direta, possuem componentes (bicos, bombas, mangueiras) que não estão preparados para a menor lubricidade e o maior poder de corrosão do álcool em alta concentração.
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Além disso, a injeção eletrônica desses carros tem um limite de correção. Com mais etanol na mistura, o sistema pode não conseguir ajustar a quantidade de combustível injetado de forma ideal, o que pode levar a falhas, perda de desempenho e, a longo prazo, danos mecânicos.
1. Audi S3 Sportback (2011)
O hatch esportivo da Audi, em sua geração 8P, utiliza o motor 2.0 TFSI (EA113) com injeção direta. Por ser um projeto que não previa o uso de etanol, toda a sua linha de combustível é vulnerável à nova gasolina.
2. BMW 320i (até 2015)
As BMW 320i da geração F30, fabricadas até 2015, são equipadas com o motor N20 2.0 turbo de injeção direta, que não é flex. A sensibilidade de seus componentes, como a bomba de alta pressão, exige atenção.
3. Mercedes-Benz C200 (2013)
Assim como sua rival da BMW, a Mercedes C200 da geração W204, com seu motor 1.8 turbo, também é um modelo exclusivamente a gasolina e com injeção direta, o que a coloca no grupo de risco.
4. Honda Civic Si (2018)
O esportivo da Honda, em sua décima geração, foi um dos primeiros carros da marca com motor turbo (1.5) e injeção direta no Brasil. Por ser um projeto importado e não flex, ele também pode sofrer com a nova gasolina.
5. Ford Fusion Titanium (2015)
O sedã grande da Ford, equipado com o motor 2.0 EcoBoost, é outro exemplo de carro com injeção direta que não foi projetado para a nossa realidade de combustíveis. A atenção com a manutenção da linha de combustível é fundamental.
6. Volkswagen Touareg V6
O luxuoso SUV da Volkswagen, em suas versões com motor V6 FSI (injeção direta de combustível), também entra na lista. Seus seis bicos injetores e a bomba de alta pressão podem ter a vida útil reduzida.
7. Porsche Cayman (718)
Os esportivos da Porsche, como o Cayman com motor 2.0 turbo, são máquinas de alta performance com sistemas de injeção direta extremamente precisos e sensíveis. A qualidade e a composição do combustível são cruciais para o seu bom funcionamento.
8. Land Rover Evoque (até 2019)
As primeiras gerações do Evoque, equipadas com o motor 2.0 EcoBoost de origem Ford, seguem a mesma lógica do Fusion. O sistema de injeção direta não foi pensado para a alta concentração de etanol da nova gasolina.
9. Volvo V40 T5
O hatch sueco, em sua versão T5, é equipado com um motor 2.0 de cinco cilindros, turbo e com injeção direta. É mais um caso de projeto europeu que pode sofrer com a adaptação ao combustível brasileiro.
10. Lamborghini Gallardo LP 550-2
Até mesmo os supercarros entram na lista. A Lamborghini Gallardo, com seu motor V10 aspirado, possui um sistema de injeção direta sofisticado. A nova gasolina pode acelerar o desgaste de seus componentes, cuja substituição tem um custo astronômico.
O que fazer para proteger o motor?
Para os proprietários desses e de outros carros importados a gasolina, a principal recomendação de especialistas é buscar uma oficina especializada para fazer um remapeamento da injeção eletrônica. Esse ajuste no software do motor permite que o carro se adapte aos novos parâmetros da gasolina, garantindo um funcionamento correto e evitando danos a longo prazo.
E você, tem algum desses carros na garagem? Está preocupado com a nova gasolina? Deixe sua opinião nos comentários.