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Nova febre brasileira: Cerveja zero álcool dispara no Brasil com alta de 536%, revela anuário do setor

Publicado em 14/08/2025 às 20:09
Cerveja, Zero álcool, Cervejarias
Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Produção nacional atinge 15,3 bilhões de litros, com avanço histórico da cerveja 0,0% e liderança mantida por São Paulo e Rio Grande do Sul

O Brasil encerrou 2024 com 1.949 cervejarias registradas, segundo o Anuário da Cerveja 2025, divulgado recentemente. O número deixa o país próximo da marca simbólica de 2.000 estabelecimentos. No entanto, o crescimento foi modesto: 102 novas cervejarias em relação às 1.847 registradas no relatório anterior, alta de apenas 5,5%.

O volume total produzido no período chegou a 15,3 bilhões de litros. A região Sudeste lidera, respondendo por 55% dessa produção, o equivalente a 8,4 bilhões de litros. Dentro desse total, 3,8 bilhões, ou 24,7%, são classificados como cerveja puro malte.

Zero álcool ganha força

O destaque de 2024 foi o avanço das cervejas sem álcool. O país produziu 757 milhões de litros nessa categoria, que por lei inclui bebidas com até 0,5% de teor alcoólico.

A marca representa 4,9% da produção nacional e um salto de 536,9% em relação a 2023, quando foram registrados 118,9 milhões de litros.

A evolução da cerveja 0,0% reforça nosso compromisso com a diversidade de escolhas e com um consumo cada vez mais equilibrado e consciente”, afirmou Márcio Maciel, presidente do Sindicerv (Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja).

Crescimento mais lento

Desde 2016, quando o Brasil iniciou uma sequência de mais de cem novas cervejarias por ano, o avanço nunca foi tão baixo.

Mesmo durante os anos de retração econômica pela pandemia, o ritmo foi superior. Em 2020, surgiram 174 cervejarias; em 2021, 166; e em 2023, 118, com alta de 6,8%.

Apesar disso, o Sindicerv adotou um tom otimista. “O setor cervejeiro brasileiro seguiu mostrando sua força em 2024. São 1.949 cervejarias em 790 municípios”, publicou no Instagram.

A entidade também destacou a superação de obstáculos como as enchentes no Rio Grande do Sul e as dificuldades da economia global.

Estados em destaque

São Paulo mantém a liderança nacional, com 427 cervejarias. O Rio Grande do Sul aparece em segundo, com 349.

Santa Catarina recuperou a terceira posição, perdida há dois anos para Minas Gerais, e soma agora 260 estabelecimentos contra 248 dos mineiros.

Por outro lado, o anuário, elaborado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), mostra que 111 registros foram cancelados em 2024.

O Rio Grande do Sul liderou os encerramentos, com 32, seguido por São Paulo (19) e Santa Catarina (11).

Produção diferenciada

O relatório também revelou dados curiosos sobre estilos e ingredientes usados. Foram declarados 8,5 milhões de litros com ervas ou especiarias, 5,8 milhões com frutas e 3,3 milhões com mel.

Houve ainda 306,1 mil litros com café, 114,2 mil com pimenta, 109,4 mil com chocolate e 22,3 mil com abóbora.

Outro dado relevante é a produção de cervejas sem glúten, que atingiu 71 milhões de litros.

Com esses números, o setor mantém sua relevância econômica e cultural no país, mesmo diante do crescimento mais lento e dos desafios enfrentados em 2024.

Com informações de Folha de São Paulo.

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Romário Pereira de Carvalho

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