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Nova descoberta de “cérebro humano artificial”, criado em laboratório, faz com seja capaz de jogar vídeo-game sozinho e até mesmo sentir o ambiente em que está!

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 14/10/2022 às 18:40
Cérebro humano, tecnologia, cérebro
Foto: reprodução pixabay.com

A tecnologia usada para criar o “cérebro humano artificial” que foi criada em 2013  para estudar melhor a microcefalia e outros distúrbios do cérebro

Os “cérebros humanos artificiais”, produzidos pela primeira vez em 2013, vem sendo empregados em pesquisas sobre desenvolvimento cerebral. A expectativa é que essa nova tecnologia possa ser usada para testar tratamentos para doenças neurodegenerativas.

De acordo com os cientistas desenvolvedores da tecnologia, o “minicérebro” é capaz de sentir seu ambiente e reagir a ele. Brett Kagan, o cientista idealizador da tecnologia declara ter criado o primeiro cérebro artificial “sensível” em laboratório. Já na opinião de outros especialistas, o trabalho é visto como “empolgante”, mas dizem que chamar as células cerebrais de sencientes é ir longe demais.

A “Senciência”, palavra utilizada por Kagan para descrever a tecnologia, quer dizer a capacidade de vivenciar algo e desenvolver sentimentos específicos a partir de uma experiência. Mesmo assim, Kagan diz que este termo é o melhor para descrever a descoberta.

COMO FUNCIONA UM MINI-CÉREBRO?

O Propósito dos mini-cérebros

A tecnologia desenvolvida para a criação de cérebros artificiais foi produzida pela primeira vez em 2013, com o intuito de estudar a microcefalia, um distúrbio genético em que o cérebro humano nasce muito pequeno.

Com isso desde o ano de sua criação, em 2013, os mini cérebros vem sendo usados grandemente pela ciência  em pesquisas sobre o desenvolvimento do cérebro, sendo essa a primeira vez que eles são conectados a um ambiente externo e reagem a ele, neste caso um videogame: o Pong, cujo objetivo é mover uma barra na tela para evitar que a bola passe.

Os cientistas cultivaram as células do cérebro humano a partir de células-tronco e de embriões de camundongos para formar uma coleção de 800 mil! O resultado disso, o mini cérebro, foi conectado ao videogame através de eletrodos que indicavam de que lado a bola estava e a que distância da barra era usada para rebater.

Para que servem os cérebros artificiais?

De acordo com Kagan, é esperado que a tecnologia possa vir a ser usada para testar tratamentos para doenças neurodegenerativas, como Alzheimer.

“Quando as pessoas olham para tecidos [humanos] em um laboratório, estão vendo se há atividade ou não. Mas o objetivo das células cerebrais é processar informações em tempo real”, diz ele. “Avaliar sua verdadeira função pode ser útil para muitas outras áreas de pesquisa.”

Além desse objetivo, Kagan pretende testar ainda o impacto que o álcool tem na capacidade do mini cérebro de jogar Pong. Se reagir de maneira semelhante a um cérebro humano, isso demonstraria o quão eficaz pode vir a ser como um substituto.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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