Inpasa anuncia nova biorrefinaria, com investimento de R$ 1,2 bilhão. A planta promete gerar milhares de empregos e revolucionar a produção de etanol no estado.
Uma cidade brasileira está prestes a ser palco de uma revolução econômica, com a chegada de um projeto gigantesco que promete criar quase 3 mil empregos e movimentar a economia local.
Mas esse é apenas o começo de uma história que envolve alta tecnologia, inovação no agronegócio e uma empresa que se consolida como líder na produção de etanol de milho na América Latina.
A Inpasa, maior produtora de etanol de milho do continente, anunciou recentemente a instalação de sua oitava biorrefinaria, marcando um novo capítulo para a cidade de Luís Eduardo Magalhães, na Bahia.
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Segundo a empresa, o projeto será essencial não apenas para impulsionar a produção agrícola na região, mas também para consolidar a cidade como uma referência em tecnologia e sustentabilidade.
Impacto econômico de grande escala
De acordo com a Inpasa, a nova biorrefinaria terá investimento estimado em R$ 1,2 bilhão, com uma previsão de processar 1 milhão de toneladas de grãos anualmente.
Isso vai resultar na produção de 460 milhões de litros de etanol por ano, além de 230 mil toneladas de farelos de alto valor proteico (DDGS), 23 mil toneladas de óleo vegetal e uma impressionante geração de 200 GWh ao ano de energia elétrica.
Esses números são expressivos, mas o impacto econômico vai muito além. A construção da unidade vai gerar 2,5 mil empregos diretos durante a obra, além de mais 450 empregos permanentes assim que a biorrefinaria entrar em operação.
A cidade de Luís Eduardo Magalhães, que já é um polo agrícola importante, verá uma mudança substancial em sua economia, que se tornará ainda mais robusta com a movimentação de mais de 10 mil cargas e 200 fornecedores diretos envolvidos no projeto.
Expansão da Inpasa no Brasil e América Latina
Fundada no Paraguai, em 2008, a Inpasa se destacou rapidamente no mercado de energias renováveis, tornando-se a maior produtora de etanol de milho da América Latina.
Com duas unidades no Paraguai e cinco em funcionamento no Brasil, a empresa já tem capacidade para processar 12 milhões de toneladas de grãos, produzindo 5 bilhões de litros de etanol por ano, além de outros subprodutos.
Essa expansão reflete a confiança no mercado de biocombustíveis, que tem ganhado cada vez mais espaço, especialmente em tempos de busca por fontes de energia mais limpas.
As três plantas em operação no Brasil estão localizadas em Mato Grosso (Sinop e Nova Mutum) e em Mato Grosso do Sul (Dourados).
Além disso, a Inpasa está construindo mais duas unidades, uma em Sidrolândia, no Mato Grosso do Sul, e outra em Balsas, no Maranhão, que, juntas, devem aumentar ainda mais sua capacidade de produção.
Desafios e metas da nova unidade na Bahia
Apesar dos números grandiosos, a empresa destaca alguns desafios para a implementação da nova unidade em Luís Eduardo Magalhães.
Segundo comunicado oficial, entre os principais pontos estão o desenvolvimento da cultura de segunda safra de milho e sorgo, o estímulo ao uso de proteínas vegetais e o fortalecimento da cadeia de fornecimento de biomassa.
Outro ponto fundamental é o incentivo ao consumo de etanol no estado da Bahia, o que será essencial para que o projeto atinja seu potencial completo.
A Inpasa também pretende fomentar o desenvolvimento da cadeia de suprimentos local, garantindo que a biorrefinaria traga benefícios não apenas para a cidade, mas para toda a região circundante.
Tecnologia e sustentabilidade
A nova planta da Inpasa na Bahia não será apenas um marco econômico, mas também um exemplo de como a tecnologia e a sustentabilidade podem caminhar juntas.
Conforme explicou o vice-presidente da Inpasa, Rafael Ranzolin, em entrevista ao AgFeed, a empresa tem investido constantemente no desenvolvimento de tecnologias que permitem uma produção mais eficiente e limpa.
A energia gerada pela biorrefinaria, por exemplo, será exportada para a rede elétrica, contribuindo para o desenvolvimento de energias renováveis no país.
Outro destaque da planta é a produção de subprodutos como o farelo de alta proteína (DDGS) utilizado na alimentação animal, o que garante que a unidade aproveite ao máximo os insumos, reduzindo o desperdício e gerando novos negócios para o setor agropecuário.
Um projeto de longo prazo
A construção da nova unidade em Luís Eduardo Magalhães está prevista para começar em 2026, e a expectativa é de que ela já traga resultados significativos desde o início de sua operação.
A empresa, que já investiu bilhões em outras regiões, reafirma seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e com a criação de valor para as comunidades onde atua.
A nova unidade da Inpasa será, sem dúvida, um divisor de águas para a Bahia. Será que esse modelo de negócios pode ser replicado em outras regiões do Brasil? Ou a Bahia é o local ideal para que a Inpasa continue sua trajetória de sucesso?