Durante evento realizado nesta semana em Nova York, a Samsung anunciou o lançamento do Galaxy Z Flip 7 FE, modelo de entrada da linha de celulares dobráveis, com promessa de democratizar o acesso à tecnologia de display flexível. No entanto, o preço inicial de US$ 900, equivalente a cerca de R$ 4.980, tem gerado críticas pela falta de custo-benefício.
O modelo é uma versão intermediária entre o Z Flip 6 e o novo Z Flip 7, com pequenas atualizações no processador e design. A Samsung aposta no Exynos 2400, chip mais moderno que o anterior, com 10 núcleos para entregar maior desempenho. Ainda assim, demais especificações permanecem inalteradas, incluindo câmeras, bateria e peso.
Com tela externa de 3,4 polegadas, câmera principal de 50 MP e bateria de 4.000 mAh, o Z Flip 7 FE repete as configurações do modelo anterior. O design fino e o foco em novos usuários indicam um esforço da marca para tornar os celulares dobráveis mais populares, apesar do alto valor ainda ser um impeditivo para muitos consumidores.
Nova estratégia mira usuários iniciantes em telas flexíveis
Segundo a Samsung, o objetivo da nova versão é atrair consumidores que nunca usaram um dobrável, oferecendo um modelo mais acessível. A ideia é similar ao que a marca já fez com smartphones de tela grande e vidro curvo no passado, sempre antecipando tendências antes de sua popularização.
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A movimentação também ocorre em resposta ao avanço de marcas concorrentes. Fabricantes chinesas como Huawei, Oppo e Honor têm investido fortemente em modelos dobráveis ultrafinos, aumentando a pressão sobre a Samsung para manter sua liderança neste nicho.
Enquanto isso, a Apple ainda não lançou nenhum celular dobrável, apesar dos rumores persistirem há anos. Especialistas acreditam que 2026 pode finalmente marcar a entrada da empresa no segmento, o que representaria uma mudança significativa no mercado global de smartphones premium.
Preço ainda é barreira para popularização da tecnologia
De acordo com a consultoria IDC, apenas 2% dos smartphones vendidos no mundo atualmente possuem telas dobráveis. Contudo, a projeção é que esse número chegue a 45,7 milhões de unidades até 2028, o que representaria um crescimento de 20% em relação a 2023.
Apesar do potencial de crescimento, o valor elevado ainda é um desafio. O Galaxy Z Flip 6, por exemplo, foi lançado por US$ 1.100 e hoje pode ser encontrado no Brasil por R$ 3.500. Isso levanta dúvidas se vale a pena investir no modelo FE, que oferece poucas melhorias por um preço semelhante.
A informação foi divulgada pelo Estadão, em reportagem publicada nesta segunda-feira (14), com cobertura realizada diretamente do evento da Samsung em Nova York. A jornalista Bruna Arimathea esteve presente a convite da empresa para acompanhar o lançamento.
Expectativa é que o preço baixe nos próximos meses
Com a chegada ao mercado brasileiro ainda sem data definida, espera-se que o preço do Z Flip 7 FE reduza com o tempo, assim como ocorreu com modelos anteriores. Mesmo assim, sua adoção em larga escala ainda deve demorar, principalmente entre consumidores que priorizam custo-benefício.
No cenário atual, o Galaxy Z Flip 7 FE representa mais uma tentativa da Samsung em liderar o segmento de dobráveis, mas ainda enfrenta o obstáculo dos preços altos. O futuro da linha depende do equilíbrio entre inovação acessível e percepção de valor por parte do consumidor.
Vou continuar com o meu flip5 me atende muito bem. Vamos ver vai por mais quantos anos. Só tive que trocar a película, mas eu mesmo troquei e está indo muito bem. Realmente precisa melhorar a bateria ou a velocidade de carregamento.
O que faz a Samsung continuar lançando essa tecnologia sem corrigir o problema da tela. Em menos de 1 ano de uso a tela escureceu. Na assistência quase 3000 para arrumar. Não faz sentido nenhum vender isso.
Tbm tenho um z flip 6 ,estava na bolsa ,e ficou com a tela td preta,fui na Samsung autorizada,e fui super mal atendida ,no centro do Rio de Janeiro, disseram que eu deixei cair e condenaram o meu celular com 5 meses de uso,a minha burrice foi ter deixado lá eles mexeram e não fizeram nada, muito chateada, e frustrada com a situação, um celular caro e um sonho perdido.