Ainda não foi revelado quem fez o pedido firme, contudo, a fabricante de jatos EMBR3, da Embraer, informou, nesta segunda (6), que recebeu solicitação para a entrega de 15 aeronaves, a um custo de US$ 1,17 bi. A notícia mexeu com o mercado, e as ações da empresa subiram em 4%. Essa solicitação representa um valor superior a 20% dos pedidos programados para o ano, e seguem os bons ventos pelos quais a empresa vem passando. No quarto semestre do ano passado, a carteira de pedidos da corporação (4T22) foi avaliada em cerca de US$ 18,2 bilhões, e esse valor dessa operação de agora será acrescido a esta carteira. Nível mais alto desde 1T18, primeiro trimestre de 2018.
O modelo também foi informado, serão as aeronaves E195-E2. As ações da Embraer tiveram seus papéis avaliados em R$ 16,37 centavos cada. O cenário, com alta do dólar, também favoreceu operações. A moeda americana avançou 0,83% chegando a R$ 5,148 para compra, e a R$ 5,149 para venda, e favorece a fabricante, considerando o fato de sua natureza exportadora. Na Bolsa de Nova Iorque os papéis chegaram a US$ 22, uma valorização de 78% em relação aos números da última sexta (13).
Bancos como o Bradesco BBI e Itaú BBA classificaram o anúncio como bastante positiva. Para a companhia e para o setor como um todo. Para o primeiro, qualquer empresa que tenha cerca de 20% de sua meta batida nos primeiros dias do ano, tem um feito para comemorar e muito. A meta da Embraer era de atendimento de 70 pedidos firmes ao longo de 2023.
Itaú elogiou, mas fez alertas para a Embraer pois, segundo o banco, é necessário observar os desafios previstos para 2023, entre eles, os problemas na chamada “cadeia de suprimentos”. A China ainda apresenta dificuldade para cumprir suas metas de exportação de componentes. O mundo todo sofre com a falta de matérias-primas. Também é global o aumento de custos com energia, sem contar o encarecimento da mão de obra.
- Primícia mundial: Cientistas coreanos fabricam uma nova geração de combustíveis de alta qualidade para aviões a partir de resíduos de madeira
- Revolução no transporte! Este trem de hidrogênio quebra todos os recordes: 50 horas em movimento e percorre 2,8 mil km sem reabastecer, um alcance nunca visto na história
- Inovação Tecnológica: Impulsionando o Futuro do Setor de Transportes
- Governo Federal quer colocar ferrovias em foco e reviver projeto ferroviário de quase 500 km esquecido há anos
Boom da aviação Executiva
Esse é o cenário visto pelo mercado, principalmente se as ações da Embraer na Bolsa de Nova Iorque não caírem para menos de US$ 14 para as American Depositary Receipts (ADRs). Os papéis da companhia têm tido uma crescente atratividade no mercado (inter)nacional. E mais, há uma previsão para que a companhia se beneficie de algo que o mercado chama de “ciclo de reciclagem”. O setor está envelhecido, média de 17 anos para as aeronaves.
Por isso a Embraer aposta em parcerias, e uma das maiores tem sido com a Eve, uma indústria aérea global. O objetivo é o crescimento acelerado de um desenvolvimento de um sistema mundial de Mobilidade Aérea Urbana (UAM). A Eve já fechou parcerias nos Estados Unidos e também no Reino Unido, conjuntamente com a empresa de operações de táxi aéreo de helicóptero, a Halo. O último pedido foi de 200 unidades de um veículo elétrico de pouso e decolagem vertical (eVTOL). As entregas estão previstas já para 2026.