Documento de 1998 reacende batalha judicial bilionária na família Agnelli e pode alterar o controle acionário das montadoras.
Uma nota manuscrita de 1998 atribuída a Gianni Agnelli ressurgiu em meio a um processo judicial e colocou em xeque o poder de John Elkann, atual presidente da Ferrari e Stellantis. O documento, apresentado em Turim, reacendeu a disputa movida por Margherita Agnelli, mãe de Elkann, que questiona a partilha da holding Dicembre.
Segundo informações do portal carros.ig, a peça jurídica pode reabrir o acordo firmado em 2004, que consolidou Elkann no comando dos negócios da família após a morte de Gianni Agnelli.
A disputa envolve cifras bilionárias e ameaça a estabilidade acionária de dois dos maiores símbolos do setor automotivo mundial.
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O impacto da nota na sucessão
A holding Dicembre controla parte da Exor, empresa que concentra os investimentos da família Agnelli.
Entre seus ativos mais valiosos estão justamente a Ferrari e Stellantis, cujos rumos podem ser afetados caso a Justiça reconheça validade ao documento de 1998.
A defesa de John Elkann sustenta que a nota não tem efeito legal, já que o acordo homologado em 2004 teria encerrado qualquer discussão sobre herança.
Para os advogados de Margherita Agnelli, porém, 25% da holding deveriam ter sido destinados a Edoardo Agnelli, filho de Gianni morto em 2000, o que abriria espaço para seus herdeiros do segundo casamento.
Possíveis consequências para Ferrari e Stellantis
No caso da Ferrari, a disputa pode resultar em mudanças no conselho e até no equilíbrio do controle acionário.
Qualquer alteração na estrutura societária teria impacto direto em decisões estratégicas da montadora, referência global em luxo e desempenho automotivo.
Já a Stellantis, conglomerado responsável por marcas como Fiat, Jeep e Peugeot, enfrenta risco de instabilidade no médio prazo.
Questões ligadas a fusões, investimentos em mobilidade elétrica e expansão em mercados estratégicos poderiam ser impactadas caso a divisão acionária da Exor fosse alterada.
Mercado em alerta
Ainda segundo o portal carros.ig, investidores acompanham com cautela cada movimento desse processo.
A Exor é considerada uma peça-chave no tabuleiro do setor automotivo europeu e qualquer sinal de instabilidade pode repercutir no valor das ações, afetando não apenas Ferrari e Stellantis, mas também todo o ecossistema que orbita em torno da família Agnelli.
A reaparição da nota de 1998 expõe como questões de herança podem reverberar além das disputas familiares, atingindo diretamente o mercado global de automóveis.
Se reconhecida, a peça pode reconfigurar décadas de acordos e mudar os rumos de duas das montadoras mais importantes do mundo.
E você, acredita que essa disputa judicial pode realmente abalar o poder de Elkann sobre a Ferrari e Stellantis ou será apenas mais um capítulo de tensão sem grandes efeitos práticos? Deixe sua opinião nos comentários e participe do debate.